Recebi esta carta de um professor que aqui divulgo, pelo seu grande interesse e actualidade, com a amável autorização do autor:
Caro Senhor Professor Carlos Fiolhais:
Sou arquitecto e professor do ensino secundário oficial—grupo de Artes—desde 1972. Ensino actualmente Geometria Descritiva, embora também leccionasse Desenho (e afins) e História da Arte, durante anos.
Tenho um verdadeiro apego à minha profissão: gosto muito de ensinar e quando tive de reduzir, por razões várias, há 5 ou 6 anos, o meu horário de trabalho, fechei o atelier de preferência a deixar o ensino.
Conheço o seu nome, associado a memórias, instituições e publicações que prezo, e que me surgiu agora a propósito de um artigo publicado no «Primeiro de Janeiro» intitulado Os erros do Eduquês». É um excelente artigo.
Acabo de receber uma obra que refere: a de E. D. Hirsch Jr.—The Schools We Need, And Why We Don't Have Them. Levo umas 50 páginas de leitura e penso que é extraordinariamente refrescante: além da justeza de pontos de vista sobre as «novas» pedagogias, apresenta sequências longas de páginas que podem ser entendidas frase a frase, parágrafo a parágrafo, tal qual como se fosse essa a intenção do autor.
Gabo-me de ter bons resultados globais como docente: na frequência e, igualmente, no confronto dos meus estudantes com os exames nacionais.
Venho a ser pressionado, recentemente, pela necessidade de aplicar critérios estatísticos aos resultados. Para lhe dar uma ideia: tome duas turmas—uma, de Ciências, que termine bem o ano, com um conjunto merecido de boas notas, e outra, de Artes, com 3/4 dos alunos reprovados. Uma daquelas turmas de Artes que não frequenta Matemática B, porque é complicado: têm História da Cultura das Artes; não é oferecida, mas torna-se-lhes mais fácil diluir a ignorância nas sucessivas prestações de contas.
Começa a ser claro para a direcção da escola que o resultado desta última turma é preocupante, porque contraria as metas que a escola se propôs relativamente a retenções e ao abandono escolar (uma dezena de alunos anulou a matrícula durante o ano). As metas, entretanto, estão certas. Eu e a minha turma, errados. Porquê? Porque as metas correspondem a acordos internacionais. E os acordos internacionais têm muita força (mais ou menos como tudo o que tem de ser).
Então o que é que um professor deve fazer? As turmas começam com meninas e meninos que saem do 9.º ano sem que alguns saibam várias coisas (o que é paralelo e perpendicular, o que é um quadrado) e sem que muitos consigam colocar um problema em equação, no sentido mais genérico da expressão: perceber o que é que se pretende, articular isso com conhecimentos recentemente adquiridos, gizar uma estratégia e delinear uma sequência de traçados elementares, até à obtenção do pretendido (isto pode ser aplicado ao traçado de um rectângulo que não tenha, por qualquer razão preocupante, os lados paralelos às margens da folha). Sem que vejam sequer o interesse em equacionar o que quer que seja, ou tenham gosto por resolver qualquer problema de dificuldade ínfima.
A maior parte dos alunos, para desespero dos professores da turma, não trabalha; não pretende trabalhar; não aceita desafios; não gosta de falar de muita coisa; obviamente, não lê; não se interessa; não aprecia. Os pais, atrapalhados, querem resultados, mas não têm comportamentos que conduzam os miúdos aos resultados que pretendem.
Entretanto a direcção afirma, apolínea: os professores têm de resolver isto através dos meios de que dispõem, porque para isso são professores. Devem individualizar processos (a turma é uma abstracção), propor uma simultaneidade de ritmos e de diferentes apoios a tantas situações quantas as que surgirem, etc., etc.
A reforçar isto, a fraseologia habitual: as concepções centradas no «aluno enquanto sujeito activo na construção de um processo de aprendizagem contextualizada e significativa», a intervenção da «função reguladora diferenciada na implementação de dispositivos pedagógicos» que se destinam a ultrapassar dificuldades ou a corrigir erros. Tudo aquilo que E. D. Hirsh Jr. não adopta como palavras suas, porque não quer ofender a própria inteligência ou a de pessoas conhecedoras do assunto.
A minha postura como docente de uma disciplina científica é, de forma geral, encarada de forma censória—por olhares vindos das Línguas e Literaturas—com o microscópio das ditas «Ciências da Educação». Todas as minhas críticas à linguagem e às metodologias propostas, e a decisões tomadas apenas por envolverem intenções internacionais, encontram esta barreira: quem critica, não entende a linguagem por ignorância; tem de ler! Na leitura das bibliografias correntes sobre educação— anos 90, repare-se —está tudo o que um professor pode querer para se actualizar. Quem não estiver de acordo—merece reprovação.
