Ou seja, actividade do professor, orientada num determinado sentido e devidamente formalizada, leva todos os alunos, ou a sua grande maioria, a adquirem conhecimentos e a desenvolverem capacidades que não adquiririam nem desenvolveriam por si mesmos, no convívio com a família ou noutras instituições sociais, com a extensão e profundidade que a escola permite.
Eis um exemplo, patente no seguinte início de diálogo, imaginado entre os filósofos Kant e Mill num cenário... improvável:
Kant: Imaginemos um grupo terrorista que tem 200 pessoas reféns num avião e ameaça destrui-lo com uma bomba. Os terroristas dizem que apenas libertam os reféns se entregarmos um homem que eles querem matar. Essa pessoa é integra e nunca cometeu nenhum crime, eles apenas a querem ver morta para vingar a morte de um colega. Será correto sacrificar a vida dessa pessoa para salvar a vida das duzentas?Os autores são dois estudantes do 11.º ano, Alexandre Mendes e Emanuel Noivo. A professora é Sara Raposo. Isto acontece, claro está, na Filosofia.
Mill: Na minha opinião, seria admissível matar uma pessoa para salvar muitas. Afinal, do ponto de vista moral, para decidir bem são os efeitos produzidos pela ação o mais importante. Portanto, devemos escolher aquilo que traz benefícios para o maior número.
A continuação deste diálogo encontra-se aqui.Aqui encontra-se um texto do mesmo teor deste.
2 comentários:
Bem, é bom. Deixo-lhe esta.
Fui ler e gostei muito.
Parabéns aos alunos e à sua professora.
Fazendo votos para que não apareçesse nenhum "auto-qualificado", antigo mau aluno e actual mau cidadão, de dedo esticado a apoucar discentes e mestra.
Enviar um comentário