domingo, 13 de abril de 2014

AS FALHAS NA EDUCAÇÃO DE EXCELÊNCIA DE DURÃO BARROSO

"No Portugal não democrático, no Portugal pré-União Europeia e pré-Comunidade Europeia havia ensino de excelência apesar do regime político em que se vivia e isso era possível porque numa escola era desejável reforçar a própria cultura de excelência da escola. Não estou seguro que aconteça hoje o mesmo em muitas escolas portuguesas e europeias", afirmou o presidente da Comissão Europeia.
Esqueceu-se de mencionar que em 1961 havia 13 116 alunos no ensino secundário em Portugal e que em 2003 havia 385 589 (dados da PORDATA) A escola era para uma elite. São falhas da educação de excelência de Durão Barroso, não atenuadas pela miltância maoísta na juventude.

A escola democrática tem que ser exigente e inclusiva. Se for só inclusiva é um centro de ocupação dos tempos livres, se for só exigente é uma escola elitista. Se estivermos dispostos, através da exigência dos exames e da selecção social, a reduzirmos os actuais alunos do ensino secundário aos 13 116 que existiam em 1961, poderemos ser tão exigentes com esses quanto quisermos. Ser exigente, excluindo, é fácil.

5 comentários:

regina disse...

Caro David Marçal
Obrigada pela sua mensagem com a qual estou em total concordância..
Regina Gouveia

Anónimo disse...

Aqui estão contidos todos os detalhes desta porcaria toda. E só o povo pode colocar esta gente na ordem
http://www.youtube.com/user/tachos2000/videos

João Alves disse...

Excelente resposta. Mas o problema é que muitas vezes temos a sensação de que a escola actual é só inclusiva! Esse é o problema.

Jorge disse...

Este governo, e não só, está a tentar combater o problema com um acesso mais global, inclusivo e proletarizante dos docentes deste país, dando opções romanas de escolha: haverá sempre um escravo grego a jeito.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ingles-nao-chega-a-todos-os-alunos-do-1%C2%BA-ciclo-1632132

Anónimo disse...

Tenho dificuldade em compreender a linha de argumentação de David Marçal. O número escasso de estudantes do secundário em 1961 está relacionado com dificuldades de ordem financeira que a população portuguesa, essencialmente rural, sentia. Era muito dificil manter um filho que, enquanto estudava, não gerava qualquer rendimento, Nada tem que ver com o rigor e exigência da escola desses tempos. Não era essa exigência que excluia. A bem dizer, o que esta apreciação revela é que o respetivo autor não acredita numa massificação do ensino bem feita, que mantenha um padrão de qualidade. É o primeiro passo para se dizer que o Ensino Secundário, com a sua centena de milhar de estudantes, tem hoje de ser facilitista. Ou pelo menos pouco exigente.

OS HABITANTES DA ESCURIDÃO

Os canalhas não gostam do ar puro, por isso gostam sempre de o sujar. Buscam o escuso e o escuro. para aí poderem chapinhar. As suas mor...