domingo, 20 de setembro de 2020

SERENATA COM A LUA POR PERTO

 


Deixo aqui o guião da minha intervenção ontem no Concerto "Serenata com a Lua por perto", tocada pela Orquestra Clássica do Centro em Condeixa no ãmbito do festival das Artes de Conímbriga - MUSAS:

SERENATA COM A LUA POR PERTO

Orquestra Clássica do Centro no Festival de Conímbriga, 19/9/2020


1.ª Intervenção

É um prazer estar em Condeixa, no último concerto do primeiro Festival das Artes de Conímbriga - MUSAS. Parabéns à Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova pela iniciativa, assim como a todos mos seus parceiros. Hoje, aqui neste magnífico sítio do museu POROS, quando a Lua está no início de quarto crescente, vai haver um concerto muito especial, com a Lua por perto. Ela está a 384.000 km, pouco mais do que um segundo-luz, que é a distância que o luar demora até chegar até nós. A Lua e os astros em geral sempre inspiraram os grandes criadores musicais.  Os antigos falavam da “música das esferas,” isto é, os astros, com os seus movimentos, formavam uma melodia. E a busca da ordem dentro do mistério – da luz dentro da escuridão – sempre foi um tema da arte e também da ciência. As duas, sendo diferentes, estão juntas na procura de iluminação.

 Muitos dos temas que vamos escutar hoje têm a ver com o amor, que é um fenómeno físico-químico no nosso cérebro e no nosso corpo, e que é também algo que as artes tentam descrever. A ciência do amor é difícil de fazer e de transmitir. Mas uma música que descreve um sentimento de amor é algo que entra em nós facilmente porque o nosso cérebro é extraordinariamente sensível à música.

A Serenata de hoje é grande música, na maior parte excertos de óperas, um género musical que tem uma particular relação com a ciência. A ópera nasceu em Florença no século XVI, na mesma altura em que a ciência moderna estava a nascer. Mas, mais do que isso, um dos primeiros adeptos da ópera foi Vincenzo Galilei, alaudista na corte dos Medici, que foi pai de Galileu Galilei, o primeiro a observar a Lua com um telescópio mostrando montes e vales que ninguém tinha visto antes. A Lua é, afinal, montanhosa como a Terra. Mas, à medida que a ópera se foi desenvolvendo, houve curiosas intersecções com a ciência. Num livro recente, Poções e Paixões - Química e Ópera, o meu colega João Paulo André fala do papel da química num sem número de óperas. O amor é um tema recorrente em óperas e, para favorecer ou fenecer a química do amor, existem várias poções, desde a que aparece no Elixir do Amor, de Donizetti, que é uma bebida preparada por um impostor simpático, até ao veneno de Romeu e Julieta, de Gounod.

Perante vós está a Orquestra Clássica do Centro, a qual, sob a notável batuta de Emília Cabral Martins, tem protagonizado a grande música em Coimbra. O seu maestro hoje é José Eduardo Gomes. Natural de Vila Nova de Famalicão, onde iniciou a sua formação musical, prosseguiu os seus estudos no Norte do país. Estudou direcção de orquestra na Haute École de Musique de Genève (Suíça). Como clarinetista, foi fundador de grupos de câmara e laureado em vários concursos. É maestro da Orquestra Clássica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e professor na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto, onde tem trabalhado com várias outras orquestras. Já foi maestro da Orquestra Clássica do Centro, da Orquestra Clássica do Sul, do coro do Círculo Portuense de Ópera e da Orchestre de Chambre de Carouge, na Suíça. Foi recentemente laureado com o 1º prémio e o prémio Beethoven no concurso de direção de orquestra da União Europeia

A soprano Lara Martins é natural de Coimbra, mas tem fortes ligações a Tomar (Condeixa está entre uma e outra terra!). Tinha seis anos quando o pai, um grande amante de música, lhe contou a história de La Traviata através das imagens que estavam impressas na capa do disco de vinil. A ópera fazia parte do quotidiano da família mas só mais tarde, quando já estava no Conservatório, é que ela decidiu ser cantora. Como bolseira da Fundação Gulbenkian, formou-se na Guildhall School of Music and Drama em Londres, onde terminou o curso superior de canto, com a nota mais alta (Lara Martins é capaz das notas mais altas…) Muito ecléctica, brilhou em Londres no musical dos musicais, O Fantasma da Ópera.

O tenor Paulo Ferreira, natural de Santa Maria da Feira, é o tenor português com maior notoriedade internacional. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian, estudou piano, violoncelo e canto na academia de música da sua terra e concluiu o curso de canto da ESMAE, no Porto. Aperfeiçoou-se em Itália, tendo estudado com grandes nomes. Em 2011 estreou-se na grande sala de concertos da Philharmonie de Colónia, ao lado de Anna Netrebko. Paulo Ferreira tem-se apresentado por toda a Europa, em palcos como os de Bilbau, Cardiff, Nápoles, Hanôver, Bayreuth e Basileia, como protagonista masculino em grandes óperas. Estreou-se há dois anos na Filarmónica de Berlim como tenor solista do Requiem de Verdi.

