terça-feira, 15 de maio de 2012

Cursos Técnicos X Bobagens Académicas

“Acho que não se pode em nome do anti-fascismo criar um novo fascismo” (Sophia de Mello Breyner, 1919-2004).

Andando pela Net,  ou melhor nela gatinhando com a minha declarada e sempre confessada iliteracia informática, deparei-me com o blogue brasileiro, intitulado  “Boteco Escolar -Ensaios sobre uso de blogs em educação” e com o post, aí publicado,  “Cursos técnicos X bobagens académicas” (24/04/2012)”, que adoptei como título meu. Nele foi  transcrito integralmente o meu  post, O Deputado Paulo Rangel, Canudos e Desemprego” (22/04/2012),  com a seguinte introdução: 

Dias atrás, dois amigos me contaram as bobagens que certos acadêmicos andam fazendo com o ensino técnico no Brasil. A bobagem maior é a de oferecer muita teoria, esvaziando o conteúdo técnico dos cursos. Eu precisaria de mais informações para analisar com cuidado o que está acontecendo. Mas, acho que texto sobre o assunto, escrito em Portugal, no blog De Rerum Natura, oferece um bom quadro daquilo que meus amigos me contaram. A matéria é escrita pelo educador Rui Baptista e achei por bem reproduzí-la aqui”. 

Para evitar maçar o leitor que já tiver lido esse meu texto,  limito-me, agora, a fazer-lhe este  acrescento motivado pela supracitada introdução com mais estas informações que nos dizem que em Portugal e no Brasil más fadas há. Assim, toda esta “bobagem”, em saborosa expressão  brasileira, apresenta, para além disso,  contornos que a tornam, ainda bem mais criticável se for acrescentado que o antigo ensino técnico em Portugal está a ser ministrado hoje  “teoricamente” em escolas crismadas de  ensino secundário,  em substituição dos antigos liceus e respectivos professores que, a académica Clara Pinto Correia, em seu artigo “O render dos heróis” (“Diário de Notícias,” 22/10/1995), escreve  serem merecedores "que se lhes beije as fímbrias do manto”. E com esta crisma  a modos de um pobre que quer aparentar ser rico, mesmo sem ter onde cair morto, como soe dizer-se,  cometeu-se,  nunca é demais salientar, este verdadeiro crime em deixar  “enferrujar”  as oficinas  de carpintaria, serralharia, electricidade, mecânica automóvel, etc., onde os alunos, para além da necessária teoria,  adquiriam o necessário know-how  que as teias de aranha de longos e escandalosos anos de abandono tornaram incapazes de serem reutilizadas, talvez,  para exorcizar fantasmas de antes de  25 de Abril em pessoas com culpas no cartório.

 Em substituição de indivíduos com o 12.º ano do ensino secundário, e que por aí se quedem, incapazes, como tal, e por vezes, de escreverem uma simples frase gramaticalmente correcta ou de pregarem um simples prego sem martelarem os dedos, deixaram-se de formar reputados técnicos especializados, verdadeiros obreiros do desenvolvimento económico dos países que se desejam desenvolvidos, com a mania bem portuguesa do simples ensino teórico de papel e caneta  e do exigente canudo universitário, cada vez menos exigente (tirando as exigências que sobrecarregam magras bolsas familiares, enquanto os seus "rebentos" cabulam anos a fio),  como não se eximiu em criticar o académico e sociólogo António Barreto, por se querer, com a mania das grandezas, “transmitir à população a ideia de que o acesso à universidade é um direito de todos, tal como a protecção na doença e na velhice”.

