quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A ASTRONOMIA NO ANO DELA


Como estamos no Ano Internacional da Astronomia, António Mota de Aguiar, que estuda a história da astronomia, enviou-nos este post baseado num artigo que publicou em Janeiro de 2007 na Revista da Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores (APAA):

Os primeiros estudos significativos em astronomia na era cristã dizem-nos, a nós portugueses, directamente respeito. Nos primeiros tempos da navegação empreendida pelos europeus, determinar a posição dos navios no meio da vastidão oceânica constituía um enorme problema. Mas as respostas foram sendo encontradas pouco a pouco graças, sobretudo, aos progressos em astronomia. Esta área do saber é a astronomia náutica. Os portugueses deram-lhe uma importante contribuição: metendo-se “por mares nunca de antes navegados” foram,com a ajuda das estrelas, descobrindo o seu posicionamento nos mares austrais.

Posteriormente, a partir do século XVII, a ciência foi descobrindo as leis que governam os movimentos dos planetas e, desde essa altura, a visão geocêntrica e antropocêntrica que os homens tinham do Universo foi-se desmoronando, dando lugar à concepção científica moderna de um vasto universo onde o homem e a Terra têm apenas um papel insignificante.

A astronomia transformou-se ao longo dos séculos à medida que, na senda das primeiras observações de Galileu, realizadas em 1609, os instrumentos de observação progrediram: a olho nu podemos observar milhares de estrelas, mas, com a ajuda dos modernos telescópios, podemos hoje observar uma miríade delas. Traçámos entretanto grandes cartas do céu, onde cabiam milhares e depois milhões de estrelas, de nebulosas e de galáxias. A seguir, as estrelas foram classificadas segundo as suas características, remetendo os diferentes tipos de estrelas para diferentes estados de evolução das mesmas.

O ramo clássico da astronomia é a astronomia de posição, ou astrometria, cujo objecto consiste na determinação das posições e dos movimentos dos astros: os catálogos estelares, criados por este ramo, transcrevem as posições das estrelas que brilham no céu, as quais servem igualmente para posicionar todos os corpos celestes, menos ou mais longínquos. Como os astrónomos necessitam de medidas precisas, esses catálogos exigem um trabalho permanente. A astrometria ocupa-se também do estudo do movimento relativo das estrelas duplas (que são a maioria das estrelas) e da medida das paralaxes, que permitem determinar as distâncias às estrelas próximas. É também este ramo da astronoma que investiga a cinemática e a dinâmica das galáxias, em particular da nossa Galáxia. Os conhecimentos sobre o movimento da Terra, do sistema solar e da Galáxia, etc., assentam nesse ramo. A mecânica celeste estabelecida por Newton e alargada por Einstein e outros trata das leis dos movimentos dos astros no sistema solar, nos outros sistemas estelares e nas galáxias e enxames de galáxias.

A partir da segunda metade do século XIX, a fotografia astronómica, a espectroscopia e a fotometria permitiram o advento da astrofísica, cujo fito é o estudo físico dos astros. O seu campo de investigação aproveita todo o conjunto da radiação electromagnética. Em particular, a radioastronomia estuda as fontes celestes de ondas radioeléctricas, e a astronomia espacial estuda a radiação que não chega ao solo terrestre (raios gama e X, ultravioletas e parte dos infravermelhos), servindo-se de telescópios em órbita terrestre. Foi a detecção de microndas que permitiu firmar a hipótese do Big Bang.

A exobiologia tenta hoje responder às questões relacionadas com a possibilidade de vida no cosmos fora da Terra. Em franco progresso, esta disciplina procura planetas extrasolares, os exoplanetas, datando a descoberta do primeiro deles somente de 1995, um feito dos suíços Michel Mayor e Didier Queloz. Desde então, graças ao método utilizado por estes astrónomos e a outros a comunidade científica descobriu mais de 340 planetas orbitando outros sóis que não o nosso. Por outro lado, a astroquímica interessa-se pela química do espaço extraterrestre, o que pode ajudar a responder à questão da origem da vida (entre as estrelas não há vazio, mas sim, moléculas, átomos, núcleos e partículas elementares). As descobertas da constituição molecular do meio interestelar vieram reforçar este ramo da ciência. A investigação em planetologia, cujo objecto é o estudo dos planetas do sistema solar, é feita com a ajuda de engenhos espaciais. E também com eles se procuram vestígios de vida extraterrestre.

Nos nossos dias a física teórica elabora modelos físicos da estrutura e da evolução dos astros. A cosmologia procura responder às questões relacionadas com a estrutura e evolução do Universo no seu todo. Existe uma inter-relação entre o muito pequeno e o muito grande, para cujo estudo contribuem a teoria quântica e a teoria da relatividade. Experimentação nessa área será levada a cabo em 2009 no maior acelerador de partículas do mundo, o LHC – Large Hadron Collider – no CERN em Genebra.

