domingo, 29 de outubro de 2017

"O presente estado da cultura humana"

... uma coisa que me preocupa muito, o presente estado da cultura humana. Que é terrível. Temos o sentimento de que não está apenas a desmoronar-se, como está a desmoronar-se outra vez e de que devemos perder as esperanças visto que da última vez que tivemos tragédias globais nada aprendemos. O mínimo que podemos concluir é que fomos demasiado complacentes, e acreditámos, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que havia um caminho certo, uma tendência para o desenvolvimento humano a par da prosperidade. Durante muito tempo acreditámos que assim era e havia sinais disso"
António Damásio, Extracto da entrevista ao Expresso de 28 de Outubro (Revista, p. 28).

3 comentários:

Carlos Ricardo Soares disse...

Se não quisermos trabalhar no estabelecimento do que está errado no rumo que a humanidade tem tomado, que pode ser um trabalho enfadonho e chato e impopular (e inútil), podemos sempre pensar que nada está errado e continuar.
Afinal, do ponto de vista da natureza das coisas, certo e errado não existe.
É assim que tem funcionado o nosso mundo, sem que as religiões, a ética ou as leis desequilibrassem a balança para um dos lados.
O comportamento dos humanos, enquanto indivíduos, mas sobretudo enquanto grupos e organizações, tem sido de uma irresponsabilidade brutal e demolidora, isto na perspetiva de que a irresponsabilidade de uns é apresentada e aproveitada para justificar uma irresponsabilidade ainda maior de outros e que, todos, só fizeram o que tinham a fazer.
Não sei se a cultura nos salvará de alguma coisa, mas sei que ela é um motor poderosíssimo que se pensa a si mesmo como tal, mas não ao ponto de saber o que quer, de o querer saber, de o fazer crer e de o fazer.
Só por isso, é assustador pensar que, fora da cultura, não existe esperança, não temos nada.

Marcelo Melo disse...

Este trecho aponta algo mas não explica/concretiza/materializa esse algo. Sem ler o resto, parece uma citação truncada ao serviço da confirmação uma tese ou teoria latente que se tenha na cabeça, da qual o tom do trecho apenas confirma o claro teor pessimista sobre o estado actual das coisas.

Afinal de contas, o que é que de objetivo é suposto concluir-se de um trecho destes? Nem sequer se entende qual a amplitude dada ao termo "cultura". Neste termos, a citação é um chapéu demasiado largo que serve de muleta aos mais variados propósitos de crítica da actualidade.

Anónimo disse...

Desde o fim da 2ª Guerra Mundial que estamos a viver um sistema internacional que está a seguir de modo furtivo uma política de despovoamento (redução de população) e tomada dos recursos de todas as nações sob a fachada da ONU e das grandes corporações mundiais. É natural que a Cultura se degrade quando estamos há 3 gerações sob múltiplos envenenamentos até à esterilização e doenças não comunicáveis e de encurtamento da longevidade, com longo período de sofrimento, após ter vivido uma vida debilitante, afastada do que era suposto por natureza.


(2016) Peace without poison | Center of global consciousness
Ver na página 659 deste link:
https://objects.liquidweb.services/depopulation/Peace%20Without%20Poison.pdf

(VIDEO) The International System of depopulation/globalization explained
https://www.youtube.com/watch?v=F65XvAYmkTQ

"Desde 1945, as várias ciências não podem sobreviver sem a nossa fé, porque nelas quase nada há de arte ou ciência, tudo o que resta deixou de ser ideologia, tornou-se religião."

35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"

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