Passo a apresentar e comentar as quatro primeiras composições desta Serenata.

1-Abertura do Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini. Instrumental.

A abertura é de uma ópera bufa do italiano Gioachino Rossini (1792 - 1838), que foi um fracasso na sua estreia em 1816 em Roma, mas que depois conheceu um retumbante êxito. O argumento do escritor francês Beaumarchais começa com uma serenata do conde Almaviva a Rosina, uma jovem tutorada por um médico, o Dr. Bartolo, que também a quer. Há uma curiosa ligação do 2.º acto à meteorologia, que hoje não nos favorece, quando a orquestra faz a descrição musical de uma tempestade, com trovoada. O interesse pela electricidade era enorme na época romântica…

2- “Ah tardai troppo”, de Linda di Chamounix, de Daetano Donizetti. Soprano.

Linda di Chamounix é um melodrama operático de Daetano Donizetti (1797 - 1848), o famoso compositor contemporâneo de Rossini que nasceu em Bérgamo, no norte de Itália, que foi há meses o centro da COVID-19, e morreu na mesma cidade, de neurosífilis, após ter escrito 75 óperas.  A sua última ópera tem a ver com Portugal: D. Sebastião.  A ópera Linda di Chamounix estreou em 1842 em Viena. “Ah tardai troppo”, “Ó cheguei tarde”, é um recitativo do 1.º acto, que conta o enamoramento de Linda por Carlo, um artista pobre:  "Cheguei tarde ao nosso/ local preferido e não encontrei/ o meu querido Carlo./ Ninguém sabe/ o que ele terá sofrido.” No 2.º acto, Linda ficará demente devido aos seus problemas amorosos. As cenas de loucura eram muito do gosto do público do século XIX, quando a psiquiatria ainda era incipiente.

3- Prelúdio do 1.º acto de La Traviata, de Giuseppe Verdi. Instrumental.

Esta ópera do genial Giuseppe Verdi (1813 - 1901), em três actos, estreada em 1853 em Veneza, baseia-se no romance Dama das Camélias, de Alexandre Dumas. La Traviata, a mulher caída, é Violeta, que se apaixona sem revelar que está gravemente enferma. No final, Violeta morre, vítima de tuberculose, nos braços do seu amado, Alfredo. É uma doença que dizimou muita gente no século XIX, incluindo numerosos artistas (entre nós Júlio Dinis, António Nobre, Cesário Verde, etc.). Mas isso é só no fim da ópera, vamos ouvir o prelúdio. Só uma nota sobre a morte do próprio Verdi, de derrame cerebral: as suas exéquias foram impressionantes, com mais de 200.000 pessoas a cantar “Va Pensiero”, uma área de Nabucco, tocada por uma grande orquestra dirigida por Toscanini.

4- “Lunge da Lei” de La Traviata, de Giuseppe Verdi. Tenor.

A área seguinte é também de La Traviata. Alfredo, no 2.º acto, repleto de felicidade por estar junto da sua amada, ilustra bem o seu enamoramento na ária «Lunge da Lei», “Longe dela”, onde confessa que esqueceu o mundo e quase mora no céu. A letra diz: “Três luas já voaram/ desde que a minha Violeta/ me deixou… Aqui ao lado dela sinto-me renascido”. Na química amorosa, para além das hormonas sexuais existem as substâncias do amor romântico, que desempenham um papel essencial no processo da paixão. Uma molécula importante é a serotonina, que está associada à primeira fase do amor romântico, em particular à tendência para fantasiar revelada nesta ária.

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2.ª Intervenção

Passo a comentar as quatro composições que vamos ouvir em seguida:

5- Intermezzo de Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni. Instrumental.

Cavalleria Rusticana (em português “Cavalheirismo, ou nobreza, rústica”) é uma ópera num só acto do italiano Pietro Mascagni (1863 - 1945), com libreto extraído de uma novela de Giovanni Verga, que foi estreada em 1890 em Roma. Mascagni, um adepto de Mussolini, morreu pobre logo após a libertação da Itália, há 75 anos. Apesar de estar pouca gente nessa estreia tornou-se um sucesso imediato. Dividida em duas partes, separadas pelo intermezzo que vamos escutar, a Cavalleria Rusticana é uma das primeiras composições do realismo operático italiano. Trata-se de uma história de amor, ciúme e morte que termina num duelo. Esta composição tem sido usada como banda sonora de séries e filmes. Uma nota curiosa: O êxito de Mascagni deve-se à sua esposa, que enviou a ópera sem ele saber para um concurso musical, no qual obteve o primeiro lugar. Arrás de um grande homem…

6- “O Mio Babbino Caro” de Gianni Schichi, de Giacomo Puccini. Soprano.

