Voltar a Ler - Alguma Crítica Reunida
(Sobre Poesia, Educação e Outros Ensaios) de António Carlos Cortez
apresentado hoje em Coimbra por
José Miguel Júdice, José Carlos Seabra Pereira e Carlos Fiolhais
apresentado hoje em Coimbra por
José Miguel Júdice, José Carlos Seabra Pereira e Carlos Fiolhais
·
A apresentação/debate em torno do livro Voltar
a Ler - Alguma Crítica Reunida (Sobre Poesia, Educação e Outros Ensaios) de António Carlos Cortez terá lugar no dia 20
de Maio de 2019, pelas 18h00, no RÓMULO – Centro Ciência Viva da Universidade
de Coimbra, no Departamento de Física da FCTUC, piso 0, em Lisboa e contará com
as intervenções de José Miguel Júdice, José Carlos Seabra
Pereira e Carlos Fiolhais.
Voltar a Ler - Alguma Crítica
Reunida (Sobre Poesia, Educação e Outros Ensaios) da autoria do poeta, ensaísta e professor António
Carlos Cortez reúne pela primeira vez em livro os ensaios que tem vindo a
publicar na imprensa portuguesa e nalgumas revistas da especialidade. Nele o
autor reflecte sobre a poesia portuguesa moderna e contemporânea, os ensaístas
portugueses, a educação e outros temas de cultura, num livro dirigido
a professores e pais, mas também aos
que querem aceder a conhecimento sobre os referidos temas. O autor, com vários
livros publicados, professor no Colégio Moderno, agita as águas e propõe
um sério convite ao debate,
enfrentando ideias feitas.
Sendo a literatura um compósito
complexo de signos que nega a ditadura do banal em que estamos imersos e, na
sua expressão máxima, a poesia, que se insurgem contra as palavras gastas dum
quotidiano asfixiante, é frequente serem compreendidas, ou rechaçadas para
territórios periféricos ao debate político.
Ora, agitar as águas do real, essa é
precisamente a suprema função da arte. Como a História comprova, a arte semeia
a dúvida necessária em torno de novos absolutos sendo o espinho que se crava fundo
na certeza dos moralistas. É a dúvida e o princípio do incerto que mobiliza
também este voltar a ler, pois foi sempre no gesto da releitura que se
perceberam melhor certas ideias e caíram por terra certos preconceitos. Voltar
a ler é abertura, compreensão, partilha.
Ao propor uma releitura de um
conjunto de textos sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea, sobre
ensaístas portugueses e temas relativos à educação e à cultura, António Carlos
Cortez convoca os leitores ao questionamento e à reflexão tão contrários aos
tempos de adormecimento ameaçador que testemunhamos.
ÍNDICE
Limiar — A urgência da literatura
I
SOBRE ENSAÍSTAS
Eduardo Lourenço: Habitar a esfinge
Luís de Camões: Os labirintos da exegese
Vítor Aguiar e Silva: A Sena o que é de Sena
Manuel Gusmão: A razão da Literatura
Paula Morão: Um saber de leituras feito
Vasco Graça Moura: Um modo verbal de estar no mundo
Fernando J. B. Martinho: Uma homenagem
Gastão Cruz: O crítico ou como conhecer a escuridão?
Nuno Júdice, o Crítico: (Sobre ABC da Crítica)
Fernando Cabral Martins e Richard Zenith: Leitores de Pessoa
O Pessoa de Dona Cléo
Ruy Belo: Literatura explicativa
Poetas que interessam mais: Um livro de ensaios
SOBRE ENSAÍSTAS
Eduardo Lourenço: Habitar a esfinge
Luís de Camões: Os labirintos da exegese
Vítor Aguiar e Silva: A Sena o que é de Sena
Manuel Gusmão: A razão da Literatura
Paula Morão: Um saber de leituras feito
Vasco Graça Moura: Um modo verbal de estar no mundo
Fernando J. B. Martinho: Uma homenagem
Gastão Cruz: O crítico ou como conhecer a escuridão?
Nuno Júdice, o Crítico: (Sobre ABC da Crítica)
Fernando Cabral Martins e Richard Zenith: Leitores de Pessoa
O Pessoa de Dona Cléo
Ruy Belo: Literatura explicativa
Poetas que interessam mais: Um livro de ensaios
II
VOLTAR A LER
Antero de Quental: A redacção do suicídio?