A astronomia é extraordinariamente abrangente. Cientistas finlandeses definem o seu objecto do seguinte modo (H. Karttunen et al., “Fundamental Astronomy”, Springer, 1996):
Modern astronomy explores the whole Universe and its different forms of matter and energy. Astronomers study the contents of the Universe from the level of elementary particles and molecules (with masses of 10^-30 kg) to the largest superclusters of galaxies (with masses of 10^50 kg).
As áreas da ciência astronómica não se esgotam neste resumo. A astronomia está muito activa nestes e noutros domínios. Com os progressos realizados neles todas podemos comemorar o corrente Ano Internacional da Astronomia com a esperança de um melhor conhecimento do vastíssimo Universo, assim como uma melhor partilha desse conhecimento.

António Mota de Aguiar

5 comentários:

Freire de Andrade disse...

"largest superclusters of galaxies (with masses of 10^-50 kg)" ??? -50??? Ou não estou a perceber nada ou parece-me que deveria ser +50.

De Rerum Natura disse...

Já foi emendada a gralha.
Carlos Fiolhais

Anónimo disse...

Comentário criacionista a algumas partes do post.

"Posteriormente, a partir do século XVII, a ciência foi descobrindo as leis que governam os movimentos dos planetas"

Diz bem, leis. Essas leis são inteiramente consistentes com o facto de que o Universo foi racionalmente criado por Deus.

Deus criou as leis. Os cientistas descobriram-nas e formuláram-nas. Mas elas já existiam e funcionavam muito antes disso.


"...e, desde essa altura, a visão geocêntrica e antropocêntrica que os homens tinham do Universo foi-se desmoronando"

Diz mal. Todas as observações continuam a sustentar a singularidade da Terra e do sistema solar, ao ponto de muitos astrofísicos falarem hoje da necessidade de uma nova revolução coperniciana em sentido contrário.


"...dando lugar à concepção científica moderna de um vasto universo onde o homem e a Terra têm apenas um papel insignificante."

A Terra continua a ser o único planeta habitado que se conhece. A imensidade do Universo atesta a imensidade do seu Criador. A Bíblia diz: "Os céus manifestam a glória de Deus".

Nada nos céus desmente a criação racional e sobrenatural do Universo.


"A astronomia transformou-se ao longo dos séculos à medida que, na senda das primeiras observações de Galileu, realizadas em 1609, os instrumentos de observação progrediram: a olho nu podemos observar milhares de estrelas, mas, com a ajuda dos modernos telescópios, podemos hoje observar uma miríade delas."

Já a Bíblia dizia que existem tantas estrelas quantos grãos de areia nas praias, apesar de essa afirmação não poder ser demonstrada a olho nu.


"Traçámos entretanto grandes cartas do céu, onde cabiam milhares e depois milhões de estrelas, de nebulosas e de galáxias."

O que corrobora a existência de um Deus infinito e omnipotente. A Bíblia diz que Deus conhece todas as estrelas pelo seu nome.

"A seguir, as estrelas foram classificadas segundo as suas características, remetendo os diferentes tipos de estrelas para diferentes estados de evolução das mesmas."

Os estados de evolução já não são facto. São interpretação. O facto é a existência de diferentes tipos de estrelas. O resto é especulação evolucionista.

"O ramo clássico da astronomia é a astronomia de posição, ou astrometria, cujo objecto consiste na determinação das posições e dos movimentos dos astros: os catálogos estelares, criados por este ramo, transcrevem as posições das estrelas que brilham no céu, as quais servem igualmente para posicionar todos os corpos celestes, menos ou mais longínquos."

Uma coisa é fazer catálogos estelares baseados na observação. Outra é teorizar sobre a evolução das estrelas baseado em premissas naturalistas e evolucionistas sobre a origem e evolução do Universo.

O problema desse raciocínio é que confunde observações com interpretações.

"Como os astrónomos necessitam de medidas precisas, esses catálogos exigem um trabalho permanente. A astrometria ocupa-se também do estudo do movimento relativo das estrelas duplas (que são a maioria das estrelas) e da medida das paralaxes, que permitem determinar as distâncias às estrelas próximas."

Nada a objectar.

É também este ramo da astronoma que investiga a cinemática e a dinâmica das galáxias, em particular da nossa Galáxia. Os conhecimentos sobre o movimento da Terra, do sistema solar e da Galáxia, etc., assentam nesse ramo."

Sim. Mas é sempre bom não confundir factos observáveis com interpretações naturalistas desses factos. É um erro muito frequente.

"A mecânica celeste estabelecida por Newton e alargada por Einstein e outros trata das leis dos movimentos dos astros no sistema solar, nos outros sistemas estelares e nas galáxias e enxames de galáxias."

