segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Challenger: 25 anos depois.






A minha crónica semanal no jornal i. Esta semana, relembrando um momento negro da história da exploração espacial.


O relógio marcava 11h39 da manhã na Florida, EUA; eram 16h39 em Portugal continental. Uns minutos antes e ainda na manhã desse dia 28 de Janeiro de 1986, um jornalista da rádio que se encontrava relativamente afastado da rampa de lançamento 39B pergunta ao seu editor se podia fazer a cobertura em directo do lançamento de mais uma missão do vaivém, dessa vez o Challenger. Era o 25.o lançamento e a taxa de sucesso era triunfal, o que tornava o evento vulgar para os media. A resposta do editor parece-nos hoje pesarosamente irónica: "Telefona-nos só se rebentar"! E, 73 segundos após o lançamento, o mundo parou e não acreditou! A tripulação: Michael J. Smith, Dick Scobee, Ronald McNair; Ellison Onizuka, Gregory Jarvis, Judith Resnik e ainda Christa McAuliffe, a primeira professora no espaço, um poço de simpatia, a imagem da mulher exemplar, uma pura jogada (genial, diga-se) de marketing da NASA. Ao contrário do que a ensurdecedora desintegração (e não explosão) faz parecer que terão morrido apenas quando o compartimento onde viajavam embateu no oceano a mais de 320 km/h. Mais tarde, nas investigações, acrescentou-se uma nova entrada no vocabulário da tragédia: anel-O, um componente mecânico, um anel que, quando comprimido, facilita a união entre duas partes. Um desses anéis não estaria nas melhores condições devido ao frio gélido que se sentia no dia do lançamento. Foi há 25 anos... Onde estava quando o Challenger desabou?

2 comentários:

Anónimo disse...

Lembro me de estar a ver no sofá com a minha mãe a emissao em directo, eu tinha 8 anos.
Só me apercebi da verdadeira gravidade daquilo que via quando vi a cara de choque da minha mãe.
E aquela imagem da explosão nunca me saiu da cabeça, é como se fosse hoje quando me recordo.
Luis Marques

Anónimo disse...

Estava no campo do liceu a jogar andebol na aula de educação física, só soube e vi as imagens cerca de 2 hrs depois, quando cheguei a casa, tinha 14 anos.

Dervich

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...