Ora, acontece que a Constituição Portuguesa ao estabelecer o direito à Educação dá igual tratamento ao Desporto.  Mas daí considerar-se que todos os praticantes domingueiros de futebol,  em jogos entre solteiros e casados seguidos de um lauto e bem regado almoço, têm o direito de jogarem nos melhores clubes da Primeira Liga é dislate igual. E será democrático, em nome de um falso direito de igualdade, violentar a vocação de um jovem que se poderia tornar num operário especializado bem remunerado para o transformar num medíocre doutor, ou ignorante engenheiro, na esperança  de vir a pertencer  à parceria política de que nos fala Eça, sempre  actual e merecedor da nossa atenção, embora com esta exigência: ”Mas, para entrar na ‘parceria política’ [ ainda segundo Eça, que governa a herdade chamada Portugal] o cidadão português precisa de uma habilitação – ser deputado”. Ou seja,  ontem como hoje!

11 comentários:

Jarbas disse...

Rui,

Muito bom ler sua crítica à desfiguração do ensino técnico aí em Portugal. Com pequenas mudanças, para tropicalizar a linguagem, tudo o que você escreve cai como luva para as bobagens que fizeram com o ensino técnico no Brasil.

Não vou muito longe. Começo com a história da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1971. Essa lei, que profissionalizou todo o ensino secundário no Brasil, sucateou o ensino técnico. Acadêmicos que nunca tinham visto uma oficina em suas vidas começaram a ditar regras para a formação profissional nas escolas. Resultado: um desastre, acompanhado pelo desmonte do ensino técnico que foi construído por gente que entendia de trabalho e gostava do que fazia em oficinas e empresas de aplicação (fazendas, lojas e hotéis escolas, por exemplo).

Conto uma história acontecida logo depois da Lei 5692/71. Com a unificação do ensino, carreiras de dirigentes do ensino geral e profissional foram equiparadas. Graças a tal equiparação, diretores de escolas primárias [formados em pedagogia por onde o tabalho não passa] puderam canditatar-se a cargos de direção das antigas escolas técnicas. Uma senhora, com muito tempo de experiência na educação de crianças, assumiu uma das escolas técnicas, da área de tecnologia agrária, situada numa fazenda. Ao inspecionar as instalações, a nova diretora viu um touro magnífico, bem nutrido de carnes. Ordenou que o animal fosse sacrificado para se churrasco de posse.

O touro da história era uma matriz importada, produtor de material genético que vinha sendo utilizado em experiências de reprodução em todas as escolas técnicas agrárias do Estado de São Paulo...

Atualmente está em curso um projeto de educação integrada no ensino técnico brasileiro. A proposta é liderada por acadêmicos cujo saber sobre formação profissional é, quando muito, livresco. A consequência é uma desvalorização de técnica enquanto saber. Há muito o que comentar sobre isso, mas fica para uma outra ocasião.

Se interessar, posso lhe encaminhar duas obras que analisam algumas das dimensões do assunto que é objeto dessa nossa conversa: "Educação Profissional: Saberes do Ócio ou Saberes do Trabalho", e "Saber no Trabalho: Valorização da Inteligência do Trabalhador". Sou autor do primeiro livro. O segundo livro é tradução de obra de Mike Rose, professor da UCLA.

Mande-me seu endereço postal para que eu possa encaminhar-lhe as citadas obras. Para tanto, envie mensagem para o meu Email: jarbas.barato@gmail.com .

Grande abraço,

Jarbas

Joaquim Manuel Ildefonso Dias disse...

António Barreto, diz que é mania das grandezas, “transmitir à população a ideia de que o acesso à universidade é um direito de todos”.
Na Wikipédia, António Barreto ostenta como Profissão Cientista social (investigador na Universidade Católica e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa).


E porque é de mania das grandezas que se fala, e as manias das grandezas são sempre características dos outros, evidentemente, urge fazer uma denúncia:


“(...) Foi ponderando o que de substantivamente inovador deve ter a produção intelectual digna do nome de “investigação” e ponderando o progressivo abastardamento que do uso desse vocábulo vem sendo feito entre nós ultimamente, que Sebastião e Silva pôde dizer-me, já em 1972:

“90% do que em Portugal se publica hoje sob o nome de investigação, - não é de facto investigação”.