Sim. Mas não esqueçamos que Newton e Einstein estavam apenas a estudar uma realidade pré-existente. Quem estabeleceu a mecânica celeste foi Deus. Eles limitaram-se a estudá-la.

Newton era claro. Ele limitava-se "a pensar os pensamentos de Deus depois de Deus".

"A partir da segunda metade do século XIX, a fotografia astronómica, a espectroscopia e a fotometria permitiram o advento da astrofísica, cujo fito é o estudo físico dos astros. O seu campo de investigação aproveita todo o conjunto da radiação electromagnética. Em particular, a radioastronomia estuda as fontes celestes de ondas radioeléctricas, e a astronomia espacial estuda a radiação que não chega ao solo terrestre (raios gama e X, ultravioletas e parte dos infravermelhos), servindo-se de telescópios em órbita terrestre."

Nada a objectar.

"Foi a detecção de microndas que permitiu firmar a hipótese do Big Bang."

Sim, mas a radiação microndas de fundo cria problemas à teoria do Big Bang que até agora se têm demonstrado insolúveis.

O "problema do horizonte" é apenas um exemplo.

A existência de radiação de fundo não prova o Big Bang, pois é inteiramente consistente com outros modelos, como a relatividade cosmológica de Moshe Carmeli ou a teoria dos buracos brancos de Russell Humphreys e John Harnnett.


"A exobiologia tenta hoje responder às questões relacionadas com a possibilidade de vida no cosmos fora da Terra."

Não suspendam a respiração enquanto esperam. A vida depende de informação codificada e esta de inteligência. Além disso, a vida depende a confluência de uma quantidade inabarcável de coincidências geomórficas, atmosféricas, cósmicas, etc.


"Em franco progresso, esta disciplina procura planetas extrasolares, os exoplanetas, datando a descoberta do primeiro deles somente de 1995, um feito dos suíços Michel Mayor e Didier Queloz."

Toda a investigação em torno dos exoplanetas só tem vindo corroborar a singularidade do sistema solar e da Terra.

"Desde então, graças ao método utilizado por estes astrónomos e a outros a comunidade científica descobriu mais de 340 planetas orbitando outros sóis que não o nosso."

Muito bem. Existem exoplanetas.

"Por outro lado, a astroquímica interessa-se pela química do espaço extraterrestre, o que pode ajudar a responder à questão da origem da vida (entre as estrelas não há vazio, mas sim, moléculas, átomos, núcleos e partículas elementares)."

A questão da origem da vida está respondida. Ela depende de informação codificada e esta é sempre evidência de inteligência.

"As descobertas da constituição molecular do meio interestelar vieram reforçar este ramo da ciência."

Encontrar moléculas não é o mesmo que encontrar vida. Esta depende de informação codificada.

Assim como encontrar metal não é o mesmo que encontrar um Airbus A380 capaz de se auto-organizar.

"A investigação em planetologia, cujo objecto é o estudo dos planetas do sistema solar, é feita com a ajuda de engenhos espaciais. E também com eles se procuram vestígios de vida extraterrestre."

Podem e devem procurar. Isso revelará que afinal a Terra é, na verdade, um planeta muito especial. A Bíblia é clara. Deus fez a Terra para ser habitada.

"Nos nossos dias a física teórica elabora modelos físicos da estrutura e da evolução dos astros. A cosmologia procura responder às questões relacionadas com a estrutura e evolução do Universo no seu todo."

Reparem que aqui se parte do princípio, sem demonstração empírica, que houve uma evolução cósmica naturalista. Essa é a premissa indemonstrada que serve de base a toda esta pesquisa.

No entanto, as mesmas observações são inteiramente consistentes com premissas criacionistas.

De resto, a necessidade de recorrer a modelos inflacionários para explicar o Universo corrobora a ideia do seu surgimento expontâneo.

Do mesmo modo, ainda recentemente o astrónomo Joseph Barranco, de São Francisco, Califórnia, chegou à conclusão, através de simulações 3 D, que a hipótese nebular, tantas vezes usada para "provar" que Deus não existe, afinal não funciona.

"Existe uma inter-relação entre o muito pequeno e o muito grande, para cujo estudo contribuem a teoria quântica e a teoria da relatividade."

Á interrelação entre o muito grande e o muito pequeno corrobora a natureza eterna, infinita, omnisciente, omnipotente e omnipresente de Deus.

A Bíblia é clara: para Deus não existe nada demasiadamente difícil.

"Experimentação nessa área será levada a cabo em 2009 no maior acelerador de partículas do mundo, o LHC – Large Hadron Collider – no CERN em Genebra."

A experimentação é sempre bem vida. Mas é sempre necessário distinguir entre observações e interpretações naturalistas e evolucionistas.

