Depoimento que dei a Fernando Alvim que me pediu uma "ideia para Portugal" para um encontro no Pavilhão do Conhecimento:
A ciência é uma ideia para Portugal. Fomos grandes quando tivemos
ciência - nos séculos XV e XVI, pois os Descobrimentos não se
fizeram ao acaso - e no século XVIII - quando a Revolução Científica chegou cá em
força. Não fomos grandes quando não a tivemos, por exemplo durante
boa parte do século XX.
Nos últimos 20 anos a ciência cresceu muito em Portugal, havendo
hoje mais cientistas do que jamais houve. Os nossos jovens
cientistas são a nossa maior riqueza. Mas demos-lhes bolsas sem lhes dar vidas. É indispensável dar-lhe
vidas: o futuro deles será o nosso.
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9 comentários:
Absolutamente! Precisamos talvez que pessoas como o Professor Carlos Fiolhais se organizem em volta de um movimento semelhante ao que se iniciou em Inglaterra, que entre outras coisas conta com a contribuição concertada de blogs semelhantes a este, a que Mark Henderson deu expressão no "The Geek Manifesto - Why Science Matters", de 2012.
É preciso, por um lado, que alguém ajude os nossos políticos, cuja cultura científica parece ser, em geral, nula, a perceber a importância da ciência, e do método científico em particular, em todos os domínios da ação política. Não seria menos importante que percebessem como a ciência pode também ser decisiva para o desenvolvimento económico e social do país. Sem ciência, não há saber, e quem não sabe, é como quem não vê.
Carlos Fiolhais para Ministro da Ciência já.
É adorável a inocência do professor Fiolhais.
"Dar-lhes"? Quem?
Os românticos, claro, como Schiller... A história da humanidade aplicada à poesia! A lista de ... Schiller!
Querem que desenvolva?
Sapiencia!
cada vez associo mais a ciência moderna a destruição . agora já temos no prato dejectos de laboratório ? carne de filhos de animais clonados ? ciência negra , fonix. precisa-se uma desrevolução cientifica , mas é :)
Eu estive lá e detestei. Parecia o Inferno, com tantas boas intenções... Mas um Inferno de brincadeira porque havia imensos Presidentes da Junta... Será assim tão difícil perceber que não há ovos de Colombo? Que as ideias verdadeiramente boas são primas das sementes, têm de ser plantadas, regadas e acarinhadas, para depois darem fruto?
Como se pode acreditar que basta estalar os dedos e as coisas acontecem? Mas isto é uma estória de encantar? Os pózinhos de perlimpimpim não existem... a Ciência sim e estamos a desprezá-la, a destruir o caminho. Como podemos depois avançar?
Uma nota final para o Prof. Reginaldo Rodrigues de Almeida que, antes de dar o seu contributo (na linha do Prof. Carlos Fiolhais) deu a única ideia passível de ser usada em termos imediatos: Cumpram-se Horários!
Ainda bem que há inocentes que coram com palavrões. Deles é o reino dos céus. Bem aventurado seja o Carlos.
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