A
pré-escolarização das crianças portuguesas entre os quatro e os seis anos tem
vindo a aumentar a olhos vistos. Consultando a PORDATA [1], base de dados da
Fundação Francisco Manuel dos Santos, encontra-se que de 228.489 crianças (78,9%
do escalão etário em causa) no ano 2000 passou para 274.328 (87,0%) em 2009, perto
da média da União Europeia (92,3%), que persegue o objectivo de ter 95% em 2020
(a França é o país com maior universalização do pré-escolar).
Será que se realiza entre nós o despertar para a
ciência nessas idades? Será que, nos nossos jardins-de-infância, existem
espaços, ainda que reduzidos, para a iniciação à ciência e eles são ocupados com
proveito? Embora faça falta um estudo que avalie quantitativa e
qualitativamente o “estado da ciência” nos jardins de infância portugueses,
receio que, apesar de algumas boas práticas que decerto merecem ser mais
conhecidas e apoiadas, a resposta seja, infelizmente, negativa. Vários indicadores
apontam para a deficiência da aprendizagem das ciências em Portugal no final do
ensino básico e, se a ciência estivesse bem no jardim de infância, ela não
deixaria também de estar bem no ensino básico, o ensino de frequência
obrigatória que se lhe segue. Um dos indicadores mais significativos, pela sua
relevância à escala internacional, são os resultados dos testes PISA – Programme for International Assessment of
Students - da OCDE – Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Económico - para avaliação da literacia científica
de jovens de 15 anos [2]. Acontece que Portugal tem ficado na cauda dos países
da OCDE [3]:
•
Em 2000, entre 28 países da OCDE,
Portugal ficou em 26.º lugar.
•
Em 2003, entre 30 países da OCDE,
Portugal ficou em 28.º lugar.
•
Em 2006, entre 30 países da OCDE,
Portugal ficou em 27.º lugar
•
Em 2009, entre 33 países da OCDE,
Portugal ficou em 24.º lugar.
Apesar da ligeira melhoria nos resultados de
2009 (Fig. 1), a situação continua insatisfatória por termos ficado abaixo da
média dos países da OCDE. Os países do cima do ranking de literacia científica têm sido ao longo dos anos a Coreia
do Sul, o Japão, a Finlândia e o Reino Unido, enquanto os países de baixo têm
sido, depois de Portugal, o México, o Chile e a Turquia. O nosso défice da educação
científica não tem sido suficientemente debatido e combatido.
A sensibilização e a aprendizagem precoces são hoje
reconhecidas como essenciais na educação científica [4-5]. Estou em crer que,
para uma melhoria consistente dos resultados, se impõe um reforço da familiarização
com a ciência tanto no jardim de infância como no 1.º ciclo do ensino básico.
Decerto que a aprendizagem no jardim de infância será mais informal do que
formal, já que o ensino só se formaliza durante o ensino básico, mas nem por
isso ela será menos importante para o desenvolvimento da criança. Uma criança
que não fique próxima da ciência na “idade dos porquês” (para muitos autores
por volta dos três e quatro anos), e que, por isso, só se venha a aperceber do
significado e consequências da ciência demasiado tarde no seu percurso escolar,
dificilmente estará preparada para a vida, que, nos dias de hoje depende em
larga medida dos resultados da ciência e da tecnologia.
