Num artigo de opinião saído hoje no jornal Expresso, os investigadores que o assinam começam por afirmar:
E terminam, dizendo:"Cinco anos depois, Portugal é um país mais perigoso, mais despreparado e mais frágil. Cinco anos depois, os donos da floresta mandam mais do que nunca. Cinco anos depois, o abandono expandiu-se, como se expandiu o eucaliptal e como se expande o deserto. Cinco anos depois temos menos florestas, menos pessoas no interior, menos poder no meio rural e nenhum respeito pelas comunidades devastadas pelos incêndios de 2017."
"Em 2017 e 2018 fomos ingénuos e deixámo-nos embalar pela possibilidade de haver lógica, decência e Humanidade na elite governante deste país. Enganámo-nos e deixámo-nos ser enganados. A virulência e a gula da indústria do papel não tem qualquer limite nem reconhece qualquer possibilidade de restrição, mesmo perante os piores cenários. Não voltaremos a ser ingénuos nem voltaremos a ser enganados, apesar do enorme poder da máquina de fumo e mentiras que dá aval à manutenção deste caos. Cinco anos mais tarde, respondemos que não assistiremos com complacência à condenação do interior e do país ao colapso."
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