quinta-feira, 30 de junho de 2022

Não é a lezíria e o rio azul

 

Não é a lezíria e o rio azul
E cinzento na tarde a ondear.
Não é o juncal ereto a rondar
A água tão trémula a rumar ao sul.

Não é o pelourinho da cidade
Nem são as praças submersas em luz.
Não é do nome a materialidade
Ou o sublime sonho rente à cruz.

Não é a alta imponência do pilar
Nem é a ribeira cheia de chagas.                                                                                         
Não são no relevo as calcárias fragas

Nem a ponte sobre as crianças magras.
Quem me prende com enlevo o olhar
É da espadana do monte o teu ar.

 Ângelo Alves

Shakespeare: "Somos feitos da matéria dos sonhos; nossa vida pequenina é cercada pelo sono"

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