Mário de Sá‑Carneiro: Suicídio antes do suicídio
Sobre os «treze sonetos» de Alfredo Pedro Guisado: Uma estratégia para legitimar Orpheu 1
Os filhos de Alberto Caeiro: Subsídios para a leitura de alguma
poesia contemporânea
Mário Dionísio: Memória de um poeta (des)conhecido
Sophia de Mello Breyner: Palavras de poesia, hoje
David Mourão‑Ferreira: 90 anos
Mário Cesariny: Ou os caminhos de uma poética
João Rui de Sousa: Quarteto para as próximas chuvas, Um livro de poesia
Da neve à luz: Eugénio de Andrade: Branco no Branco / Contra a obscuridade
António Ramos Rosa: Alguns aspectos
Fernando Echevarría: O que sobe aos olhos
Fernando Guimarães: Uma ideia de poesia em As Raízes Diferentes
Herberto Helder: Uma forma de se despedir (sobre Poemas Canhotos)
Herberto Helder: E o nome se fez carne: Letra Aberta
Herberto Helder: A língua plena em A Morte sem Mestre Ruy Belo: A poesia, «Urbi et Orbi»
Fiama Hasse Pais Brandão: Um discurso (em) branco
«Razões tenho para contar assim os factos»: A Moeda do Tempo, de Gastão Cruz
Da luz negra: Escarpas, de Gastão Cruz
Gastão Cruz: Todos os fogos, o fogo
Gastão Cruz: Oxidação negra
Existência: Poesia e poética de Gastão Cruz
A mente agita a matéria ou a restauração da palavra poética
Armando Silva Carvalho: A Sombra do Mar ou a Lição das Coisas
Nuno Júdice: Out the blue
Helder Moura Pereira: Lugares incomuns
Eduardo Guerra Carneiro: O «nojo do desgosto» ou a dor revisitada
Manuel António Pina (1943‑2012): O que não vai morrer.
VOLTAR A LER
Antero de Quental: A redacção do suicídio?
Mário de Sá‑Carneiro: Suicídio antes do suicídio
Sobre os «treze sonetos» de Alfredo Pedro Guisado: Uma estratégia para legitimar Orpheu 1
Os filhos de Alberto Caeiro: Subsídios para a leitura de alguma
poesia contemporânea
Mário Dionísio: Memória de um poeta (des)conhecido
Sophia de Mello Breyner: Palavras de poesia, hoje
David Mourão‑Ferreira: 90 anos
Mário Cesariny: Ou os caminhos de uma poética
João Rui de Sousa: Quarteto para as próximas chuvas, Um livro de poesia
Da neve à luz: Eugénio de Andrade: Branco no Branco / Contra a obscuridade
António Ramos Rosa: Alguns aspectos
Fernando Echevarría: O que sobe aos olhos
Fernando Guimarães: Uma ideia de poesia em As Raízes Diferentes
Herberto Helder: Uma forma de se despedir (sobre Poemas Canhotos)
Herberto Helder: E o nome se fez carne: Letra Aberta
Herberto Helder: A língua plena em A Morte sem Mestre Ruy Belo: A poesia, «Urbi et Orbi»
Fiama Hasse Pais Brandão: Um discurso (em) branco
«Razões tenho para contar assim os factos»: A Moeda do Tempo, de Gastão Cruz
Da luz negra: Escarpas, de Gastão Cruz
Gastão Cruz: Todos os fogos, o fogo
Gastão Cruz: Oxidação negra
Existência: Poesia e poética de Gastão Cruz
A mente agita a matéria ou a restauração da palavra poética
Armando Silva Carvalho: A Sombra do Mar ou a Lição das Coisas
Nuno Júdice: Out the blue
Helder Moura Pereira: Lugares incomuns
Eduardo Guerra Carneiro: O «nojo do desgosto» ou a dor revisitada
Manuel António Pina (1943‑2012): O que não vai morrer.
III
EDUCAÇÃO E CULTURA
O lugar do livro no ensino, um subsídio
Provas de aferição: Uma reflexão sobre o acto de ensinar.
