quinta-feira, 9 de abril de 2015

LIVROS DE ABRIL DA GRADIVA

Informação sobre as novidades que a Gradiva publicará durante o mês de Abril:

José Tito Mendonça
Uma Biografia da Luz Ou a Triste História do Fotão Cansado

Celebrando se em 2015 o Ano Internacional da Luz, este en saio sobre a natureza e as propriedades da luz divulga o conhecimento sobre este tema fundamental e apaixonante da física e faz sobre ele uma reflexão acessível e cativante. O autor, professor e investigador de reconhecido mérito, aborda os conceitos com recurso a histórias e a exemplos. Inclui testemunhos sobre a ciência e a vida, bem como episódios pessoais da sua actividade científica. «Ao contrário do que muita gente julga, e do que os próprios cientistas quase sempre fazem crer, os conceitos científicos não são muito diferentes daqueles que usamos no diadia», refere o autor deste livro que, interessando a especialistas, pode ser lido por um público não especializado.

«Ciência Aberta», n.º 211, 276 pp., € 13,50
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8003



Paul Boghossian
O Medo do Conhecimento Contra o Relativismo e o Construtivismo

Este é um livro breve, lúcido e espirituoso, cujo interesse vai além do campo da filosofia, destinando se também ao leitor comum. Esclarece os fundamentos do conhecimento, da sua objectividade e da sua justificação racional, que muitos alegam terem sido seriamente abalados. Expondo o que considera serem os melhores argumentos a favor das concepções relativista e construtivista da verdade, o autor avalia os criticamente, procurando mostrar os vícios de raciocínio e os erros conceptuais em que assentam. «Tanto pelas matérias abordadas como pela execução, este livro vai ser um pequeno clássico de análise filosófica.» J. White, Choice

«Filosofia Aberta», n.º 27, 172 pp., € 13,00
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8004


Kazuo Ishiguro
O Gigante Enterrado

JÁ EM NÚMERO 1 NO TOP INGLÊS DOS LIVROS MAIS VENDIDOS

Há muitos anos, num local de fronteiras distintas das actuais, viveu um casal de idosos, Axl e Beatrice. Um dia partiram ambos à procura do filho, de quem pouco se lembravam. Uma amnésia colectiva parecia ter
se instalado na zona, como uma névoa de esquecimento geral. Esta história sobre memórias perdidas, amor, vingança e guerra, recua a um tempo habitado por cavaleiros do rei Artur e monges, ogres e dragões. Entre eles está Querig, sobre quem recaem as atenções, por diferentes motivos. Depois de dez anos sem publicar ficção de fôlego, Ishiguro, um dos grandes autores contemporâneos, regressa com uma história inesperada, que permanece na memória.
«Gradiva», n.º 155, 412 pp., € 16,00
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/8002

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A grande literatura na Gradiva

A melodia do remorso Em A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan*
* Excertos da crítica e da entrevista de José Mário Silva, Expresso, Revista E, 21/3/2015

Noutras mãos, esta história poderia facilmente reduzir se a um esquema quase simétrico, entre o vazio de uma ligação que Fiona corta cerce (assustada com a intensidade dos sentimentos de Adam) e a hipótese de uma redenção conjugal. McEwan revela se, felizmente, muito mais subtil do que isso. O que lhe interessa é cartografar o que não se vê, as minúsculas deslocações nas «linhas de fratura» entre as pessoas, movimentos quase tão impercetíveis «como a deriva continental». O apuro da escrita atinge o apogeu nas páginas finais, quando McEwan transforma a prosa em música, à sombra de Bach, Schubert, Berlioz, Britten, e se aproxima da atmosfera no mais belo conto em língua inglesa («The Dead» do livro Dubliners, de Joyce).

Nas conversas que teve com vários juízes, antes de escrever o livro, o que aprendeu sobre o modo como eles pensam e veem o mundo? O que aprendi, e lamento soar tão banal, foi que há bons juízes e maus juízes. O mesmo julgamento pode resultar numa pena de prisão ou numa multa, dependendo da personalidade do juiz, de como ele se sente naquele dia. Há muita sorte e acaso envolvidos no processo todo. É uma coisa muito humana. Não é uma ciência exata. [...]

É curioso que diga isso porque o efeito no leitor é o oposto. Tudo na sua prosa parece fluir com facilidade. Fico contente que o diga, mas não fluiu para mim. Fiquei muitas vezes frustrado, enquanto escrevia.

Tal como noutros livros, neste a música tem muita importância. É verdade. A música faz parte da minha mobília mental e nem sequer tomo decisões conscientes sobre ela. Está na minha respiração. A vida sem música não faria qualquer sentido. [...] Alguma vez imaginou que pudéssemos alcançar o atual estado de barbárie? Infelizmente, sim. O islamismo, que não deve ser confundido com o Islão, é uma ideologia muito poderosa, fornece muita segurança e certezas, está cheia de absolutos. E há muitas pessoas perdidas no mundo que se agarram a essas certezas.

«Obras de Ian McEwan», n.º 17, 192 pp., € 14,00


NOVO GRANDE ROMANCE DE UMBERTO ECO, JÁ NO TOP DOS MAIS LIDOS EM ITÁLIA, TEM EDIÇÃO PORTUGUESA EM MAIO

Umberto Eco é um brilhante contador de histórias. Este novo romance começa numa redacção de um jornal. Para esse periódico, cuja redacção foi reunida à pressa, o interesse em vender sobrepõe se à veracidade dos factos. Intriga, chantagem e reportagens ignóbeis têm, por isso, espaço nas suas páginas. Contudo, há mais do que jornalismo, ou mau jornalismo, nesta obra de ficção. As ligações estabelecidas pelo autor para dar corpo a esta narrativa entram no terreno da política e do terrorismo, sem esquecer os serviços secretos. Este é um livro que se lê avidamente, de um grande autor que surpreende sempre!

Os livros de Abril estarão disponíveis para venda a partir do dia 17 de Abril.


1 comentário:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...