sábado, 5 de janeiro de 2008

Linguagem e a priori

Uma verdade é analítica se, e só se, podemos saber a priori que é verdadeira. Os exemplos tradicionais de verdades analíticas são as verdades da aritmética, da lógica, e verdades baseadas na sinonímia, como “Nenhum solteiro é casado”.

Há uma ligação conceptual entre a analiticidade e o conhecimento a priori: a verdade das frases analíticas é, por definição, conhecida a priori. Mas daqui não se segue que todo o conhecimento a priori é conhecimento de verdades analíticas. Pode ser que todo o conhecimento a priori seja conhecimento de verdades analíticas, mas tal coisa não se segue dos conceitos de a priori e de analiticidade. (Kant defendeu, famosamente, que há verdades sintéticas que são conhecidas a priori -- nomeadamente, as verdades fundamentais da ciência.)

Em resposta ao meu post “Conhecimento Não Empírico”, o Ludwig argumenta no post “A Priori, Só Depois” que não há conhecimento a priori porque podemos gerar as frases analíticas que nos apetecer, desde que estipulemos as linguagens que nos apetecer. Eis o que afirma o Ludwig:

“Imaginem uma língua na qual “Sócrates” refere um filósofo com 75 kg e «Platão» outro filósofo com 62 kg. A verdade da frase 2 é a posteriori em Português mas a priori nessa língua. Qualquer pessoa que saiba essa língua sabe o peso dos seres que as palavras referem, pois faz parte do sentido das palavras.”

Eu percebo o argumento, mas o Ludwig está a confundir a referência com o significado. Isso percebe-se bem da seguinte maneira. A palavra “água” refere em português a água, e a água é H2O. Mas a composição química não faz parte do significado da palavra “água”, pois as pessoas sabiam muito bem o que queria dizer tal palavra sem saberem qual era a composição química da água. Não devemos confundir três coisas: 1) A referência de uma palavra, 2) o significado dessa palavra e 3) a natureza do que é referido pela palavra. Ninguém sabe qual é o ADN do presidente, por exemplo, mas usamos o seu nome sem qualquer problema porque sabemos o que refere. Para que o argumento do Ludwig funcione não é apenas a referência de “Sócrates” que tem de ser um filósofo que pesa 75 kg; terá de ser o significado de “Sócrates” e não apenas a sua referência. Ele baralhou as duas coisas.

Mas concedamos que inventamos uma linguagem na qual o significado do termo “Sócrates” é “um filósofo grego com 75 kg bem medidos”. A ideia do argumento é que ao aprender uma linguagem destas, eu poderia saber a priori que se existe um Sócrates, ele tem 75 kg. E assim se mostra que o a priori resulta de mera estipulação verbal. E como tal não seria conhecimento genuíno.

Mas a conclusão não se segue da premissa. Para mostrar que o a priori não é conhecimento substancial seria necessário mostrar que qualquer disparate poderia ser conhecido por estipulação. E isso não é possível mostrar. Ninguém consegue estipular uma linguagem na qual uma falsidade substancial se torne uma verdade substancial. A realidade manda na linguagem, não é a linguagem que manda na realidade. Por exemplo, não se consegue tornar verdade por estipulação que dois mais dois é sete. O que podemos tornar verdade por estipulação é que a palavra “sete” quer dizer quatro, e nesse caso dois mais dois é sete, mas isto é uma confusão entre linguagem e referência porque "sete" agora quer dizer quatro.

Se mudarmos o significado das palavras, o que antes era sintético torna-se depois analítico. Se estipularmos que “solteiro” quer dizer “feliz” em vez de “não casado”, então saberemos a priori que todos os solteiros são felizes. Mas o que quer realmente dizer “feliz” nesta linguagem inventada? Bom, quer dizer apenas solteiro porque foi assim que estipulámos o significado da palavra — não quer dizer o que quer dizer a nossa palavra “feliz”. Analogamente, na linguagem inventada do Ludwig, sabemos a priori que se Sócrates existe, pesa 75 kg, mas “pesar 75 kg” quer dizer exactamente o quê, nesta linguagem? Não pode querer dizer o que quer dizer em português corrente, porque o termo foi introduzido por estipulação; na verdade, quer dizer apenas “Sócrates”. E por isso nada nos diz realmente sobre o peso de Sócrates, tal como nós usamos o termo “peso”.