O Exame Nacional de Português: Analfabetismo funcional
O que se escreve e como se escreve no Exame Nacional de Português
O fm da Europa: Terrorismo e educação
Analisar a poesia em Exame Nacional ou como deturpar um poema
O acordo ortográfco: Rejeitar o absurdo
O regresso da literatura: Em nome dos alunos e dos professores
25 de Abril na sala de aula, uma reflexão
Praxes do Meco: A educação ou no reino da estupidez
Verdades sobre o ensino do Português: Metas curriculares e não só
Uma ida ao Cante: Um cancioneiro numa noite de Verão
Proveniência dos textos
EDUCAÇÃO E CULTURA
O lugar do livro no ensino, um subsídio
Provas de aferição: Uma reflexão sobre o acto de ensinar.
O Exame Nacional de Português: Analfabetismo funcional
O que se escreve e como se escreve no Exame Nacional de Português
O fm da Europa: Terrorismo e educação
Analisar a poesia em Exame Nacional ou como deturpar um poema
O acordo ortográfco: Rejeitar o absurdo
O regresso da literatura: Em nome dos alunos e dos professores
25 de Abril na sala de aula, uma reflexão
Praxes do Meco: A educação ou no reino da estupidez
Verdades sobre o ensino do Português: Metas curriculares e não só
Uma ida ao Cante: Um cancioneiro numa noite de Verão
Proveniência dos textos
O
AUTOR
ANTÓNIO CARLOS CORTEZ é poeta, crítico literário e
professor de Português e de Literatura Portuguesa no Colégio Moderno,
colaborador permanente do
Jornal de Letras, onde assina a coluna «Palavra de Poesia», e das
revistas Colóquio-Letras
e Relâmpago.
Publicou o primeiro livro de poesia em 1999 (Ritos
de Passagem).
Destacam-se, da sua
produção, A Sombra no
Limite (Gótica, 2004), Depois
de Dezembro (Licorne, 2010 – Prémio Sociedade Portuguesa de Autores
em 2011), O Nome Negro
(Relógio d’ Água, 2013), Animais
Feridos (Dom Quixote, 2016) e a antologia A Dor Concreta
(Tinta-da-China, 2016), Prémio Teixeira de Pascoaes – Associação Portuguesa de
Escritores/2018.
Foi consultor do Plano Nacional de Leitura entre 2010 e 2016.
Foi consultor do Plano Nacional de Leitura entre 2010 e 2016.
PRÉMIOS
Prémio Sociedade Portuguesa de Autores / 2011Prémio Teixeira de Pascoaes – Associação Portuguesa de Escritores / 2018
FICHA
TÉCNICA
Voltar a Ler - Alguma Crítica Reunida (Sobre Poesia, Educação e Outros Ensaios)
António Carlos CortezColecção |Fora de Colecção
ISBN |
978-989-616-851-3
Páginas | 412 pp.
Capa |
Brochada
Preço | €18,00
Preço | €18,00
1 comentário:
O acesso à literatura sempre foi dificultado e, atualmente, muito mais. Não é que alguém tenha dificuldade em aceder a um livro. É muito mais do que isso. Só tem acesso à literatura quem tiver tempo e condições de leitura, pensamento, reflexão, escrita, partilha, crítica.
Na realidade, é preciso ser uma espécie de herói ou de privilegiado para aceder, usufruir e escolher um modo literário de estar e de manifestar.
Mas é o modo de estar e de se manifestar mais promissor e mais poderoso que se possa imaginar, mais aberto e livre e libertário, sem condicionantes metodológicas ou de processos, nem morais, nem éticos, nem científicos, nem pessoais...Nada pode ser tão apetecível para um humano que quer expressar, comunicar, divulgar, registar...como a literatura. Não conheci ninguém que lhe encontrasse limites, a não ser, claro está, os que apontei inicialmente e que se vêm agravando com a despromoção e eliminação de espaço e tempo "concedido", no ensino e na vida, à literatura.
Infelizmente, uma das razões para não escrever ou ler, é estarmos mobilizados para uma guerra prioritária dos outros, que não se compadece com aquilo que tu sentes, ou queres, ou pensas, ou gostas, ou imaginas e que é insensível e surda à tua guerra e à tua vida. Mas há quem, no meio dos bambardeamentos, ainda encontre força e discernimento para olhar, pensar, sentir, escrever, nem que seja com sangue.
A literatura é o maior desafio intelectual que um homem pode aceitar.
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