Quando respondo que li nos anos 60 e 70 coisas que já punham em causa essa religião (conhecida por «Ciências da Educação», «Novas Pedagogias», etc.), recebo um sorriso distante: tadinho, não sabe, e não quer.
Mas, de facto, sei: fui aluno de uma das turmas experimentais de Matemática Moderna no 6.º e 7.º anos do Liceu—uma reforma apoiada por umas folhas do Professor Sebastião e Silva admiravelmente estruturadas, que eram policopiadas e distribuídas aos alunos. Convivia diariamente com um amigo que hoje é matemático, tínhamos devoção pela nossa professora (Iolanda Lima, uma magnífica docente), e acompanhávamos, nas páginas da Science et Vie, uma tremenda polémica entre várias instituições francesas sobre a generalização das Matemáticas Modernas no ensino básico francês. Queixavam-se por lá da substituição de rotinas fundamentais de cálculo e de resolução de problemas por uma moda imparável da linguagem da lógica e da teoria dos conjuntos: não em complemento, e na altura certa—isso estávamos nós a fazer em Portugal, com esta reforma Sebastião e Silva—, mas quando menos convinha, e substituindo essas práticas essenciais.
Queixavam-se, na Polytechnique (por exemplo), de que a França ia, a continuar pelo mesmo caminho, perder uma geração de engenheiros; e apontavam um dedo acusatório a um conjunto de práticas pedagógicas que estavam a desviar-se de uma saudável tradição nacional da primazia dos conteúdos nucleares e do treino da memória aplicados com autonomia na resolução de problemas.
Vi destruir, nos finais dos anos 70 (já ensinava Desenho), uma esplêndida reforma do prof. Betâmio de Almeida baseada num conjunto de procedimentos vindos do mundo muito anglo-saxónico da Educação Pela Arte, que viviam do aprender fazendo (nada de errado neste princípio), mas apoiando a «oficina» num sólido curriculum que discriminava meticulosamente, com pontualidade, todos os conteúdos necessários aos alunos que viessem a apontar para a Geometria Descritiva, o Desenho de Estátua, e as Belas-Artes e afins.
Que é que se inventou para substituir? Uma patetice sem nome que punha crianças de 13 e 14 anos em contextos reais, a apreciar publicidade, televisão e quejandos para, com o apoio do docente, «desenvolver» o «sentido crítico» e apurar a sensibilidade estética.
Como os meninos não tinham tempo para criar rotinas de traçado, composição formal e cromática, cotejando algumas das práticas que aprendiam com grandes obras de grandes artistas (aí, sim: educando o gosto), acabavam sempre a preferir anúncios grosseiros de jornal ou de televisão a um bom quadro de Matisse (ó pá, desenha mal...).
Penso que é preciso reforçar algumas dessas noções perdidas dos anos 60 e 70. Creio que uma das estratégias poderá ser avançar com uma bibliografia alternativa de tamanho equivalente, mas mais recente, e começar a divulgá-la nas escolas.
Ao fim e ao cabo, chego a uma solicitação: será que pode encaminhar-me para leituras que proponham metodologias de ensino (designadamente de disciplinas científicas) que contrariem, no fundamental, as conquistas irreversíveis do Eduquês?
É que cada vez mais sinto que nos deslocamos num terreno perigoso para os jovens que pretendemos educar, e ainda não me convenci que estou a ver mal: ao contrário, cresce em mim o sentimento de que «o Rei vai nu».
Grato pelo seu tempo, e atenção,
Com os meus cumprimentos,
António Mouzinho
P.S.: Espero que a presença do Professor Nuno Crato à frente do Ministério da Educação seja bem sucedida neste aspecto. O ensino oficial ficar-lhe-ia devedor.
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12 comentários:
Fiquei agradavelmente surpreendido com a nomeação do Professor Nuno Crato para Ministro do Ensino. Desejo-lhe um excelente trabalho e muito cuidado com as armadilhas que os defensores do status quo lhe colocarão diariamente.
Desejo, ainda, que os todos os professores deste país que não professam a fé das "ciências" da educação ajudem o novo Ministro e têm mesmo que o ajudar, porque os lobbies que vivem à custa desta "escola" fofinha tudo farão para que tudo fique na mesma.
Vamos ver como se vai comportar a nossa comunicação social...
Tem razão Fartinho da Silva.
Também eu fiquei incrédulo de satisfação, na sexta-feira, quando ouvi na rádio que o novo ministro da educação é o Professor Nuno Crato.
