As Nações Unidas, celebrando um conjunto de aniversários
relativos à luz (entre os quais o centenário da teoria da relatividade geral de
Einstein ue permite descrever a expansão do Big
Bang), estabeleceram que 2015 fosse o Ano Internacional da Luz. Por todo o
mundo e também em Portugal (ver ail2015.org), celebramos a luz, não só o
conhecimento do fenómeno físico mas também as extraordinárias aplicações que
esse conhecimento tem no nosso dia-a-dia. Usamos a luz, visível ou invisível,
por exemplo, em lasers para ler códigos de barras e CD, para aquecer a comida
nos fornos de microondas e para ver o interior do corpo humano em aparelhos de
raios X.
2015 é, portanto, uma excelente ocasião para, à volta das
numerosas questões associadas à luz, reforçarmos ligações no país e à escala
global. É, designadamente, a altura de, nas escolas, procurarmos aprender mais
sobre a luz, em trabalhos mais teóricos ou mais práticos, para a pormos da
melhor maneira ao serviço do bem comum.
Mas a luz não é só ciência. É uma condição indispensável
para haver arte. Além disso, a luz, nas ciências sociais e nas humanidades, é uma
excelente metáfora para a razão, a compreensão, o conhecimento. O século XVIII
ficou conhecido como o século das luzes e se, no século XIX, o romancista e
poeta Goethe pediu “mais luz”, o certo é que esta necessidade de mais luz
continua actual. É uma necessidade permanente. Hoje como ontem, precisamos de
mais luz, tanto luz física como intelectual.
Carlos Fiolhais
(Coordenador Nacional do Ano Internacional da Luz)
1 comentário:
No princípio, não era a Luz. Era o Verbo. A Luz é posterior a Deus e, portanto, uma deturpação do Verbo. Porque a Luz foi o Homem que a acendeu e, portanto, é de mentira, por muito alta que esteja. O Homem só a consegue fechada em lâmpadas que falham a toda a hora. Além disso, o demiurgo mente a Luz pelos prismas, pelos vitrais e pelos pincéis por onde continua a morar na escuridão. Já sem Verbo.
Enviar um comentário