Começou-se com o ensino de inglês a crianças de dez anos e os argumentos a favor são de peso: convém que os alunos, para aprenderem a falar esta língua tenham contacto com professores nativos; as aulas com professores nativos são muito caras e só alguns alunos têm acesso a elas; os robôs foram programados à semelhança dos professores, fazendo o mesmo que eles; os alunos não são deixados sós com o robô, pois professores acompanham e controlam à distância o que se passa em sala de aula.

Alguns professores de carne e osso não concordam nada com isto e andam a dizê-lo e que um especialista em educação faz notar que essas vantagens dependem do “efeito novidade”, que depressa passa. Também dizem que a interacção humana é fundamental na educação e que, por muito domínio que os alunos tenham o inglês, quando encontrarem alguém que fale inglês, ficarão nervosos porque nunca treinaram essa capacidade com pessoas.
Limitei-me a descrever o que ouvi e que depois aprofundei aqui... pois, de momento, não consigo ir além do pensamento de Hannah Arendt que tenho por certo: as crianças não aprendem sozinhas nem umas com as outras, precisam de adultos. Por isso acho muito estranho retirar os adultos da relação pedagógica...
8 comentários:
O melhor de cada professor é aquilo que os restantes não possuem, ou seja, a sua insubstituível personalidade. JCN
A vaidade tecnológica tem desencadeado um comportamento que requer maior prudência cujo resultado, poderá reflectir ao distanciamento do que seja humano para futuras gerações, quanto a questões de aprendizagem. Ao que seja o fio tênue, de amizade e lembranças da tenra idade, norteados diante da frieza robótica...
A cultura asiática é diferente da nossa em alguns aspectos e aceita melhor este tipo de situações do que a nossa.
Faltou apenas referir que esta iniciativa está relacionada com a falta de professores de inglês na Coreia do Sul.
Por cá já tivemos o Magalhães :)
Gostava de saber quem é o professor dos filhos de quem colocou isto em prática. Será um robô ou um ser humano?
Quantas vezes desejei para os meus filhos, como professor, em vez de um ser (des)humano... umaa qualquer espécie de robô! JCN
a raiz do problema está em formar melhores professores, humanamente, psicologicamente, tecnicamente
fica mais barato desenvolver robôs
no imediato
depois
que adultos vão ser os miúdos formados assim?
(pensamos que) resolvemos um problema
e quantos problemas criamos?
"If you want to make a difference in the life of our nation; if you want to make a difference in the life of a child: become a teacher!"
President Barack Obama on his State of the Union Address, 25/01/2011
de avanços e recuos é o mundo feito
hoje robôs
amanhã que feito
Enviar um comentário