Sabemos perfeitamente a priori que se Sócrates era um ser humano, era um ser humano. Isto não é um truque de uma linguagem inventada. É o que sabemos realmente. E podemos saber isso porque é realmente verdade que se Sócrates era um ser humano, era um ser humano. Isto é um aspecto do mundo como outro qualquer — excepto nisto: podemos saber que o mundo é assim sem olhar para o mundo. Sabemo-lo a priori, tal como sabemos que se neste momento estiverem 100 deputados na assembleia, estão mais de 10 deputados na assembleia. Mas é claro que só podemos saber a posteriori quantos deputados estão na assembleia, e nenhuma estipulação linguística me permite saber a priori quantos deputados estão na assembleia neste momento.

Finalmente, para defender que todo o conhecimento é a posteriori, a estratégia argumentativa do Ludwig é argumentar que qualquer conhecimento pode transformar-se em conhecimento a priori com as estipulações linguísticas adequadas. Se este argumento funcionasse, teria de funcionar também ao contrário e mostraria também que todo o conhecimento é a priori dado que eu poderia pegar em qualquer conhecimento e transformá-lo em conhecimento a posteriori com as estipulações linguísticas adequadas. Logo, esta estratégia argumentativa é improcedente.

18 comentários:

:: rui :: disse...

Bendito Deus que criou o sol e a lua e disse a posteriori ao homem o que eram para que o homem não pensasse a priori que se tratavam de umas bolas para brincar.
Realmente os filósofos gostam muito de brincar com as palavras, e misturar tudo como se uma misturadora se tratasse e esperar que saiam frases prontas a consumir. Há algo aqui que não bate certo... talvez a resposta esteja nas crenças desenvolvidas a priori que resultam em entendimentos a posteriori que só parecem fazer sentido a quem tem é capaz das mesmas experiências com misturadoras.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Ui

Murch escreve: "A realidade manda na linguagem, não é a linguagem que manda na realidade". De facto, baralha tudo e não leva em conta estudos anteriores e actuais conceptualmente ousados e rigorosos.
Adieu

JC(que não é o Cristo e embirra com cristalizados) disse...

Exemplo de conhecimento a priori: se o Krippahl e o Murcho são exemplos do cientista prático e do filósofo teórico portugueses; Krippahl e o Murcho são exemplos do cientista prático e do filósofo teórico portugueses.

Grande seria a miséria, e portanto recuso-me a admitir. Prefiro pensar que a minha proposição nada tem de verdadeiro, não é puto conhecimento, mas mera conjectura, e que a miséria conjecturada como conhecimento a priori é apenas treta. Haja, ao menos, esperança.

Um pensa que o conhecimento depende da forma de o expressar, e da linguagem emergirá; o outro pensa que a asserção é proposição verdadeira e conhecimento a priori, e que o conhecimento se reduz à validade da inferência ou das relações entre as premissas.

É caso para os mandar aprender o significado da lógica booleana, tamanha é a miséria.

Dou um conselho: Palmira, e se começasses por limpar a casa dos “precognitivos” (ou conhecedores a priori) que nela habitam?

Dou outro conselho: não censurem os comentários, porque isto é engraçado.

Que todos tenham um descansado e relaxante fim-de-semana.

JC (o tal que não é o Cristo, nem tem crista e embirra com cristalizados, mas que por restrição do número de caracteres teve de assinar abreviado).