Li dele dois livros: "A matemática das coisas" (suponho que é este o título) e "O eduquês em discurso directo". Este último livro levei-o para uma acção de formação para, com o formador e os formandos, atentarmos nas coisas verdadeiras que contém. E foi um sucesso. Ouvi-o com muito interesse na rádio e na tv. E li alguns dos artigos que tem escrito. Por todas essas razões, nunca pensei que uma pessoa como ele algum dia pudesse vir a ser ministro da educação. Ainda agora tenho dificuldade em acreditar.
Mas foi possível. Lá diz o ditado que não há mal que sempre dure. Agora, que não vai ter vida fácil, lá isso não.
Todos os professores de boa vontade farão seguramente um esforço de colaboração, estou em crer.
Da minha parte, nunca estive mais motivado.
Desejo-lhe, e a nós todos, as maiores felicidades. E trabalharei para que as mereçamos.
Acrescento uma nota de apreço para a coragem, honestidade e "longevidade/persistência profissional" do Colega António Mouzinho.
No fundo isto do eduquês é um bocado a história de querer fazer omeletas sem ovos. Como se pode ser criativo ou ter sentido crítico com uma mente vazia e não exercitada regularmente? Tem de começar em casa, mas se a família passa a maior parte do tempo a vegetar em frente à TV não admira que os alunos só queiram ser espectadores.
Também fiquei agradado com a nomeação do Professor Nuno Crato. Ainda no dia anterior ao anúncio da sua nomeação mais uma vez gostei de o ouvir na SIC Mulher.
Não conheço as capacidades políticas dele mas espero que consiga formar uma boa equipa. E, tendo sido forte crítico do sistema nos últimos anos, que sejam mais os que apoiam uma mudança do que os que promoveram o eduquês e que ainda possam habitar no ministério da educação para lhe fazer a vida negra.
P.S.: Geometria Descritiva foi uma das minhas disciplinas favoritas, tive 2 anos no liceu e despertou-me o interesse para o mundo da modelação e animação 3D que é um hobby que mantenho até hoje.
Oxalá a nova liderança ministerial consiga deitar as sementes de novas gerações diferentes destas que Alice Vieira descreve, magistralmente:
"Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas.
Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs. E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos. Se diante do nosso rosto tivermos outro rosto. Humano.
E por isso as nossas crianças crescem sem emoções. Crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.
Durante anos - por culpa nossa - foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido.
Durante anos - por culpa nossa - foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.
Durante anos, todos nós, pais, avós, professores, fomos deixando que isso acontecesse.
E, de repente, os jornais e as televisões trazem-nos relatos de jovens que agridem professores na sala de aula e nós olhamos para tudo muito admirados - como se nada fosse connosco.
Mas é."
Alice Vieira in O Livro da Avó Alice
"A única coisa necessária para que o mal triunfe é que os bons não façam nada" (citação de um filme, não sei a autoria)
Não fiquei surpreendida, fiquei ABISMADA com o novo Ministro da Educação.
Como muitas outras pessoas, também receio a mentalidadezinha que pariu o aborto do eduquês e à custa do qual se habituou a um doce ostracismo intelectual e que vai resistir parvamente a tudo o que possa pôr em causa a sua zona de conforto.
No entanto, sem querer criar grandes expectativas porque a situação de agonia do sistema capitalista não permite grande margem de manobra, este Senhor na cena política é francamente animador.
Para já, não sei que respota poderá ser dada relativamente à enorme quantidade de crianças e jovens desfavorecidos, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista familiar/educacional. Uma boca com fome não pode pensar, um ser vivo sujeito a violência, física e/ou psicológica, é uma bomba-relógio que não pode ser ignorada.
Ou seja, é preciso dar resposta aos jovens que têm condições para sair de um regime de eduquês e passarem a um regime de aprendizagem normal (o ostracismo intelectul não é o normal, o que é normal é o gosto de pensar, uma vez que temos essa capacidade e não há ninguém normal que não sinta prazer em desenvolver as suas capacidades) e há que dar resposta aos desajustados por situações dramáticas que não lhes podem ser imputadas.
Na minha perspectiva, só se pode resolver a questão separando. Uma vez que o país não tem capacidade económica para cumprir a constituição no que diz respeito à igualdade nos direitos de todos ao mais básico e elementar como a alimentação, saúde, casa e direito à não tortura física e psicológica, então talvez fosse melhor fazer turmas diferenciadas que permitissem não descriminar ninguém: os que querem aprender e os que não querem. Estes últimos não poderiam ter no final um diploma a atestar aprendizagens que não fizeram, mas poderiam ter um certificado de frequência. Polémico, claro. Gostaria de "ouvir" outras opiniões.
Por aí, algures, captei outra citação da qual não sei a autoria: "Onde é que morrem os homens bons, na cabeça ou no coração?"
