segunda-feira, 8 de maio de 2023

CASABLANCA UM CLÁSSICO DO CINEMA


Naquela Casablanca, amanhada
e carpinteirada, em Hollywood, 
e de cara toda falsificada 
e habitada por gente sem virtude,

houve um americano sem ilusões,
um polícia cínico, mas porreiro,
um preto tocando lindas canções,
um checo muitíssimo cavalheiro,

um alemão mau como o caraças
e uma linda sueca casada
com o checo, mas fazendo negaças

ao americano, história terminada,
com final triste, porreiro, mas torto,
e com o nazi muitíssimo morto! 

Eugénio Lisboa

Sempre gostei, podendo, de pagar as minhas dívidas. Vi este filme, em Lourenço Marques, durante a II Guerra Mundial, no Scala, na sessão para a Censura, agachado entre duas filas, para o censor não me topar. Como o filme não foi reprovado, vi-o, depois, em matiné normal. E tenho-o-visto vezes sem conta, em casa, porque gosto do filme, gosto da Ingrid, gosto da Marselhesa e acho porreiros o Claude Rains, o Humphrey Bogart, o Paul Henreid e o cantor negro Dooley Wilson. E ninguém me tira da cabeça que ajudei a matar o nazi (Conrad Veidt). Estas coisas ficam connosco e as emoções que vivemos exigem gratidão. De aí, este soneto, em pagamento de uma dívida muito antiga.

3 comentários:

Anónimo disse...

Os papagaios medievais adoram saias oblíquas e ancas tortas.

Anónimo disse...

Seria tão bom que alguns comentários fizessem algum sentido! Infelizmente há muitos patetas que julgam ter graça. O problema é que não têm graça e o que escrevem é uma desgraça. E ainda não aprenderam a ficar calados.

Anónimo disse...

Estão sempre a ralhar. Não se cansam?
Não vou largar este blogue porque gosto dele. Escusam de me empurrar.

UM TIPO DE CENSURA DE LIVROS AINDA SEM DESIGNAÇÃO

Não sabemos ao certo, mas podemos colocar a hipótese, muito plausível, de a censura da expressão humana, nas suas mais diversas concretizaçõ...