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pelos vistos, eu e o JC embirramos mesmo com os textos do Murcho. Não porque tenha algo contra a pessoa, mas porque os seus textos baralham mesmo os conceitos e os níveis de realidade.
Parece que Murcho nunca estudou a descoberta do sistema linear B (a escrita) e o seu impacto sobre o pensamento. O que seríamos nós humanos sem a lingua(gem) e sem a escrita? Nunca compararam as gramáticas indoeuropeias e as "arcaicas", dos povos "selvagens"? Nunca leram nada sobre o "pensamento selvagem"? Já analisaram a sua "lógica" e conhecimento? Já pensaram na emergência da filosofia na Grécia Antiga?
Assim não dá gozo debater ideias com o Murcho. :(

Anónimo disse...

Caro j francisco saraiva de sousa

Desidério Murcho pode não ter estudado o sistema linear B mas o j francisco nem estudou os sistemas lineares C e D (Ayer, 1934, 1941) nem os sistemas quadráticos G e F (Backer, 1978, 1983).

Parece-me que o j francisco está em desvantagem.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Nunca estou em desvantagem. :)

Anónimo disse...

j francisco

O seu pensamento intriga-me porque se esconde através de uma linguagem hermática, cita profusamente nomes e datas, enche-se de referências mas depois um cidadão simples e pouco erudito como eu tenta encontrar o "sumo" e não encontra nada.

Pelo menos no caso do Desidério dá para perceber se está certo ou errado. No seu caso, joga tanto na defensiva que é impossível contradizê-lo porque não apresenta uma única ideia...

Será essa a sua vantagem? :-)

Raquel disse...

Desidério Murcho filosofo especial. Estudo filosofia. Frequento o 11º ano e o meu manual é o seu! A minha professora admira-o bastante.
No ano passado ouvi uma intrevista sua e fiz uma ficha de avaliação sobre essa intrevista.

Desculpe não comentar sobre o seu magifico discurso, vou ter de fazer um ensaio filosofico e o meu tema é a clonagem .

Até a proxima

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Caro António Parente

Não jogo na defensiva. Apenas citei uma frase de Murcho sobre a linguagem e a realidade para mostrar que as relações são mais complexas e mediadas. Mais: o conhecimento é mediado pela lingua(gem) e esta é já uma concepção do mundo. Isto é muito evidente e regressar atrás não leva a bom porto.
Sinceramente, acho que o modo como ele coloca o problema do conhecimento está deveras ultrapassado. Como ele não responde, não vale a pena esboçar outra via. Como filósofo, ele devia ser mais cuidadoso e responsável. E devia saber que a "lógica", como ele a pratica, não é amiga da criatividade e do pensamento que avança para a frente. Outra evidência!
Abraço

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Apresento ideias nos meus blogues, mas as "minhas" ideias procuram manter a tradição viva e renovada, além de estarem sujeitas a perpétua revisão. Não sou dogmático e, filosoficamente, sou um teórico crítico. :)

Anónimo disse...

Irei visitar o seu blogue. :-)

JC(que não é o Cristo e embirra com cristalizados) disse...

Bem, isto está um bocado parado. Vamos cá animar um pouco.

"Se Sócrates era um ser humano; era um ser humano". É a frase exemplo de conhecimento (a priori ou a posteriori) ou doutra coisa qualquer?

O conhecimento, neste caso, é a veracidade da qualidade atribuída a um sujeito (Sócrates=ser humano). Com naturalidade e simplicidade, os contemporâneos do sujeito conheceram-no com essa qualidade, cuja veracidade da atribuição facilmente confirmaram. Enquanto Sócrates foi Sócrates, foi ser humano, porque não foi asno. Pela observação (que não apenas visual) e pelo raciocínio eles puderam conhecer a qualidade de ser humano de Sócrates.

