sábado, 21 de outubro de 2017

ENTREVISTA DE ORDINE AO PÚBLICO


https://www.publico.pt/2017/10/21/culto/entrevista/o-principio-da-educacao-e-aprender-a-ser-melhor-para-si-mesmo-e-nao-para-o-mercado-1789500?page=/&pos=6&b=stories_b

2 comentários:

Anónimo disse...

O professor Ordine é um homem de grande craveira intelectual e moral, conforme o meu elogioso comentário anterior, porém a sua condição de calabrês diminui-o muito aos olhos dos senhores da alta finança e do armamento nuclear, que são quem verdadeiramente manda no mundo! Os países católicos do sul da Europa, como a Itália, foram, há já muito tempo, ultrapassados economicamente pelos países protestantes do norte que, ao mesmo tempo que apoiavam o desenvolvimento das ciências experimentais, mal vistas e perseguidas pela Igreja de Roma, conseguiram impor nos quatro cantos da Terra a sua visão pragmática do mundo em que, por exemplo, atos de pirataria contra embarcações espanholas e portuguesas eram louváveis porque rendiam muito dinheiro e prejudicavam os papistas! Apesar de a Igreja ainda não ter abandonado o latim, hoje a língua universal é o inglês. Aqui chegados, com muita cultura greco-latina, mas com pouco dinheiro nos bolsos, restam-nos, aos pobres do sul, duas opções: ou deixamo-nos arrastar pela maré do consumismo imediato, seguindo atrás do pai natal, ou remamos com toda a força contra a corrente do Aprender a Aprender, e outras, que ameaçam submergir a barca da educação comandada pelo professor Ordine.
Todavia, se os portugueses se mantiverem isolados, e limitados por um único grande projeto mobilizador nacional, que é o futebol, não irão muito longe nos tempos mais próximos!

João Silva

Anónimo disse...

Vou para a escola.
Na mochila virtual, alguns livros de culto e debaixo do braço "A breve história do tempo", Hawking.
Dizem-me que é preciso socializar.
Traço “o círculo máximo do caminho mais curto” entre a sala emprestada e a sala do café onde as chávenas são malhadas... (“St-ephen”)
Sento-me na roda, ao intervalo de repetir repetir a mesma sílaba.
Uma conversa geodésica de como matar os animais da aldeia consome o breve tempo.
Literal.
Forço-me a lembrar teorias fora da “manifestação repentina e completa da essência do trágico” (Ricoeur).
Torno-me impensável.
Os intelectuais sufocam na mochila.
Ler e escrever torna-se alheio.
Saio da roda
por dentro da sílaba.

F

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...