e carpinteirada, em Hollywood,
e de cara toda falsificada
e habitada por gente sem virtude,
houve um americano sem ilusões,
um polícia cínico, mas porreiro,
um preto tocando lindas canções,
um checo muitíssimo cavalheiro,
um alemão mau como o caraças
e uma linda sueca casada
com o checo, mas fazendo negaças
ao americano, história terminada,
com final triste, porreiro, mas torto,
e com o nazi muitíssimo morto!
Eugénio Lisboa
Sempre gostei, podendo, de pagar as minhas dívidas. Vi este filme, em Lourenço Marques, durante a II Guerra Mundial, no Scala, na sessão para a Censura, agachado entre duas filas, para o censor não me topar. Como o filme não foi reprovado, vi-o, depois, em matiné normal. E tenho-o-visto vezes sem conta, em casa, porque gosto do filme, gosto da Ingrid, gosto da Marselhesa e acho porreiros o Claude Rains, o Humphrey Bogart, o Paul Henreid e o cantor negro Dooley Wilson. E ninguém me tira da cabeça que ajudei a matar o nazi (Conrad Veidt). Estas coisas ficam connosco e as emoções que vivemos exigem gratidão. De aí, este soneto, em pagamento de uma dívida muito antiga.
3 comentários:
Os papagaios medievais adoram saias oblíquas e ancas tortas.
Seria tão bom que alguns comentários fizessem algum sentido! Infelizmente há muitos patetas que julgam ter graça. O problema é que não têm graça e o que escrevem é uma desgraça. E ainda não aprenderam a ficar calados.
Estão sempre a ralhar. Não se cansam?
Não vou largar este blogue porque gosto dele. Escusam de me empurrar.
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