"Se Sócrates (o célebre filósofo grego, não um asno que por cá anda) é um ser humano; é um ser humano". É esta outra frase, relativa aos mesmos ser e qualidade, exemplo de conhecimento ou doutra coisa qualquer? Pois, só pode ser doutra coisa qualquer. Nós, contemporâneos, conhecemos, por observação e raciocínio, que uma das categorias que relacionamos na proposição (Sócrates, o célebre filósofo grego, não o outro) não existe, e por isso a afirmação não é verdadeira. Produzimos o nosso conhecimento de que a afirmação é falsa, não porque Sócrates se tenha transformado em asno, mas porque se transformou num não Sócrates, apagou-se e, por debaixo da terra, subiu ao olimpo, para junto dos deuses, faz muito tempo.

Na primeira frase, a segunda das proposições nela contidas, porém, está relacionada com a primeira condicionalmente: se. Ela só é verdadeira se a primeira o for, e só enquanto o for. Sabemos, pelos relatos dos contemporâneos que confirmaram a atribuição, que Sócrates foi um ser humano, enquanto foi Sócrates, na época e durante o tempo em que existiu. O que afirmamos com a segunda proposição é verdadeiro. Este valor de verdade da proposição é conhecimento produzido originalmente por nós? Não. É conhecimento original produzido pelos contemporâneos de Sócrates. Nós mais não fazemos do que repetir uma verdade que eles comprovaram, não produzimos conhecimento. Adquirimos a informação do conhecimento de outrem, e usamo-la para proferir uma proposição verdadeira, que não constitui outro conhecimento diferente do que o anteriormente produzido. Não é conhecimento a priori, é conhecimento anterior, e alheio, ainda por cima.

Todo o sistema de produção de conhecimento parte de um subsistema constituído pela informação disponível e por novas observações (dados, descobertos por felicidade ou obtidos por pesquisa); processa as suas possíveis relações através de outro subsistema, constituído pelo raciocínio ou por instrumentos de computação (possível pela algebrização da lógica, esse grande contributo que Boole possibilitou à ciência moderna); através dum outro subsistema, afere as novas informações provenientes do processamento dos dados com os modelos de relações previstas e de resultados esperados, experimenta os resultados, aquilata a fertilidade das hipóteses, reconstitui, retroage, regula e recomeça o processo; e num subsistema final formula a apresentação dos resultados obtidos, transformando o novo conhecimento produzido em informação e procedendo à sua divulgação pública, para submetê-lo ao sufrágio dos interessados e receber os aplausos confirmativos de uns, o cepticismo de outros e ainda a crítica e a refutação de outros.

Não é obrigatório o uso de bata branca, de óculos de grossas lentes, nem de cabelos desgrenhados. Hoje está mais em moda a calça de ganga, o calção pelo meio da perna e o sapato de ténis; os sítios são os mais diversos, e nalguns ouvem-se vozes mais agudas, cada vez em maior número, e, nas pausas, cochichos sobre cabeleireiras e sobre as saias a vestirem amanhã ou unhas que se partiram desastradamente. Computadores vêem-se por todo o lado, capas de CDs de programas dedicados que reproduzem modelos pairam sobre as mesas, comunicações à distância, pesquisa na rede é um vê se te avias. Uns mais sisudos, introspectivos, ainda usam o cachimbo do pensador, outros exclamam “porreiro, pá!” a cada intuição heurística, e não faltam os imaginativos, sempre a sugerir novas hipóteses ou processos expeditos de ultrapassar dificuldades. Há quem conte anedotas foleiras, para desanuviar ambientes, e outros que preferem a quietude dos gabinetes, mergulham nas profundezas do raciocínio à volta das lógicas e da coerência das relações. Fazem ciência, produzem conhecimento, pensando, porque as máquinas ainda só computam e processam informação, e deus não se deu ao incómodo.

JC (o tal que não é o Cristo, nem tem crista e embirra com cristalizados, mas que por restrição do número de caracteres teve de assinar abreviado).

perspectiva disse...

O Ludwig Krippahl não deixa de ser um sujeito intrigante no universo da epistemologia e do pensamento crítico.

Será que o Ludwig Krippahl aprendeu a posteriori que todo o conhecimento é a posteriori, ou será que para ele isso é um dado apriorístico?

