Foi publicado mais um documento do Parlamento Europeu sobre vigilância electrónica realizada sobretudo por parte de empresas e de Estados e a que todos estamos sujeitos, ainda que uns mais do que outros. A este propósito, a investigadora Teresa Violante, publicou no Expresso de dia 20 deste mês um artigo com o título "Vigilância nas democracias europeias". Nele diz o que bem sabemos, mas que não podemos esquecer:
"(...) Shoshana Zuboff notabilizou-se pelo seu livro “Capitalismo de vigilância” [onde diz que] os dados pessoais são objeto de um processo de vigilância massiva na internet, levada a cabo por empresas que nos fornecem serviços online gratuitos, como os motores de busca (Google) e as plataformas de redes sociais (Facebook).Estas empresas recolhem e analisam os nossos comportamentos em linha para produzir dados que podem ser posteriormente utilizados para fins comerciais, monitorizando-os. Na maior parte das vezes, não conseguimos ter noção da extensão da vigilância de que somos alvo.Apesar de tudo, trata-se de plataformas relativamente às quais podemos exercer o nosso direito de [opção]. Contudo, outro tipo de vigilância, mais invasivo, relativamente ao qual não existe [opção] e, em alguns casos, efetuado diretamente pelos Estados e entidades públicas, à margem ou em violação da lei (...).Foi revelado por um consórcio de jornalistas e ONGs (...) que não só países terceiros mas também Estados europeus utilizaram o Pegasus e spyware de vigilância similar contra jornalistas, membros da oposição, diplomatas, advogados e atores da sociedade civil. Na sequência da constituição de uma comissão de inquérito do Parlamento Europeu para investigar a utilização do software espião de vigilância Pegasus e equivalentes, chegou-se a conclusões alarmantes".
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