É uma triste realidade. As línguas clássicas são notícia na comunicação social pela sua raridade, não no sentido positivo, porque uma coisa rara é algo precioso, a conservar, mas no sentido mais prosaico, de algo em extinção.
Estamos em época de exames nacionais. Realizou-se o exame de Latim, do 11º ano, no dia 21. A notícia vem nos jornais, foi a prova com menos alunos ( leia-se aqui): apenas 40, ainda menos que em 2014.
Somos talvez o único país europeu em que as línguas clássicas chegaram a esta situação de quase extinção. A originalidade, neste caso, não nos fica bem...
Irá esta tendência voltar para trás?
Há alguma esperança. Se a frequência da disciplina de latim no ensino secundário é mínima (houve, no entanto um ligeiro crescimento no 10º ano), a cultura clássica está a renascer no ensino básico e há também, em várias escolas, cursos livres de latim, sinal de que o interesse pelo estudo dos clássicos não está morto.
Serão razões para dizer: dum spiro, spero, ou, em bom português, enquanto há vida, há esperança.
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