quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

A ESCOLA COMO ESPAÇO DE REPLICAÇÃO OU DE RESISTÊNCIA?

O “sistema educativo mundial”, protótipo dos “sistemas educativos nacionais”, ainda que apresentado de modo apelativo e mobilizador, dissimula contradições várias. Uma delas, objecto deste texto, é o elogio da colaboração, ao mesmo tempo que estimula à competição de tipo empresarial. O que devem os educadores fazer? Resistir, diz o filósofo Michael Sandel porque o conhecimento, tal como outros bens, que concorrem para o “bem comum”, não tem preço nem pode ser posto ao serviço da meritocracia; tem um valor que deve ser partilhado.
Uma das questões que se colocam à escola pública (ou, talvez, porque a escola desaparece, à escolaridade) é se deve aceitar e replicar o que a sociedade lhe impõe ou escrutinar as práticas sociais, procurando mudar as que não são compagináveis com princípios estimáveis.

Detenho-me nesta ideia a partir de uma prática social que tem generalizado a todos os níveis de escolaridade: a atribuição de prémios a escolas, projectos, professores, alunos... num texto publicado ontem no Portal dos Jesuítas em Portugal (ver aqui).

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