Thou still unravish’d
bride of quietness
“Ode to a grecian urn”
John Keats
deixaste-me na terra, abandonado
a uma solidão que não é virtude,
antes me volve eterno condenado.
Passaste, suave, quieta, doce,
como quem pisa sem sequer pisar,
sendo o teu ser como se só fosse
uma brisa que nos vem visitar.
Inviolada noiva de quietude,
deixaste-me, podendo-me levar!
Havendo em ti tanta solicitude,
por que me deixaste neste penar?
Como pôde tanta suavidade
não tentar travar tanta saudade?
Eugénio Lisboa
Bastaria ao Eugénio Lisboa ter escrito este soneto para eu o admirar como grande poeta.
ResponderEliminarObrigado, caro Amigo. Tento apenas, com pouca arte, retribuir a grande que me tem visitado e consolado.
EliminarUm abraço
Eugénio Lisboa