Quais foram as experiências e as demonstrações científicas em que ele se baseou para concluir que todo o conhecimento é a posteriori?

Se todo o conhecimento é a posteriori, com que base é que ele acredita que a vida surgiu por acaso a partir de químicos inorgânicos?

É que não existe nenhuma demonstração científica de que isso tenha sido assim, nem de que isso seja realmente possível.

Isso só tem que ser verdade para quem abrace a priori a filosofia do naturalismo, a mesma que exclui a priori a possibilidade de um Criador sobrenatural, omnisciente e omnipotente.

A Bíblia é bem clara. O conhecimento de Deus vem pela fé na sua revelação.

JC(que não é o Cristo e embirra com cristalizados) disse...

Ó perspectiva, não faria melhor serviço à credibilização do seu deus não andar a azucrinar o juizo dos outros com a recitação das sagradas escrituras?

Já lhe ocorreu que com a sua tão chata insistência você demonstra que os atributos que confere ao seu deus, afinal, não são assim tão omnipotentes?

Descanse, homem, que se essa estranha entidade for tão poderosa como é apregoado certamente não necessitará de ajudantes tão pouco prestimosos, que de tanto chatearem os possíveis clientes só os enxotam.

Como o convenceu a si, assim acontecerá com muitos outros predispostos. Mal eles dão por ela, zás!, já estão apanhados pela fé. Mas não queira disputar os louros da conversão dos infiéis com o seu querido deus. Tal pretensão, mesmo inconsciente, é blasfémia!

Portanto, seja um pouco mais educado, não chateie quem não lhe pediu ajuda e que ainda por cima é palerma por andar a esforçar-se a tentar compreender o mundo, queimando cigarros e pestanas, quando afinal está tudo nas sagradas escrituras.

Dê-se por feliz por ter recebido a graça da fé e por através dela não ter inquietações e ser mais um depositário do conhecimento do real e do maravilhoso. Vá ao templo, arme um templo em casa, um outro no quarto de dormir, e em vez de estar de volta do computador trate de agradecer-lhe vezes infinitas a tamanha graça recebida.

Se não o fizer, no mínimo, é um ingrato. Se teimar em chatear os outros, além de ingrato é um mal educado. Guarde-se para quando postarem as suas demoníacas e abjectas convicções ateístas e então jogar-lhes à cara o seu exemplo de graça concedida.

Tenha um santo dia, todo o dia, todos os dias. E ore, ore muito, que muito não é demais!

JC (o tal que não é o Cristo, nem tem crista e embirra com cristalizados, mas que por restrição do número de caracteres teve de assinar abreviado).

JC(que não é o Cristo e embirra com cristalizados) disse...

Agora, para o pessoal da casa.

Então, acabaram-se os comentários aos novos posts?

Não é que sejam algo de interessante, mas assim isto fica mais monocórdico e não tem tanta graça.

Ponderem lá tão insensata quanto inoportuna decisão.

Isto é apenas um blog, coisa informal, não as vossas cátedras. Se aqui forem criticados por alguma asneira, não tem nem a mesma importância nem os mesmos efeitos das gaffes cometidas nas aulas. Se lá vas topassem é que poderiam ficar aflitos. Aqui, as vacuidades que dizem não fazem mossa em ninguém.

JC (o tal que não é o Cristo, nem tem crista e embirra com cristalizados, mas que por restrição do número de caracteres teve de assinar abreviado).

António Miguel Miranda disse...

Divulgação

Um Blog ,dois livros!

www.camaradachoco.blogspot.com

“Camarada Choco”

e

“Camarada Choco 2”
António Miguel Brochado de Miranda
Papiro Editora

Papelaria “Bulhosa” Oeiras Parque, Papelarias “Bulhosa”, FNAC ou www.livrosnet.com

Tema: Haverá uma fronteira entre os Aparafusados e os Desaparafusados?"

Filmes de Apresentação no “Youtube” em “Camarada Choco”

Anónimo disse...

Que cúhh esse site

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Esse tema, diria generoso.