Por Maria Helena Damião e Isaltina Martins
Imagem colhida aqui |
Acontecimento admirável: na passada semana, com o Arco do Triunfo ao fundo, a avenida dos Champs-Élysées, sem carros, transformou-se na maior sala de aula ("tradicional") do mundo, com mais de 5.000 pessoas de várias idades, muitas delas alunas do sistema de ensino. A "aula" consistiu na realização de um ditado.
A ideia foi chamar a atenção do país para o crescente analfabetismo funcional da população escolarizada e, de modo particular, para as dificuldades que revelam na escrita, sobretudo em suporte de papel. Mas também foi de esperança, de que alguma coisa pode ser feita para superar problemas ligados à educação formal.
O Ministério da Educação Nacional podia ter sido o único organizador do evento, conferindo-lhe um carácter "desinteressado". Mas, como passou a ser normal, teve "parceiros": a fundação de uma empresa forneceu canetas e o acontecimento ficou atestado no Guinness Book. Se fosse noutro país, seria o mesmo, estamos na era das parcerias e elas estão bem consolidadas na educação.
Ainda assim, admitamos a (boa) intenção dos intervenientes de tornar, através da escola, os miúdos mais letrados e, no futuro, mais conscientes e críticos.
Um dos vídeos que documentam o acontecimento está aqui.
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