quinta-feira, 6 de março de 2014

O futuro do ensino?


A propósito da notíciada produção de "artigos científicos" por computador (aqui), disse uma colega: "só falta um programa de computador que dê as aulas por nós [professores]".

Ora, já os há! E com aspecto de gente!

Há algum tempo soube que um professor universitário japonês produziu um cópia mecânica de si próprio para dar as aulas, ficando com mais tempo para investigar. O tempo não era, no seu entender, bastante para as duas coisas, de maneira que, sendo entendido no assunto, resolveu o problema desta maneira. Na altura pensei que a sua decisão poderia ser ao contrário: a cópia investigava enquanto ele-de-carne-e-osso dava aulas.

(Porque terá tomado a decisão no sentido em a que tomou: Porque dar aulas é menos importante do que investigar? Porque é uma tarefa menos exigente, que requer menos pensamento? Não fiquei a saber.)

Seguindo-lhe os passos soube que, qual criador entusiasmado com a criatura que produziu à sua medida, não parou por aí: seguiu-se a construção de um robot feminino sorridente - expressão fundamental de um professor universitário, informou-me alguém recentemente.

E não foi só ele que meteu mãos à obra, pelo que, neste momento, há vários professores-máquinas (por exemplo, aqui, aquiaqui e aqui) com muitas vantagens apregoadas.

Muito interessante é o vídeo que se pode ver a seguir:

4 comentários:

Anónimo disse...

O professor robot do futuro é a consequência da corrupção no interior de cada professor que permanece na profissão, sabendo que as condições permitem apenas fazer um mau trabalho, ao ser transformado num administrativo acéfalo, em troca de uns trocos e uma bucha. É claro que isto vai a correr para a transhumanização do Ensino, tudo isto estava previsto, não me venham dizer que não sabiam de nada. É para realizar esta transição que existem sindicatos e a Ordem dos Professores nunca passou do papel. Ima profissão de cobardes, talvez seja mesmo melhor acabar com ela.

perhaps disse...

Oh! Anónimo, creia que lamento a sua pouca sorte. Estando a ser sincero, é que os professores lhe deram conta da vida escolar. mas pode crer, foi azar, não são todos iguais.

Antigamente, permanecer no posto, era mérito e não cobardia. Uma classe que é tão pisada e de cujo trabalho tanto depende num país...diz alguma coisa acerca do rumo que tomámos.

Anónimo disse...

Não foi pouca sorte, foi determinação, porque só cai na propaganda quem é ausente de convicções ou de saber pensar, pela sua cabeça. Eis porque a docência se torna agora numa tutoria do tipo maçónico - Abram alas aos mais corruptos e manipuláveis!!!
As próprias praxes reflectem bem a normalização desta mentalidade. Estamos f******.

Anónimo disse...

De escola a bordel infantil ...
http://www.youtube.com/watch?v=LXy3ZK5Y8Pk

CARTA A UM JOVEM DECENTE

Face ao que diz ser a «normalização da indecência», a jornalista Mafalda Anjos publicou um livro com o título: Carta a um jovem decente .  N...