Ao Nuno Pacheco, incansável lidador, na batalha por uma língua portuguesa asseada. Ele é o nosso mais esforçado e incansável lutador contra esse maligno Acordo Ortográfico, que os nossos sucessivos governos, cobardemente, não têm querido desfazer.
A língua portuguesa gosta da consonante
A língua portuguesa, que um Acordo
Ortográfico quis assassinar,
deixando a inteligência a estibordo
e o ouvido muito a desejar,
a língua portuguesa, digo eu,
com a beleza que lhe deu Camões
e o vigor que, com Vieira, cresceu,
aguentará este e mais safanões!
Os acordos passam e a língua fica,
bela e sonora, cheia de buzinas,
de consoantes de que não abdica,
em palavras muitíssimo ladinas,
tais como concepção e recepção,
que, sem «p», têm ar sensaborão!
Eugénio Lisboa
2 comentários:
Completamente de acordo. Não faz sentido apagarmos a etimologia quando somos uma língua latina que só é representada por Portugal na Europa. O Brasil não tem qualquer relação directa com o latim, é um país jovem que tem uma outra história. Guiné-Bissau é diferente do Brasil e por aí fora. Desmembramos uma Língua só para efeitos comerciais.
A língua não pode ter vergonha da sua história.
Este acordo é uma aberração.
Enviar um comentário