terça-feira, 8 de maio de 2012

Sugata Mitra: deixem as crianças aprender

10 comentários:

Anónimo disse...

Crianças que aprendem umas com as outras, em contexto de grupo, com o suporte de um computador e nalguns casos sem professores? Parece-me uma daquelas propostas de construtivismo radical e romântico que o ministro Nuno Crato tanto criticou e que eram também aqui eram sistematicamente vergastadas.
P.S. Existe um aspeto que merece ser salientado nesta apresentação que é a avaliação dos modos de trabalho pedagógico à semelhança do que se faz noutros ramos da ciência.
PJ

Anónimo disse...

Ideias delirantes qualquer um pode ter. Com uma probabilidade ínfima de alguma vez se porem em prática. É isto que me faz rir quando vejo maluqueiras: é deixá-los falar.

Anónimo disse...

Se ha coisas no google para que mete-las na cabeça, pergunta o comico. Dantes podia perguntar-se: se ha coisas nos livros para que mete-las na cabeça? So que dantes ninguem se ria.
Porque e que os acentos nao se conseguem escrever aqui?
Josefa Moreira

Anónimo disse...

Para ideias delirantes esta parece ter tido uma disseminação bastante interessante (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Minimally_invasive_education), não me parecendo que o leque de organizações que deu alguma cobertura a esta experiência (que seguramente o autor não desejará que seja universal) é algo vasta e diversificada.
PJ

VR disse...

Não sei porquê, ao ver a apresentação lembrei-me disto:

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teacher leave them kids alone
Hey! Teacher! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall

Pink Floyd, The Wall (1979)

Rolando Almeida disse...

Há 100 anos atrás a ideia de todas as pessoas terem de frequentar a escola até aos 17 anos era pura e simplesmente um delírio de um tolo qualquer... De resto o que o autor da conferência mostra é qualquer coisa que quem tenha uma criança pequena em casa consegue observar: apesar dos pais tentarem muitas vezes desviar a atenção dos miúdos dos computadores, eles adaptam-se muitíssimo bem às máquinas e realizam aprendizagens realmente espantosas. E fazem-no por si mesmas. Quem tiver crianças em casa muito pequenas basta observar.

Anónimo disse...

Já tentou o mesmo com um skate em vez de um computador? Como aprendem rápido e sem que lhes expliquem. E como um rapazinho de 12 ou 13 anos aprende a masturbar-se sem professor que lhe explique. Acabem com a escola, é inútil e só atrapalha.

Desidério Murcho disse...

Quando se afirma "acabem com a escola" é porque se está mergulhado em confusão. A escola que atrapalha é a escola uniformizada, burocratizada, estatizada, normalizada. As escolas livres não atrapalham porque respondem às necessidades reais que as pessoas têm de aprender. E uma escola é livre quando os que nele ensinam e aprendem, e respectivos pais, mandam no modo como se aprende e ensina. O problema da escola é que o modelo de escola que temos é um disparate contranatura, ditatorial, uniformizador, desrespeitador das diferentes autonomias individuais, dos diferentes objectivos que se podem ter ao aprender. E é por isso que nesta escola, neste tipo de escola, nada se cria, nada se transforma, tudo se perde. O que precisamos é de libertar a escola, tal como libertámos a pouco e pouco vários países dos regimes ditatoriais. O último resquício disso são as escolas de hoje. Mas tal como se acabou na Europa com os regimes ditatoriais sem acabar com os regimes, podemos e devemos acabar com a escola ditatorial, mas sem acabar com as escolas.

Anónimo disse...

"o modelo de escola que temos é um disparate contranatura, ditatorial, uniformizador, desrespeitador das diferentes autonomias individuais, dos diferentes objectivos que se podem ter ao aprender. E é por isso que nesta escola, neste tipo de escola, nada se cria, nada se transforma, tudo se perde"

Eis um modelo de consideração ponderada, desprovida de preconceitos politicos e unicamente assente em conclusões autorizadas pela ciência, no estilo que se preconiza num post publicado mais à frente.

Bravo !

joão viegas

Anónimo disse...

Caro João Viegas: acha mesmo que vale a pena perder tempo a responder às gozações do Senhor Desidério Murcho?

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