As Orientações Curriculares para a Educação
Pré-Escolar [6] do Ministério da Educação incluem a área do Conhecimento do Mundo que se “enraíza na curiosidade natural da criança e
no seu desejo de saber e compreender porquê” . Esta área é vista como uma
sensibilização às ciências que pretende “a
introdução de aspectos relativos a diferentes domínios do conhecimento humano:
a história, a sociologia, a geografia, a física, a química e a biologia...” Por
outro lado, no 1.º
ciclo do básico, existe um espaço curricular designado por Estudo do Meio [7]. Contudo, apesar das belas palavras dos
documentos oficiais, a descoberta do meio físico por via experimental está,
entre nós, ainda longe de corresponder à realidade. Haverá todo a conveniência
em alargar os tempos do Conhecimento do
Mundo na educação pré-escolar e do Estudo
do Meio no 1.º ciclo do básico, concretizando-o quer um quer outro com a
realização de actividades experimentais. Como é que os alunos poderão conhecer
o mundo que habitam se não estiverem familiarizados com o meio, que engloba a
terra que pisam, a água que bebem e o ar que respiram? E como poderá haver um
ensino formal das ciências fértil sem a sensibilização e a motivação
proporcionada pela experimentação no jardim-de-infância, de uma maneira que
pode e deve ser lúdica como é próprio do ensino informal?
Contudo, o problema em Portugal do despertar
para a ciência nas crianças não será exclusiva nem principalmente resolvido com
modificações curriculares. Haverá que envidar um grande esforço de formação de educadores
e professores na área científica, pois a preparação actualmente conferida tanto
a educadores como a professores do 1.º
ciclo não lhes parece conferir a segurança e o desembaraço necessários e suficientes
para que eles possam transmitir de uma forma rigorosa mas também ao mesmo tempo
ligeira e divertida noções elementares de ciência aos mais pequenos. Estou
certo que os educadores e professores estão ansiosos por saberem mais sobre a
ciência.
As crianças não representam nenhum problema,
antes pelo contrário. Uma criança, logo que nasce começa a descobrir o mundo.
Ora, não sendo a ciência mais do que a descoberta do mundo seguindo um certo
método, a atitude da criança de interacção com o seu ambiente é desde logo uma
atitude pré-científica. Se um cientista é movido pela curiosidade, a criança
nas suas primeiras explorações do mundo é também impulsionada por essa marca
maior do ser humano. A iniciação na ciência deve, portanto, aproveitar essa
capacidade infantil. A primeira atitude científica a transmitir pelos
educadores de modo a responder à curiosidade deve ser a experimentação, o
contacto directo com objectos reais: por exemplo, a criança observa facilmente
que todos os objectos caem para a Terra e que a água é um líquido com
propriedades distintas das de um sólido e de um gás. As crianças começam por
descobrir o modo “como” as coisas acontecem. Se repetirem o procedimento de
deixar cair um corpo, verificará que ele, largado da mesma maneira, cairá
sempre da mesma maneira. Ao encher um recipente de água, verificarão que esta
toma sempre a forma do vaso que o contém. Ao encher um balão verificará que ele
tomará uma forma aproximadamente esférica. Essas actividades podem ser
efectuadas muito cedo, no jardim de infância.. A Natureza mostra-nos regularidades,
descritas pelas chamadas “leis naturais”, cuja percepção convém adquirir
precocemente. Essa percepção pode ser transmitida por palavras ou por desenhos
quando as crianças ainda não sabem escrever. À medida que elas se forem desenvolvendo,
irão colocando sucessivas questões, praticando a interrogação que está na raiz
de toda a ciência: “por que é que as
coisas acontecem de um certo modo e não de outro?” Por que é que, por
exemplo, os corpos caem para a Terra? Por que é que um líquido tem propriedades
diferentes das de um sólido? Por que é que um balão rebenta quando se pica com
um alfinete? O nível das respostas que se podem alcançar ou receber (há
respostas que, ao contrário do que defendem as doutrinas construtivistas,
dificilmente ou nunca poderão ser alcançadas) depende obviamente da idade e da
capacidade de cada indivíduo. O importante é, porém, que a resposta encontrada
ou dada em cada etapa da vida, embora incompleta, não esteja errada e seja satisfatória.
Poderá haver quem pense que a experimentação
exige materiais próprios e condições difíceis. Mas pode-se despertar para a
ciência com materiais simples e usando condições comuns. O défice de ciência
nas idades mais baixas não será uma questão de existência de instalações
apropriadas (como laboratórios apetrechados), porque uma sala ou mesmo um canto
de uma sala podem ser o primeiro laboratório para realizar experiências com
materiais correntes.
