Dias atrás, na “Passadeira Vermelha” da “Sic”, tomei conhecimento das queixas de Cristina Ferreira aos comentários insultuosos de que tem sido vítima na Net.
Ora isso, julgo por ser ela uma figura pública com êxitos reconhecidos por entrevistas feitas aos nossos mais destacados políticos, como escrevi com palavras semelhantes no meu post aqui publicado “Cristina Ferreira o Serviço Nacional de Informação” (22 de Abril deste ano), a modos de eles se redimirem de pecados ou simples pecadilhos para limparem a alma em seu confessionário em que mostra um ar consternado de quem se obriga a dar-lhes a absolvição ou pena reduzida.
Entretanto, senti-me defraudado por ter pensado que a “Passadeira Vermelha” era a passadeira de Hollywood que atribui globos de ouro aos melhores filmes. Nada disso, era uma passadeira a nível caseiro!
Mas imaginemos, a imaginação tem asas, por vezes, atrevidotas, que se tratava de Hollywood, capital do cinema e aqui quem a acompanharia nessa cerimónia de flashs, a dispararem sem descanso, seria, e aqui a dúvida, George Clooney ou Brad Pitt?
Na noite seguinte, no mesmo local, Lili Caneças, personagem, do “jet-set”, em disputa pelo segundo lugar com Cristina Ferreira na atribuição de globos de ouro, surgindo lamuriosa diz que o comentário que mais a magoou foi chamarem-lhe velha. Ou seja, idosa ainda vá que não vá, agora velha são os trapos e ela vestindo-se de bons costureiros não pode tolerar tamanha falta de gosto!
Regressando a Cristina Ferreira, ela tem que se ir habituando a ser figura pública, com a carga positiva de um dia de sol radioso de elogios e negativa com o negrume de uma noite sem lua carregada de ataques soezes.
Seja como for, o mal não está tanto nos comentários, mas nos blogues sensacionalistas que não fazem a respectiva triagem atirando para o lixo os comentários deste jaez.
Ora tão ladrão é o que vai à vinha como aquele que fica à porta, porque o pior de tudo é falar nas costas das pessoas não assumindo a responsabilidade ética da sua atitude. Nunca deixe que a ira se apodere da sua vontade. Ignore esses comentários ou contradiga-os sem palavrões – que hoje são moeda em circulação – do tipo mercado do Bolhão.
Mas falemos a sério. Acho miserável que sob o anonimato se espete um punhal nas costas a modos de vendeta italiana. Sejam cavalheiros e damas, tiram a máscara do coronavírus e ataquem frontalmente. E que os apunhalados em estertor de vida honrada não resmunguem, ou chorem baba e ranho, porque a vida são dois dias. Quanto a mim, sejam bem vindos comentários promotores de uma civilizada e saudável polémica, como tenho escrito várias vezes , que muito possam valorizar os "posts", porque a vida é uma luta constante pela sobrevivência. Ou seja, castiguem quem vos quer castigar com a arma mais temível porque, como se dizia na Roma Antiga, “ridendo castigat mores”. Riamos, pois, tenhamos esse “fair-play”!
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