"No Portugal não democrático, no Portugal pré-União Europeia e pré-Comunidade Europeia havia ensino de excelência apesar do regime político em que se vivia e isso era possível porque numa escola era desejável reforçar a própria cultura de excelência da escola. Não estou seguro que aconteça hoje o mesmo em muitas escolas portuguesas e europeias", afirmou o presidente da Comissão Europeia.
Esqueceu-se de mencionar que em 1961 havia 13 116 alunos no ensino secundário em Portugal e que em 2003 havia 385 589 (dados da PORDATA) A escola era para uma elite. São falhas da educação de excelência de Durão Barroso, não atenuadas pela miltância maoísta na juventude.
A escola democrática tem que ser exigente e inclusiva. Se for só inclusiva é um centro de ocupação dos tempos livres, se for só exigente é uma escola elitista. Se estivermos dispostos, através da exigência dos exames e da selecção social, a reduzirmos os actuais alunos do ensino secundário aos 13 116 que existiam em 1961, poderemos ser tão exigentes com esses quanto quisermos. Ser exigente, excluindo, é fácil.
5 comentários:
Caro David Marçal
Obrigada pela sua mensagem com a qual estou em total concordância..
Regina Gouveia
Aqui estão contidos todos os detalhes desta porcaria toda. E só o povo pode colocar esta gente na ordem
http://www.youtube.com/user/tachos2000/videos
Excelente resposta. Mas o problema é que muitas vezes temos a sensação de que a escola actual é só inclusiva! Esse é o problema.
Este governo, e não só, está a tentar combater o problema com um acesso mais global, inclusivo e proletarizante dos docentes deste país, dando opções romanas de escolha: haverá sempre um escravo grego a jeito.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ingles-nao-chega-a-todos-os-alunos-do-1%C2%BA-ciclo-1632132
Tenho dificuldade em compreender a linha de argumentação de David Marçal. O número escasso de estudantes do secundário em 1961 está relacionado com dificuldades de ordem financeira que a população portuguesa, essencialmente rural, sentia. Era muito dificil manter um filho que, enquanto estudava, não gerava qualquer rendimento, Nada tem que ver com o rigor e exigência da escola desses tempos. Não era essa exigência que excluia. A bem dizer, o que esta apreciação revela é que o respetivo autor não acredita numa massificação do ensino bem feita, que mantenha um padrão de qualidade. É o primeiro passo para se dizer que o Ensino Secundário, com a sua centena de milhar de estudantes, tem hoje de ser facilitista. Ou pelo menos pouco exigente.
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