Esta denuncia vigorosa do equivoco em que a inflacionaria degradação do rótulo “investigação” mergulhou a vida intelectual portuguesa dos últimos decénios, - emitiu-a um espírito criador de projecção universal, como pouquíssimos Portugal conheceu em todos os tempos.

Pois que ela seja meditada na sua crua verdade, para que não tardem as medidas desmistificadoras do que no nosso País tem hoje curso como caudalosa aparecia de investigação cientifica, - e que mais não é o mais das vezes do que sorvado fruto de inanes auto-ilusões, logro de incautos, e pretexto para a pacata digestão irresponsável de liberdades mecenáticas de origem particular ou oficial. Neste último caso o facto é extremamente grave, - que os suados dinheiros públicos de uma Nação pobre, há que poupá-los avaramente para investimentos que à Nação deveras sejam úteis.”

[palavras do Professor António Andrade Guimarães]

Rui Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Baptista disse...

Caro Jarbas:

Em dolorosas palavras, o Jarbas faz-nos uma síntese perfeita do que se passa no ensino profissional do Brasil e que entra no domínio do picaresco ( como reconheciam os romanos “ridendo castigat mores" ). Refiro-me à história que nos conta do touro de reprodução em sacrifício de churrasco para a tomada de posse de uma professora do ensino primário divinizada pelo cargo directivo de uma escola profissional para que acabara de ser nomeada.

Seja-me permitido, transcrever um comentário, de Cleo Pisani, ínsito no seu post “Cursos Técnicos X Bobagens Académicas” (de que confessei o “crime” de dele me apossar na pia baptismal do meu post), que diz bem que a sua cruzada, meu Caro Jarbas, é reconhecida e acarinhada por quem o conhece e admira. Escreveu ela:

“Jarbas, Companheireiro das Letras e do Bom Gosto de sempre!

Parece que conheço esse texto de sempre. É tão próximo de nós… Não só estamos cheios de “doutores! como também estamos trombando em cada esquina com escolas profissionalizantes que estão “assassinando” os técnicos. Que lástima!!!! O que não se faz neste país para enganar a patuleia e ganhar eleições. Que pena!
Abraço
Cleo”.

Mas não se queda por aqui o “academismo” que em Portugal se tem imprimido às profissões manuais sem lhes acrescentar pitada de melhor “saber fazer”. Refiro-me às “Novas Oportunidades” em que, por exemplo, a uma um carpinteiro prático em vez de se lhe dar luzes teóricas da profissão se lhe põe nas mãos, enquanto o diabo esfrega um olho, um diploma de estudos secundários completos que atesta, apenas e por vezes, relatórios feitos por terceiros ou copiados da Net para que em cada três palavras não surjam em duas delas erros ortográficos ( e não três, por obra e graça dos correctores ortográficos!).

O actual Ministro da Educação, Nuno Crato, está a pôr cobro a esta situação com o coro de protestos dos seus antecessores que criaram as “Novas Oportunidades”, dos sindicatos docentes e dos felizes contemplados nesta forma de lotaria que dava prémios grandes a todos os compradores de cautelas de “sabichice”. É caso para dizer que Nuno Crato, ao tornar-se paladino de um sistema educativo sério por apelar, como diria o académico Mario Perniola, professor universitário italiano, para os valores, para o classicismo, para o cânon, corre o risco de ser posto fora de jogo por esses funâmbulos, esses equilibristas, esses acrobatas, que também quererem ser eternizados no bronze e no mármore.

Nuno Crato, estou certo pelo que conheço da sua obra publicada sobre o “eduquês”, tudo fará para que Portugal se não se transforme num país de analfabetos diplomados.


Muito honrado pela sua oferta e antecipadamente grato, vou-lhe enviar o meu endereço postal para receber os livros prometidos, um deles da sua autoria, que lerei com muito agrado pelo benefício cultural que antecipadamente deles sei vir a colher.