Os criacionistas estão plenamente confortáveis com as primeiras, mas não com as segundas.

"A astronomia é extraordinariamente abrangente. Cientistas finlandeses definem o seu objecto do seguinte modo (H. Karttunen et al., “Fundamental Astronomy”, Springer, 1996):


“Modern astronomy explores the whole Universe and its different forms of matter and energy. Astronomers study the contents of the Universe from the level of elementary particles and molecules (with masses of 10^-30 kg) to the largest superclusters of galaxies (with masses of 10^50 kg).”

O que mostra que o Universo é, realmente, uma maravilha racionalmente estruturada.

A Bíblia diz isso mesmo. Ele foi criado por um Deus racional, de forma racional, para ser estudado e compreendido racionalmente por seres racionais.


"As áreas da ciência astronómica não se esgotam neste resumo. A astronomia está muito activa nestes e noutros domínios. Com os progressos realizados neles todas podemos comemorar o corrente Ano Internacional da Astronomia com a esperança de um melhor conhecimento do vastíssimo Universo, assim como uma melhor partilha desse conhecimento."

Todo o conhecimento do Universo deve ser usado para conhecer ainda melhor o seu Criador. Mas para isso, o papel do Criador não pode ser descartado a priori por uma visão do mundo naturalista, materialista e evolucionista.

De resto, essa visão nem sequer consegue explicar a sintonia do Universo para a vida, a complexidade das suas inter-relações e a dependência da vida de informação codificada.

As premissas criacionistas são as que melhor conseguem compreender o Universo.

Anónimo disse...

O modelo do Big Bang, apesar de ser considerado "firmado" (dado o facto de não existirem alternativas não teístas viáveis) tem grandes problemas. Eis apenas alguns deles:

1) Não explica a origem da singularidade inicial

2) Não explica a sua explosão, inflação e paragem da inflação

3) Não explica a origem e a localização das galáxias

4) Não explica a origem das estrelas

5) Não explica a origem do sistema solar

6) Não explica a origem da Lua

7) Não explica a singularidade da Terra

8) Pressupõe realidades não observadas (v.g. matéria negra e energia negra)

A estes (e muitos outros problemas) podemos somar, alguns problemas que, por via de observações recentes, têm vindo a destruir a hipóteses nebular de formação do sistema solar:


1) As nebulosas tendem a expandir-se e não a contrair-se

2) O mecanismo para colapso gravitacional das nebulosas não está devidamente esclarecido

3) O Sol tem 99,9% da massa, mas a sua rotação é extremamente lenta

4) a fase T.Tauri do Sol impediria a formação de Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno

5) Vénus tem uma rotação retrógrada e uma superfície muito "nova" (pouca erosão e craterização)

6) Simulações 3D mostram que a hipótese não explica a formação de planetas gasosos

7) O campo magnético de Mercúrio é recente

8) Muitos planetas extra-solares estão demasiado próximos das suas estrelas, desmentindo assim os modelos de evolução cósmica

9) A composição química da Terra é diferente dos supostos meteoritos condritos “primitivos”

10) A composição química da Lua é diferente da de Marte

11) A composição química de Vénus é diferente da da Terra

12) O cometa “Drácula” (2008 KV42) movimenta-se no sentido inverso do esperado

Assim se compreende o facto de nos passados dias 7 a 11 de Setembro de 2008, em Washington, ter tido lugar um encontro entre mais de 50 astrofísicos dissidentes do Big Bang, no qual foram examinadas cosmologias alternativas ao Big Bang.

Por essa altura, o Físico David Dilworth afirmou que “a teoria do big bang é uma casa de cartão prestes a entrar em colapso sob o seu peso”. Assim é, poeque, nas suas palavras, “a teoria do Big Bang apoia-se em ideias não provadas”.

Por essas e por outras, deve concordar-se com o aviso do astrofísico P M Binder, recentemente aparecido na revista Nature, segundo o qual “o Universo inteiro não pode ser plenamente compreendido por qualquer sistema de inferências isolado que exista dentro dele”.

Daí que o melhor ponto de partida para compreender o Universo deva ser procurado para além dele.

joilson dos santos disse...

oi meu none é joilson dos santos maro em maracás bahia rua prades vococionista numero;256 cp; 45360000 estudo biologia porem fico muito curiosso quando se trata de astronomia. sera que ensiste extraterrestres eu particulamente acredito não só na esistencia deles como tambem que eles podem ser bem mas inteligente do que .hoje nós abtantes do praneta terra estudamos com profundidades para esprora outros pranetas mas sera que abitandes de outros praneta não estão nesma momento estudando para esprora a nossa casa .
nós humamos temos varios sonhos . um dos meus é ter um microscopio mesmo que seja simple vc podem mim ajuda a realiza .

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