segunda-feira, 4 de maio de 2020

CASA VAZIA: À MEMÓRIA DE MARIA ANTONIETA

Do meu amigo Eugénio Lisboa, em saudosa lembrança de sua falecida Mulher: 
Esta saudosa casa onde brilhou
Tua voz num instante sempiterno,
Em negra, íntima noite se ocultou
Teixeira de Pascoaes 
Esta saudosa casa em que brilhou
Tua voz num instante sempiterno,
Esta casa que teu ser habitou
Tornou-se hoje, p’ra mim, um escuro inverno. 
Em negra, íntima noite se ocultou
Tua presença doce e gentil.
De tudo quanto fomos só ficou
Memória do que foi, saudades mil. 
Quem dera que esta noite que assaltou
Com agreste vigor e crueldade
Esta casa que outrora o sol dourou
Deixasse que esta casa se tornasse 
De novo esta grande raridade:
Um ninho onde o amor se eternizasse! 
Eugénio Lisboa 

Embora a melhor terapêutica para a peste seja o bom humor e a Ladinice, nem sempre é possível fugir a um tom mais melancólico. A musa impõe as suas razões às razões do poeta.

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