Regressa a nossa soprano para cantar a ária “O Mio Babbino Caro”, “Ó meu paizinho querido”, imortalizada pela voz de Maria Callas, que pertence a uma ópera cómica num só acto do italiano Giacomo Puccini (1858 – 1924) – Puccini não podia faltar neste espectáculo! – baseada numa história relatada na Divina Comédia de Dante e estreada em 1918, por altura da gripe espanhola, em Nova Iorque. Esta obra imortal de Dante apresenta o modelo cosmológico de Ptolomeu, no qual se situam o Paraíso e o Inferno, o Paraíso no alto do céu e o Inferno no interior da Terra. Schichi, um inimigo de Dante, é colocado por este no Inferno. Na área que vamos ouvir Lauretta, que está loucamente apaixonada por Rinuccio, tenta amolecer o coração do pai, que resiste a aprovar o namoro: ''Oh meu paizinho querido./ Eu amo-o, ele é tão belo./ Quero ir à Porta Rossa/ para comprar o  anel!” Puccini tem uma interessante relação com a física: sofrendo de um cancro da garganta foi das primeiras pessoas a ser sujeita a radioterapia. Infelizmente, não resistiu à doença.

7-  “E Lucevan le stelle” de Tosca, de Giacomo Puccini, Tenor.

De novo o grande Puccini, num ária cantada pelo nosso tenor. A Tosca, uma ópera trágica em três actos estreou em Roma em 1900, ano em que surgiu a teoria quântica, que hoje nos explica os átomos e as estrelas. O título usa o nome de uma prima dona que é a personagem principal numa história de amor. Na época da estreia, a atmosfera política na Itália era tensa, com muita agitação socialista e anarquista. A rainha e o primeiro-ministro assistiriam à estreia, e temia-se que o teatro fosse alvo de um ataque terrorista, mas tal não ocorreu. Porém, seis meses mais tarde, o rei italiano era assassinado por um militante anarquista. Tudo isto se passou oito anos antes do regicídio em Lisboa de D. Carlos. Esta ária do 3.º acto ilustra bem o enamoramento sob o céu estrelado. Mário, o amado de Tosca, canta: “E luziam as estrelas/ E o solo exarava um aroma./ Rangeu a porta do jardim./ E um passo leve sobre a areia./ Ela entrou com o seu perfume,/ E caiu-me nos braços./ Ó doces beijos, o suaves carícias/ Enquanto eu, trémulo,/ as belas formas livrava dos véus,/ esvaneceu-se para sempre/ o meu sonho.”

8- “O Soave Fanciulla” de La Bohème, de Giacomo Puccini. Dueto.

Ainda Puccini, três vezes Puccini portanto, agora com a soprano e o tenor em palco. "O soave fanciulla" (“Oh doce menina”) é um dueto romântico da famosa ópera estreada em 1896, ano da descoberta da radioactividade. É cantada a fechar o 1.º acto por Rodolfo e Mimì. Os dos apaixonam-se mal se vêem pela primeira vez, o que hoje os neurocientistas explicam através de uma substância química, a β‑feniletilamina, que actua como como neurotransmissor cerebral. A letra diz: “Ó doce menina,/ ó doce rosto/ banhado no suave luar,/ em ti eu vejo/ o sonho com que sempre sonhei!”. 

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3.ª Intervenção

Passo a comentar as três penúltimas peças desta Serenata.

9- Abertura de Cavalaria Ligeira, de Franz von Suppé. Instrumental.

Vamos escutar uma peça instrumental: a abertura muito conhecida da opereta Cavalaria Ligeira, do croata Franz von Suppé (1819 - 1895), que estreou em Viena em 1866. Embora esta opereta só raramente seja executada ou gravada, a sua abertura é uma das composições mais populares do compositor, tendo ganho vida própria. Muitas orquestras têm a peça no seu reportório e o seu tema principal foi citado inúmeras vezes no cinema, incluindo desenhos animados. É um tema de sabor militar, com o solo de trompete, a jeito de fanfarra, a chamar os outros instrumentos.

10- “Meine Lippen sie küssen so heiß,” de Giuditta, de Franz Lehár. Soprano.

