Meu artigo de opinião no Público de ontem:
Pela primeira vez, desde que comecei a ensinar, há 44 anos, não regresso às aulas. Dei em Julho a “última aula” na Universidade de Coimbra, dizendo que poderia, se houvesse interesse, vir a dar mais “últimas aulas”, o que tem vindo a acontecer de um modo informal. A diferença é que não vou iniciar nenhum curso para uma nova leva de alunos.
Já me perguntaram se não
sinto um vazio. Respondo que não, pois tenho, tal como a Natureza em geral,
horror ao vácuo. Tenho muitas coisas para fazer, a começar desde logo por ler
uma pilha de livros que me aguarda há muito. É agora tempo para tudo aquilo que
andava adiado. Como diz o belo trecho do Eclesiastes
(3:1,2), “Para
tudo há um momento, e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:/ tempo
para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar o que
se plantou.”
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