O factor mais importante para que a ciência
tenha espaço e tempo no jardim de infância é que o educador esteja à vontade
com a ciência. Uma actividade experimental poderá começar pela formulação de
uma questão motivadora, que deve ser o mais simples possível. Por exemplo: Por
que é que os barcos se fundam? Por que é que afundou o Titanic
em Março de 1912? Ou, situando-nos na actualidade, por que é que afundou o navio
de cruzeiro Costa Concordia, em
Janeiro de 2012? Tanto num caso como noutro ocorreu um rombo inesperado no casco,
provocado num caso pelo embate com um icebergue e no outro caso pelo embate com
rochas costeiras, que fizeram entrar água, tornando rapidamente a embarcação mais
pesada. Mas podemos começar com questões mais simples e de resposta mais
imediata. O que acontece a batatas e maçãs se forem mergulhadas em água [8]?
Afundam ou flutuam? A resposta a esta e a outras questões deste tipo pode e
deve ser procurada no jardim-de-infância (Fig.2). As crianças facilmente
observarão que as batatas se afundam e que as maçãs flutuam. Porquê? Que
característica dos materiais determina o afundamento ou a flutuação? Poder-se-á
pensar que as batatas são, simplesmente, mais pesadas do que as maçãs. Para
testar a validade desta ideia, não há como experimentar: bastará partir um
pouco de batata para verificar que o pedaço, apesar de pequeno, se afunda; e arranjar
uma maçã muito grande para verificar que ela flutua apesar do seu tamanho. Então,
o tamanho parece não importar para a flutuação, ao contrário do que a nossa intuição
supunha. Esta é uma mensagem forte da ciência: por vezes pensamos de forma
errada a respeito do comportamento da Natureza, mas existe um método para
verificarmos se estávamos ou não enganados.
As crianças podem e devem experimentar se
outros objectos flutuam ou afundam, a fim de tentarem estabelecer relações entre
objectos. Verificarão que há objectos que flutuam e há outros que afundam (Fig.
3). Verificarão que o comportamento na água depende do tipo de material de que
eles são feitos. Mas, a seguir, poderão verificar que o comportamento de um
objecto na água não tem apenas a ver com o material, mas também com a forma.
Assim, um pedaço esférico de plasticina afunda-se, mas o mesmo pedaço (que tem
exactamente a mesmo mesmo peso) flutuará se for moldado com a forma de um barco
(Fig. 4). A forma do objecto pode,
portanto, ser um factor importante para flutuar, pois já desde Arquimedes se
sabe que o que importa para a flutuação é a quantidade de líquido deslocado.
Uma criança mais curiosa poderá pensar imediatamente em fazer um barco a partir
de uma batata. E, de facto, pode fazê-lo, se escavar o casco: uma metade de uma
batata oca flutuará, isto é, trata-se de um modelo rudimentar de um barco. Se
fizer depois um furo no fundo do “casco” obterá um pequeno Titanic... Convém, neste tipo de actividades, ter a ajuda de um educador
pois nunca é demais insistir na imprescindibilidade de obedecer a adequadas normas
de segurança. Assim, passo a passo, e quase sem se aperceberem, as crianças poderão
descobrir não só como se comportam vários objectos na água, mas também a importância
desse conhecimento para as suas vidas. Poderão, como é óbvio, não vir a ser
cientistas, mas perceberão o papel e o valor da ciência. É de pequenino que se
torce o destino!
