domingo, 3 de novembro de 2013

Dia 1 de Novembro

Pintura de Guido di Pietro Trosini (Fra Angelico), século XV
Acabou-se (suspendeu-se), para nós, portugueses, o feriado de 1 de Novembro. O dia de Todos os Santos. O dia de Finados. O dia do Pão-por-Deus. O dia dedicado à Morte.

Independentemente da crença religiosa, da falta dela ou da dúvida, o dia 1 de Novembro celebra uma dimensão fundamental da vida: a morte.

Celebra a Morte como entidade, celebra a passagem por este mundo de todos os que partiram, dessa imensidão de gente de que somos parte, celebra os mortos de cada um, celebra a nossa própria morte, prepara-nos para ela.

É um dia mágico, um dia em que, talvez mais do que noutros, espantamo-nos de se estar vivos e em que não sacudimos a inevitabilidade de morrermos.

Por tudo isso e muito mais do que isto, é um dia que nos faz falta. Porque traduz numa necessidade individual, estrutura-nos como pessoas. Porque traduz uma necessidade civilizacional, reforça o que de profundamente humano conseguimos consolidar.

Este dia, cuja origem se perde no tempo e que, de uma forma ou outra, está presente em todas as culturas, há-de resistir à barbárie que mais uma vez alastra, que mais uma vez faz terraplanagem de valores fundamentais, que mais uma vez teima em desumanizar...


1 comentário:

Anónimo disse...

O dia 1 é o dia de todos os santos. O dia 2 é que é o dia de finados.

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...