Um abraço fraterno desta extremidade de uma Europa “onde a terra se acaba e o mar começa”.

Rui.

P.S.: O meu comentário anterior foi eliminado por arreliadoras gralhas nele contidas.

Joaquim Manuel Ildefonso Dias disse...

Hoje é um dia especial para os meninos do Jardim de Infância da escola do meu filho.
Eles vão fazer uma visita de estudo; vão vêr “o moinho do pão” como eles lhe chamam.
Era digno de vêr a alegria no rosto de TODOS, segundo os pais TODOS eles acordaram a horas e a 1ª conversa era o “o moinho do pão”.

Quando todos estavam sentados no meio da sala à espera, eu perguntei-lhes: quem é que me vai trazer um bocadinho de pão para eu comer? TODOS levantaram o braço e disseram EU!

É impossível olhar e não ver direitos iguais em TODOS, não ver que TODOS têm o direito de ir para a Universidade, que TODAS aquelas crianças têm a capacidade que lhes permite aceder ao conhecimento que lá se ensina; possam elas ter as condições necessárias que lhes permitam lá chegar.

Devemos chamar a isto de mania das grandezas?!!

Mania das grandezas é fazer-se passar por aquilo que não se é. Sebastião e Silva foi um Cientista de verdade, criador de ciência, não tinha a mania das grandezas; poder ser algo mais na vida é um direito de TODOS.

Rui Baptista disse...

Caro Ildefonso Dias: Não veja nisto qualquer intenção de polemizar. Nada disso.

Apenas ponho a seguinte questão. Para satisfazer a vaidade de certos pais que o seu filho seja "doutor", dever-se-á sujeitá-lo à ditadura de prosseguir estudos universitários quando a sua vocação é de vir a ser, por exemplo, um Ramalho Ortigão, de que Eça exaltou as virtudes de ter saúde e não ser bacharel? Eça, ele próprio bacharel!

Tudo isto é diferente de impedir que um jovem que deseje ir para a Universidade, e para a qual demonstre inegável aptidão, não o possa fazer por carência económica, enquanto cábulas nela se eternizam à custado erário público e das bolsas recheadas dos papás.

Cordialmente,

Joaquim Manuel Ildefonso Dias disse...

Professor Rui Baptista;


Eu penso que a questão deve ser colocada desta forma. Eis como eu a vejo:


“Esta concepção – a de que cada povo seja governado pelos melhores – implica, para sua completa realização, o aproveitamento de todas as energias e exige, portanto, que todos passem pela fieira da selecção. Isto é, a proposição referente à selecção tem como corolário esta outra - todos devem ser obrigados a frequentar a escola e a ir nela até onde as suas capacidades o permitam e exijam.” [Bento de Jesus Caraça – Escola Única]


Dirá o Professor Rui Baptista, que concorda com a proposição e até com o corolário, mas que contudo, se está a referir na pergunta que faz, ao problema mais a jusante que é já feita a “selecção racional de capacidades”.


Quando o Senhor Professor Rui Baptista diz “... dever-se-á sujeitá-lo à ditadura de prosseguir estudos universitários quando a sua vocação é ...” eu concordo, se feita uma selecção racional de capacidades.


Já não posso concordar com as palavras de António Barreto que nega a possibilidade de “transmitir à população a ideia de que o acesso à universidade é um direito de todos”. Ela não passa de uma opinião avulso, sem fundamento cientifico, têm alguma “proposição”? têm “corolário”?, enfim, que fundamento têm?...., é um disfarce, e é disfarce que revela até uma frustração pessoal no campo da ciência, na verdade os verdadeiros homens da ciência são humildes e sobretudo estimulam os outros para a ciência e para a vida, e recusam-se a lutar por ideias que não são produto do seu trabalho cientifico. Tal afirmação é anti-cientifica, tenho a certeza disso. Há Homens que são estruturadores, outros são meros incidentes de percurso.