Várias outras experiências se podem fazer sobre
flutuação e mais ainda se podem fazer
sobre numerosos outros fenómenos naturais. Algumas são ainda mais
espectaculares do que as experiências de flutuação, como, por exemplo, a
criação de um arco-íris dentro de casa, para o que basta um recipiente com água,
uma lanterna e um espelho. Faz-se incidir a luz da lanterna na água e no
espelho, de modo a que projectá-la no tecto. Trata-se apenas de separar a luz
branca da lanterna nas luzes que a constituem, precisamente as sete cores do
arco-íris (Fig. 5). Um fenómeno que era quase mágico passou a assim a ter uma
explicação, tal como, no século XVII, o físico Isaac Newton revelou. É ainda
mais fácil efectuar a experiência inversa: juntar as sete cores do arco-íris
para formar o branco. Recorre-se ao disco de Newton (Fig. 6), assim chamado em
honra do grande sábio inglês. Basta para improvisar esse instrumento colorir um
disco com as cores do arco íris, perfurá-lo com um lápis e fazer girar este tal
e qual um pião. As cores desaparecerão para dar origem à mistura branca de
cores. E, nesta experiência, juntou-se uma actividade artística com um
actividade científica.
A descrição destas e de muitas outras
experiências para um público infantil (entre os quatro e os dez anos de idade) encontram-se
na colecção de livros, uma dezena até agora, intitulada Ciência a Brincar [9], publicada pela Bizâncio (Fig.7). De um deles
foi feita uma versão em banda desenhada [10]. Depois do primeiro livro de
introdução, os outros foram temáticos, repetindo o título inicial mas
acrescentando um subtítulo que denotava o conteúdo [11-19]. Cada experiência em
todos eles tem por título uma pergunta: Indica-se, a seguir ao título, uma
lista de material (sempre de utilização comum), e apresenta-se uma breve
descrição da actividade a realizar com esse material. Os resultados são apresentados
na forma de desenhos infantis: estes funcionam como um relatório da experiência
(alguns pormenores do desenho são muitas
vezes reveladores da boa observação). No final de cada livro encontram-se
indicações adicionais para os educadores, professores ou pais (as experiências
tanto podem ser feitas no jardim-de -infância ou na escola como em casa). Todas
as experiências funcionam garantidamente uma vez que foram testadas com
crianças em jardins-de-infância e escolas nacionais. O primeiro livro resultou
de um projecto aprovado no quadro do programa Ciência Viva de promoção da cultura científica e tecnológica, devendo
ser salientado o papel que essa iniciativa, tem tido na promoção da cultura
científica entre nós [20]. Sem o projecto que deu lugar ao primeiro livro não
poderiam ter aparecido os outros, alguns deles distribuídos em todos os
agrupamentos escolares do país graças ao apoio da Fundação Gulbenkian.
Sublinhe-se a importância dos livros para a
transmissão de boas práticas: foi ciente dessa importância que a Universidade
de Coimbra criou no seu Departamento de Física o Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho [21], um moderno centro de
recursos onde se podem encontrar esses e outros livros similares de iniciação à
ciência, que estão à disposição de educadores, professores, pais, crianças e
jovens (Fig. 8). O nome do Centro pretende prestar homenagem ao grande
professor e pedagogo que escreveu numerosos livros para crianças e jovens, como
os Cadernos de Iniciação à Ciência
[22]. que ajudaram muita gente a interessar-se pela ciência.
Encontram-se nesse Centro, ao lado desses
livros de autores portugueses, numerosos livros de autores estrangeiros. Para só referir alguns, indica-se o Ciência com Balões [23], de Etta Kaner, um
livrinho cuja capa tem um saquinho de balões, publicado pela Gradiva Júnior a
partir de um original canadiano (Fig. 9), Ciência
para Crianças [24] e Mais Ciência
para Crianças [25], de vários autores, a partir de originais franceses, e 101 Experiências com Ciência [26], de Neil Ardley, a partir de um original inglês. Entre os
livros que contém descrições de experiências infantis saídos em português
merecem destaque Brincar com as Ciências
no Jardim de Infância, uma tradução de um livro francês [27], e o livro
português Actividades Experimentais para
o 1.º ciclo [28], de Sandra Costa, que, apesar de se dirigir ao 1.º ciclo
do básico, pode ser adaptado ao pré-escolar (apresesenta um kit muito barato de experiências
simples).
