“O amor é aquilo que depois do casamento se chama engano”
(Oscar Wilde).
Aproximando-se o período eleitoral contam-se espingardas e uns tantos tabus vão sendo desfeitos.
Neste particular bateu recordes Marcelo Rebelo de Sousa
hábil jogador nesta complexa e matreira matéria. Ficámos, finalmente, a saber que se recandidata
à Presidência da República o que não me causa perplexidade.
Após o seu namoro
com o Partido Socialista, com altos e baixos em que o pico maior de arrufo
sucedeu aquando do sacudir água do capote de ambos na polémica gerada pelas
recentes comemorações de1.º de Maio, é anunciado, agora, com pompa e circuntância, um casamento de conveniência para assegurar vitórias para a Presidência da República e para as
legislativas por parte do Partido
Socialista sem a sobrecarga de uma Geringonça posta na sucata.
Como reagirão os
seus “compagnons de route” abandonados na berma da estrada? Que acordos farão
num momento em que o Chega continua a crescer em percentagens comparativas com outros partidos que vão ficando
para trás, entre eles o CDS com tradição no panorama político nacional, um dos
baluartes contra a ditadura do Partido
Comunista durante o chamado
“Verão Quente”?
Os esponsais por conveniência entre o Presidente da
República e o PS têm os convites feitos e o luxuoso e farto “Copo de Água”
encomendado com os convidados com água a crescer na boca receosos que a água do
copo se possa entornar à porta do Registo Civil!
Estas simples questões levantadas por quem pouco percebe
de política, a não ser sentir na pele os seus reflexos sobre os cidadãos agravados numa época de crise por os entes da numerosa família
socialista preenchem os lugares da governação num espécie de herança monárquica
que passa de pais para filhos e, por vezes, sobra para parentes menos chegados e
amigalhaços. Quase a totalidade destes cavalheiros e senhoras fazem manchete nos jornais e abrem os noticiários televisivos com escândalos diários que ferem de morte a fazenda pública.
Não me compete e, muito menos, tenho o perfil de analistas, pagos a peso de ouro, que
enchem os ecráns televisivos, prevendo o
que se vai passar e desculpando-se, posteriormente, do seu papel de falsos profetas Nessa não caio eu porque avisado estou pela
crítica mordaz de Mark Twain: “A profecia é algo muito difícil, especialmente
em relação ao futuro”.
Todavia, dado que Marcelo Rebelo de Sousa não podendo recandidatar-se a uma terceira eleição não tem nada a perder, arrisco que ainda vamos assistir a muito
escaqueirar de louça entre Costa e Marcelo desavindos. Aposto, mesmo, dobrado contra
singelo!
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