Cordialmente,

Rui Baptista disse...

Caro Joaquim Ildefonso Dias: Sem me querer precipitar e, muito menos, tirar conclusões que possam ser tidas como abusivas, deste seu comentário julgo poder concluir que ambos concordamos com a transcrição que fez de um excerto de um texto do Professor Bento de Jesus Caraça , que eu desconhecia.

Como prova do meu ponto de vista no tribunal da opinião pública - de uma certa opinião que possa, porventura, ter o elitismo como um crime de lesa majestade - retranscrevo-o pedindo a possíveis leitores que se detenham com a devida atenção sobre a sua interpretação: “Esta concepção – a de que cada povo seja governado pelos melhores – implica, para sua completa realização, o aproveitamento de todas as energias e exige, portanto, que todos passem pela fieira da selecção. Isto é, a proposição referente à selecção tem como corolário esta outra - todos devem ser obrigados a frequentar a escola e a ir nela até onde as suas capacidades o permitam e exijam”.

Foi nesse sentido que valorizei (e tornaria a valorizar) esta opinião de um sociólogo que muito aprecio, o Professor António Barreto: “Transmitir à população a ideia de que o acesso à universidade é um direito de todos, tal como a protecção na doença e na velhice”. Cotejando-a com a frase do Professor Bento de Jesus Caraças, quando nos fala da “fieira da selecção” e ir nela (escola) “até onde as capacidades o permitam e exijam”., pressupõe, como escreve António Barreto, que o acesso à universidade não é um direito de todos. Apenas daqueles que “as suas capacidades permitam e exijam”( Bento de Jesus Caraças).

Proponho, portanto, que deixemos aos leitores o veredicto final de um assunto que não assume o aspecto de querela, apenas de troca de opiniões em que posso ceder sob a condição “ sine qua non” de uma arbitragem isenta de terceiros. Ou seja, repito, dos leitores.

Cordialmente,

Joaquim Manuel Ildefonso Dias disse...

Obrigado Professor Rui Baptista.

O espaço agora já não é nosso.
É a terceiros que cabe a reflexão.
O que ficou aqui escrito, só têm valor se levar as pessoas a refletir sobre o assunto.

Obrigado uma vez mais, e creia-me um admirador do seu trabalho no DRN.

Ensino Tecnico disse...

Também preocupa a desvalorização das ações tradicionais do Ensino Técnico no Brasil. Desvalorização de saberes práticos, de professores com domínio desses saberes, de laboratórios adequados a aplicação desses saberes, de programas de cursos que contemplam esses saberes. Há uma doutrina de "valorização" e " reconhecimento" do Ensino Técnico, que passa pela substitutição desses saberes pelos teóricos e acadêmicos. Com o discurso e a prática?? da formação integral e cidadã. Isto também se reflete, principalmente na seara dos salários dos professores. Talvez seja a esse processo que Boaventura chama o paradigma dominante (ensino das elites) sufocando o não dominante (saber prático das camadas não dominantes da população). Ainda há tempo de discutir isso, e os textos do jarbas Novelino nos dão uma luz!

Rui Baptista disse...

Os textos de Jarbas Novelino iluminam o caminho a seguir no que tange ao ensino técnico abastardado na sua verdadeira missão. Haja paciência e que o "soberaníssimo bom senso" - de que nos falou o grande vulto da literatura portuguesa Antero de Quental - recaia sobre esta temática.

Pela minha parte, não deponho as armas dessa necessária cruzada. Assim, ainda hoje, publiquei neste blogue um novo post intitulado "Depoimento de um aluno da Ex-Escola Industrial e Comercial da Figueira da Foz", cidade-praia próxima de Coimbra.Aliás, este blogue está pejado de textos meus em defesa desta temática.Grato pelo comentário.

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