sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Novo livro: CIENTISTAS PORTUGUESES

Em breve chegará às bancas o meu novo livro "Cientistas Portugueses"! Editado na colecção Retratos da FFMS.


Em Portugal a Ciência cresceu de forma rápida e inédita nas últimas décadas. Temos hoje mais investigadores científicos do que nunca (e cerca de metade são mulheres), cujo trabalho tem muito mais impacto do que antes. Mas o seu estatuto profissional diminuiu. Só uma ínfima minoria dos doutorados consegue entrar para os quadros de uma universidade. Para os outros a vida é semelhante à de um futebolista: têm de estar no clube certo em cada momento, poucos atingem um elevado grau de reconhecimento e a carreira pode estar acabada antes dos 40. Este livro traça um retrato vívido de quem faz investigação científica por cá. O que os motiva a ficar no país ou a partir? Como conjugam a paixão pela ciência com a vida pessoal? Eis do que falamos quando falamos de cientistas portugueses.

2 comentários:

Anónimo disse...

Porém, continuamos muito desequilibrados: somos um país capitalista, mas não temos capital, sobram-nos cientistas e falta-nos Ciência! Só estamos bem na área dos cientistas da educação, especializados em eduquês, e com funções governativas, que fizeram de Portugal um país de doutores especialistas, como são agora os professores primários, os educadores de infância, os enfermeiros, os professores das medicinas alternativas e os escrivães de direito! No meio desta enxurrada, o estatuto profissional dos verdadeiros cientistas só pode diminuir!

Rui Baptista disse...

Na "mouche"! Quando fala dos "eduqueses" (passe o neologismo!) que enxamearam a governação para a forma "democrática" como foram tratados certos estratos da classe docente indo contra o princípio constitucional do que é igual deve ser tratado como igual, o que é desigual deve ser tratado como desigual. Por isso, tendo em conta determinados "doutoramentos", o post de David Marçal pode ser uma resposta causal para facto do estatuto profissional dos doutorados ter diminuído, a exemplo do estatuto social do antigo professor do liceu, antigamente, quiçá, como escrevi, em análise pessoal,só suplantado pelo dos médicos por estes lidarem com a doença e serem a esperança na sua cura! E hoje, em tempos revolucionários e em anos em que houve professores recrutados de entre indivíduos mal preparados com a bênção sindical?

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