quinta-feira, 9 de junho de 2016
“A falácia do empreendedorismo”
Na sequência do texto "Educar para empreender".
As ideias, mesmo as melhores, as que apresentam grande solidez, solicitam a discussão. É, afinal, para isso que existem.
Discutir a ideia que se materializa na expressão "educação para o empreendedorismo", ainda que seja politicamente incorrecto, é fundamental e urgente.
Dois sociólogos - José Soeiro e Adriano Campos - da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, fazem isso numa discussão mais alargada ao "empreendedorismo" que deu origem ao livro que publicita ao lado.
No 4.º capítulo detêm-se no sistema educativo português, mais precisamente "nos programas promovidos por empresas junto de escolas, dos workshops de «empreendedorismo para bebés» às licenciaturas do ensino superior ou às formações para desempregados" concluindo que "a educação para o empreendedorismo tem crescido de forma galopante": "a febre do empreendedorismo atingiu tais proporções que há quem entenda que ele deve ser trabalhado desde o momento em que o bebé está na barriga da mãe. Claro que esta disseminação do tema em infantários e escolas não tem ocorrido sem resistência. Por exemplo, a presença dos programas da Junior Achievement tem dado origem a protestos dos pais de crianças do 1.º ciclo do ensino básico, que entendem que os seus filhos não têm de ser submetidos a este tipo de propaganda.
E deixam uma questão: "não haverá razões para estarmos preocupados com esta socialização precoce para a competição?"
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2 comentários:
Há razões sim, porque o empreendedorismo é uma nova forma de esclavagismo.
a Helena vai ao google e pesquisa , por exemplo , empreendedorismo + crédito bancário e analisa os resultados da pesquisa. vai ver como de repente se faz luz :) é a banca a recrutar papalvos.
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