É fácil, por outro lado, encontrar na Internet
um conjunto enorme de sítios, nacionais e estrangeiros, que ajudam à difusão de
boas práticas. O Centro Ciência Viva
Rómulo de Carvalho gere o portal Mocho
[29] sobre o ensino das ciências e a cultura científica. No ciberespaço de
língua francesa pode ver-se com proveito, o sítio do projecto La main à la pâte [30] – cuja tradução literal é Mãos na Massa (o físico francês,
laureado com o Prémio Nobel da Física, Georges Charpak foi o impulsionador deste
projecto) e, no vasto ciberespaço de língua inglesa, pode ver-se, por exemplo,
o sítio do Exploratorium [31] de São
Francisco, nos Estados Unidos, que inspirou o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, o maior e mais conhecido pólo
da rede de Centros Ciência Viva que o Centro
Ciência Viva Rómulo de Carvalho integra.
Apesar de se destacarem pela sua dimensão e
pluralidade dos conteúdos o Pavilhão do
Conhecimento, em Lisboa, e pela sua função de infoteca o Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho, devem
também referir-se a rede dos outros centros Ciência Viva: o Centro de Bragança, o Centro de Vila do Conde, o Visionário de Vila da Feira, a Fábrica Ciência Viva de Aveiro, o Exploratório Infante D. Henrique de
Coimbra, o Centro de Proença-a-Nova,
o Centro do Alviela, o Centro de Constância, o Centro de Sintra, o Planetário Gulbenkian em Lisboa, o Centro de Estremoz, o Centro
do Lousal, o Centro do Algarve,
em Faro, e os Centros de Lagos e de Tavira, também no Algarve, e,
finalmente, o Centro de Porto Moniz,
na Madeira. Esses centros, muito visitados por crianças e jovens, seguem o
modelo do Exploratorium de S.
Francisco e do Palais de la Découverte,
ou da Cité de La Vilette, em Paris:
numerosas experiências interactivas podem ser livremente realizadas por todas as
pessoas que os visitam
Além da rede de Centros de Ciência, há ainda em
Portugal alguns Museus de Ciência, como o Museu
de Ciência da Universidade de Coimbra [32], os Museus da Politécnica em Lisboa e o Museu da Electricidade em Lisboa. Fora do jardim-de-infância e da
escola existem hoje, portanto, em Portugal, numerosos centros e museus de ciência
que podem ser visitados por todos os interessados, constituindo um excelente
complemento à experimentação realizada no jardim-de-infância ou na escola.
Deve haver lugar para a ciência no jardim-de-infância,
por onde desejavelmente devem passar todos os futuros cidadãos. Estes,
quaisquer que sejam as suas profissões, lucram se se tiverem apercebido em
devido tempo do valor e da relevância da ciência na sociedade contemporânea. Devem
ser capazes de usar na sua vida quotidiana as principais qualidades – a
observação atenta e o raciocínio lógico – que caracterizam os cientistas. Quer
dizer, a ciência deve ser de todos e deve ser de todos o mais cedo possível.
REFERÊNCIAS
[1] http://www.pordata.pt [acesso
em 31/1/2012]
[2] http://www.pisa.oecd.org
[acesso em 31/1/2012]
[3] http://www.gave.min-edu.pt
[acesso em 31/1/2012]
[4] Charpak, Georges (1997). As
Ciências na Escola Primária. Uma proposta de acção. Mem Martins: Inquérito.
[5] Charpak, Georges (direcção). Crianças,
Investigadores e Cidadãos, Lisboa: Insituto Piaget, 2005.
[6] Departamento de Educação Básica (1997).
Orientações Curriculares para a Educação
Pré-Escolar. Lisboa. Ministério da
Educação.
[7] Departamento de Educação Básica (2001).