Desejo a Nuno Crato ventos favoráveis na cabeça e no coração e espero nunca mudar de ideias quanto à minha posição de apoio, apoio este de que ele necessitará firme, por parte de todos nós, na escola e fora dela.
Para terminar, longa vida a António Mouzinho, precisamos de pessoas como ele.
HR
"então talvez fosse melhor fazer turmas diferenciadas que permitissem não descriminar ninguém: os que querem aprender e os que não querem. Estes últimos não poderiam ter no final um diploma a atestar aprendizagens que não fizeram, mas poderiam ter um certificado de frequência."
Não querem aprender e como tal o contribuinte paga uma frequência aos meninos! A vida não são só direitos, para se ter direitos é necessário ter deveres. Todo e qualquer aluno deveria ter o dever de estudar. É o mínimo que os contribuintes que todos os dias se levantam para ir trabalhar exigem.
Fartinho da Silva, o seu comentário de 19 de Junho às 23:25 está completamente descontextualizado.
Diga-me: o que faria com crianças vítimas de violência doméstica, incluindo violação? Exigir-lhes-ia os mesmos deveres que se podem exigir a crianças em contextos familiares normais?
O mesmo em relação a crianças que passam fome. Não sabia que há demasiadas crianças com problemas como estes e outros tão graves? Que sugere? Fuzilamento para acabar o problema?
É fácil pôr a cabeça debaixo da areia como a avestruz.
Hoje é o Dia Mundial do exilado. "Um exilado sem esperança já é demais", ouvi na rádio, a caminho da escola. Uma criança maltratada é e será sempre demasiadíssimo. Ou na sua perspectiva as crianças dos outros não interessam?
Não seja leviano com coisas sérias!!!
HR
Concordo.
A violência desde a infância é a grande responsável pela "lobotomia" do indivíduo.
Há dúvidas sobre isso?
"Diga-me: o que faria com crianças vítimas de violência doméstica, incluindo violação? Exigir-lhes-ia os mesmos deveres que se podem exigir a crianças em contextos familiares normais? "
Um dos problemas do nosso sistema escolar público para os filhos dos outros é este discurso demagógico.
"O mesmo em relação a crianças que passam fome. Não sabia que há demasiadas crianças com problemas como estes e outros tão graves? Que sugere? Fuzilamento para acabar o problema?"
Mais demagogia não, por favor!
Portanto, para si, a escola para os filhos e netos dos outros deve fazer tudo menos cumprir o seu papel...! Esse tem sido o discurso desde que me lembro de existir e os resultados são aqueles que conhecemos... ou seja uma escola pública para os filhos e netos dos outros muito gira, muito pós moderna, muito "democrática", muito "inclusiva", muito cheia de "projetos" e "atividades", com muitos relatórios e formulários muito giros e engraçados para os membros da "comunidade educativa", com conselhos pedagógicos muito "democráticos", onde os estudantes tudo podem fazer exceto estudar e os docentes tudo fazem ecepto ensinar.
Peço imensa desculpa, mas disto está o país farto!!! As gerações mais novas querem ter a certeza que os seus filhos aprendem! As empresas querem ter a certeza absoluta que o certificado de habilitações habilita mesmo! Os alunos que querem aprender, querem que os deixem aprender! Os professores que querem ensinar, querem que os deixem ensinar! Os pais que querem que os seus filhos aprendam, querem que os estudantes que não os deixam aprender sejam castigados e os respetivos encarregados de educação responsabilizados efetivamente.
As questões sociais de que fala, tal como o nome indica devem ser tratadas noutro local muito diferente da sala de aula. A sala de aula é um local de trabalho, não é um centro de assistência social.
Meu Prezado Fartinho da Silva (21 Junho; 22:06):
De acordo com o seu comentário, seja-me permitido acrescentar à sua última frase - "A sala de aula é um local de trabalho, não é um centro de assistência social" - um comentário de um ilustre e mui respeitado catedrático de Coimbra, recentemente falecido, Aníbal Pinto de Castro, em cerimónia oficial presidida pelo então reitor, Seabra Santos: "Não destruam. Não cedam. Não tenham medo porque a Universidade não pode ser uma instituição de caridade. Para isso há os asilos e a Mitra. Não pode ser um hospital de alienados" ("Diário de Coimbra", 27/11/2005).
Cumprimentos amistosos,
Caro Rui Baptista,
Agradeço muito a sua pertinente referência.
Agradecendo os ilustres cumprimentos e retribuindo,
A esquerda destruiu o ensino em Portugal, impediu os pobres que querem trabalhar e aprender de progredir na hierarquia social. Nivelou tudo por baixo. Arrasou professores, principalmente os excelentes, e humilhou-os. A esquerda não tem perdão!! Depois da destruição do ensino veio o corolário lógico: a destruição da economia.
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