Poema à Ísis, de Eugénio Lisboa:
A minha gatinha Ísis é
minha
fiel companheira: nunca
me deixa,
porque odeia o vazio.
Estar sozinha,
só quando ela quer e,
aí, não se queixa!
É-lhe difícil de
compreender
como é que se pode não
ser gato,
porque o resto que se
possa ser
é de muitíssimo fraco
formato.
O gato tem tudo e sabe
tudo
quanto neste mundo vale
saber,
ou, pelo menos, sabe
quase tudo
e o que não sabe não
chega a valer.
Ser ou não ser gato,
eis a questão,
emendando Hamlet com
muita razão!
Eugénio Lisboa, no seu
louvável esforço de
aprofundar cada vez
mais o conhecimento
destes mínimos tigres
de salão.
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