Informação sobre as novidades que a Gradiva publicará durante o mês de Abril:
José Tito Mendonça
Uma Biografia da Luz Ou a Triste História do Fotão Cansado
Celebrando ‑se em 2015 o Ano Internacional da Luz, este en‑ saio sobre a natureza e as propriedades da luz divulga o conhecimento sobre este tema fundamental e apaixonante da física e faz sobre ele uma reflexão acessível e cativante. O autor, professor e investigador de reconhecido mérito, aborda os conceitos com recurso a histórias e a exemplos. Inclui testemunhos sobre a ciência e a vida, bem como episódios pessoais da sua actividade científica. «Ao contrário do que muita gente julga, e do que os próprios cientistas quase sempre fazem crer, os conceitos científicos não são muito diferentes daqueles que usamos no dia‑a ‑dia», refere o autor deste livro que, interessando a especialistas, pode ser lido por um público não especializado.
«Ciência Aberta», n.º 211, 276 pp., € 13,50
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8003
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Paul Boghossian
O Medo do Conhecimento Contra o Relativismo e o Construtivismo
Este é um livro breve, lúcido e espirituoso, cujo interesse vai além do campo da filosofia, destinando ‑se também ao leitor comum. Esclarece os fundamentos do conhecimento, da sua objectividade e da sua justificação racional, que muitos alegam terem sido seriamente abalados. Expondo o que considera serem os melhores argumentos a favor das concepções relativista e construtivista da verdade, o autor avalia ‑os criticamente, procurando mostrar os vícios de raciocínio e os erros conceptuais em que assentam. «Tanto pelas matérias abordadas como pela execução, este livro vai ser um pequeno clássico de análise filosófica.» J. White, Choice
«Filosofia Aberta», n.º 27, 172 pp., € 13,00
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8004
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Kazuo Ishiguro
O Gigante Enterrado
O Gigante Enterrado
JÁ EM NÚMERO 1 NO TOP INGLÊS DOS LIVROS MAIS VENDIDOS
Há muitos anos, num local de fronteiras distintas das actuais, viveu um casal de idosos, Axl e Beatrice. Um dia partiram ambos à procura do filho, de quem pouco se lembravam. Uma amnésia colectiva parecia ter ‑se instalado na zona, como uma névoa de esquecimento geral. Esta história sobre memórias perdidas, amor, vingança e guerra, recua a um tempo habitado por cavaleiros do rei Artur e monges, ogres e dragões. Entre eles está Querig, sobre quem recaem as atenções, por diferentes motivos. Depois de dez anos sem publicar ficção de fôlego, Ishiguro, um dos grandes autores contemporâneos, regressa com uma história inesperada, que permanece na memória.
«Gradiva», n.º 155, 412 pp., € 16,00
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8002
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A grande literatura na Gradiva
A melodia do remorso Em A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan*
* Excertos da crítica e da entrevista de José Mário Silva, Expresso, Revista E, 21/3/2015
Noutras mãos, esta história poderia facilmente reduzir ‑se
a um esquema quase simétrico, entre o vazio de uma ligação que Fiona
corta cerce (assustada com a intensidade dos sentimentos de Adam) e a
hipótese de uma redenção conjugal. McEwan revela ‑se,
felizmente, muito mais subtil do que isso. O que lhe interessa é
cartografar o que não se vê, as minúsculas deslocações nas «linhas de
fratura» entre as pessoas, movimentos quase tão impercetíveis «como a
deriva continental». O apuro da escrita atinge o apogeu nas páginas
finais, quando McEwan transforma a prosa em música, à sombra de Bach,
Schubert, Berlioz, Britten, e se aproxima da atmosfera no mais belo
conto em língua inglesa («The Dead» do livro Dubliners, de Joyce).
Nas
conversas que teve com vários juízes, antes de escrever o livro, o que
aprendeu sobre o modo como eles pensam e veem o mundo? O que aprendi, e
lamento soar tão banal, foi que há bons juízes e maus juízes. O mesmo
julgamento pode resultar numa pena de prisão ou numa multa, dependendo
da personalidade do juiz, de como ele se sente naquele dia. Há muita
sorte e acaso envolvidos no processo todo. É uma coisa muito humana. Não
é uma ciência exata. [...]
É
curioso que diga isso porque o efeito no leitor é o oposto. Tudo na sua
prosa parece fluir com facilidade. Fico contente que o diga, mas não
fluiu para mim. Fiquei muitas vezes frustrado, enquanto escrevia.
Tal
como noutros livros, neste a música tem muita importância. É verdade. A
música faz parte da minha mobília mental e nem sequer tomo decisões
conscientes sobre ela. Está na minha respiração. A vida sem música não
faria qualquer sentido. [...] Alguma vez imaginou que pudéssemos
alcançar o atual estado de barbárie? Infelizmente, sim. O islamismo, que
não deve ser confundido com o Islão, é uma ideologia muito poderosa,
fornece muita segurança e certezas, está cheia de absolutos. E há muitas
pessoas perdidas no mundo que se agarram a essas certezas.
«Obras de Ian McEwan», n.º 17, 192 pp., € 14,00
NOVO GRANDE ROMANCE DE UMBERTO ECO, JÁ NO TOP DOS MAIS LIDOS EM ITÁLIA, TEM EDIÇÃO PORTUGUESA EM MAIO
Umberto
Eco é um brilhante contador de histórias. Este novo romance começa numa
redacção de um jornal. Para esse periódico, cuja redacção foi reunida à
pressa, o interesse em vender sobrepõe ‑se
à veracidade dos factos. Intriga, chantagem e reportagens ignóbeis têm,
por isso, espaço nas suas páginas. Contudo, há mais do que jornalismo,
ou mau jornalismo, nesta obra de ficção. As ligações estabelecidas pelo
autor para dar corpo a esta narrativa entram no terreno da política e do
terrorismo, sem esquecer os serviços secretos. Este é um livro que se
lê avidamente, de um grande autor que surpreende sempre!
Os livros de Abril estarão disponíveis para venda a partir do dia 17 de Abril.
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