A minha entrevista ao neurocirurgião Henry Marsh, para a Notícias Magazine, feita em Lisboa, onde esteve para lançar o seu livro Não faças mal (Lua de Papel), já traduzido em 22 línguas:
"Quando se é neurocirurgião e se acredita na alma ou nalguma forma de vida depois na morte, temos de lidar com uma séria dissonância cognitiva. Porque nós somos o nosso cérebro. E voltamos onde começámos. Quando vemos pessoas com danos cerebrais, cuja personalidade e moral mudam, é muito difícil acreditar que alguma coisa sobrevive para além da morte. Mas isso não desvaloriza o pensamento, valoriza a matéria, de maneiras que não compreendemos. Como é que estas moléculas produzem pensamento consciente? Eu considero isso profundamente empolgante."
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