Vamos agora ouvir uma ária para soprano de uma comédia musical em cinco cenas do compositor austro-húngaro) Franz Lehar (1870 - 1948), que foi o  seu último trabalho. Surge quase no final, no 3.º acto: “Os meus lábios beijam ardentemente” canta Giuditta, a heroína da peça com o mesmo título estreada em 1934. Giuditta abandona o seu marido e foge com Octavio, um oficial do exército, para o Norte da África. Devido à sua profissão, Octavio deixa a sua amada, que se torna uma dançarina de um clube nocturno. Vem a descobri-la após ter deixado a sua unidade. Giuditta alcança sucesso na sua nova profissão, mas a auto-estima de Octavio fica arrasada. Ela canta: “Os meus lábios beijam tão ardentemente./ Os meus braços são tão macios e brancos./ Nas estrelas está escrito:/ Deves-me beijar, deves-me amar!” Isto claro não é astronomia, mas sim astrologia. Dá muito jeito para namoros…

11- “Lippen schweigen”, de Viúva Alegre, de Franz Lehár. Dueto.

De novo os lábios e de novo uma obra de Léhar, num actuação em dueto. Há pouco os lábios estavam abertos, agora estão fechados.  “Lippen schweigen”, “Fechar os lábios” é uma ária do final do 3.º acto da Viúva Alegre, uma divertida opereta em três actos, na comédia francesa. Estreada em 1905, o ano da teoria da relatividade de Einstein, em Viena, a peça pertence à época dourada da opereta. No enredo, várias pessoas tentam casar uma viúva rica para captar o seu património. Diz a canção, do 3.º acto, que lembra uma valsa: “Embora os lábios estejam fechados, os violinos sussurram:/ Cuida de mim!/ Todos os nossos passos de dança me dizem:/ Cuida de mim!/ Os nossos dedos apertados parecem tão certos para mim/ dizendo-me claramente: É verdade,/ tu queres saber de mim!”

----------------------------------------------------------------------------------------------------4.ª Intervenção

Aproximamo-nos do final. E terminamos em grande beleza.

 

12- “O sole mio”, de Eduardo di Capua. Tenor.

De noite reinam a Lua e as estrelas. Mas de dia reina o Sol, do qual depende toda a vida na Terra. “O meu Sol” é uma célebre canção napolitana, composta em 1891 pelo napolitano Eduardo di Capua (1865 - 1917), que Luciano Pavarotti, entre outros grandes nomes, tão bem cantava. A letra diz: “Que bela coisa uma jornada de sol, /um ar sereno depois de uma tempestade./ Pelo ar fresco parece já uma festa./ Que bela coisa uma jornada de sol./ Mas um outro sol/ mais belo não há/ O meu sol,/ está na tua fronte.../ O sol, o meu sol,/ está na tua fronte.”

13- “Brindisi” de La Traviata, de Giuseppe Verdi. Dueto.

Vamos ouvir o terceiro e último excerto de La Traviata, de Verdi, neste espectáculo, com o regresso do dueto, Lara Martins e Paulo Ferreira. O “Brindisi” ou "Libiamo ne' lieti calici", um dueto que na ópera é acompanhado por um coro, é uma das mais célebres melodias da história da ópera. Surge no 1.º acto de La Traviata, cantada por Violeta e Alfredo, durante uma festa em casa de Violeta. Um “brindisi” (que significa “saúde,” a palavra de um brinde) é uma canção de bebida em grupo. O álcool, quimicamente C2H6O, modifica o espírito, neste como em vários outros brindes operáticos. Alfredo canta: “Bebamos, bebamos deste cálice de alegria./ Isto reforça a beleza/ Que no fugaz instante/ prevaleça a volúpia./ Bebamos àquele doce êxtase/ que o amor desperta./ O olhar penetrante/ Aponta directamente ao coração./ Bebamos ao amor, e as nossas bebidas/ tornarão os nossos beijos mais ardentes.” Também aqui, neste grande final, a música nos vai animar a todos. Não há álcool, mas ergamos simbolicamente a nossa taça a esta orquestra, a este maestro e a estes dois extraordinários solistas. Muito obrigado pela vossa inspirada serenata de hoje!

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Intervenção final

Encore - “Blue Moon”,  de Richard Rodgers (1902-1979) e Lorenz Hart (1895-1943). Dueto.

O encore, um tema de música americana fora do universo da ópera, fala da Lua Azul. Escrita em 1934, “Blue Moon” é uma canção clássica do século XX. Foi cantada por grandes artistas como Billie Holiday, Elvis Presley, Bob Dylan e Cliff Richard. Na cultura popular, a canção já apareceu em filmes musicais como Grease e Blue Moon. É o hino do Manchester City, onde está o português Bernardo Silva. A Lua Azul é um acontecimento astronómico relativamente raro: chama-se assim a segunda lua cheia que acontece num mês. Fiquem atentos: a próxima “Blue Moon” será no próximo dia 31 de Outubro, dias antes da eleição americana. Boa Lua Azul em Outubro! Foi um prazer a Vossa companhia. E muito boa noite para todos.

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