Currículo Nacional do Ensino Básico –
Competências Essenciais, ibidem.
[8] Fiolhais, Carlos (2005). “Batatas e Maçãs. Despertar para a Ciência
no Pré-Escolar e no Ensino Básico”, in Vários, Despertar para a Ciência. As Conferências
de 2003: Lisboa: Gradiva, p. 83, texto que este artigo retoma,
actualizando-o e completando-o.
[9] Providência, Constança, Alberto, Helena, e Fiolhais, Carlos (1999),
Ciência a Brincar, Lisboa: Bizâncio e
Sociedade Portuguesa de Física.
[10] idem (2003), Ciência a Brincar com Camila e Xavier, com
ilustrações de Isabel Fernandes, Lisboa: Gradiva.
[11] Providência, Constança e Reis, Isabel Schrek (2004), Ciência a Brincar 2 – Descobre a Terra!, Lisboa:
Bizâncio e Sociedade Portuguesa de Física, 2004.
[12] Providência, Constança, Costa, Benilde e Fiolhais, Carlos (2004). Ciência a Brincar – 3 , Descobre a Água!, ibidem.
[13] Providência, Constança, Crato, Nuno, Paiva, Manuel e Fiolhais, Carlos
(2005). Ciência a Brincar - 4, Descobre o
Céu!, ibidem.
[14] Simões, Carlota (2005). Ciência
a Brincar - 5, Descobre a Matemática!, Lisboa: Bizâncio e Sociedade
Portuguesa de Matemática.
[15] Reis, Catarina Schreck, Azul, Anabela Marisa e Azenha, Matilde
(2007). Ciência a Brincar - 6, Descobre
as Plantas!, Lisboa: Bizâncio.
[16] Providência, Constança e Simões, Carlota (2007). Ciência a Brincar - 7, Descobre o Som!, ibidem.
[17] Providência, Constança e Carlos Fiolhais, Carlos (2008). Ciência a Brincar - 8, Descobre o Património!,
ibidem.
[18] Araújo, Sofia, Martins,
Sónia e Godinho, Ana (2008), Ciência a
Brincar - 9, Descobre a Vida!, ibidem.
[19] Alveirinho, Dolores, Tomás, Helena, e Afonso, Margarida (2010), Ciência a Brincar - 10, Ciência no Tempo das
nossas Avós, ibidem.
[20] Fiolhais, Carlos (2011), Ciência
em Portugal, Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
[21] http://nautilus.fis.uc.pt/rc/
[acesso em 31/1/2012]
[22] Carvalho, Rómulo de (2004).Cadernos
de Iniciação Científica, Lisboa: Relógio d’Água.
[23] Kaner, Etta (1991). Ciência
com Balões, Lisboa: Gradiva Júnior, 1991.
[24] Williams, Robert A.,. Rockwell, Robert E e Sherwood, Elizabeth A.
(1995), Ciência para Crianças, Lisboa:
Instituto Piaget.
[25] Sherwood, Elizabeth A., Williams, Robert
A., e Rockwell, Robert E. (1997). Mais Ciência para Crianças, ibidem.
[26] Ardley, Neil (1996), 101 Experiências
com a Ciência, Lisboa: Texto Editores..
[27] Chauvel, Denise, e Michel, Viviane
(2006), Brincar com as Ciências no Jardim
de Infância, Porto: Porto Editora.
[28] Costa, Sandra Lopes Simões, Actividades
Experimentais para o 1.º ciclo.,
Porto: Areal, 2009.
[30] http://www.lamap.fr/
[acesso em 31/1/2012]
[31] http://www.exploratorium.edu/ [acesso em 31/1/2012]
[32] http://www.museudaciencia.org/ [acesso
em 31/1/2012].
5 comentários:
Morada conhecimento abriga ciência.
Senhor Professor Fiolhais
O ensino ou sensibilização para as ciências que se faz no
pré-escolar e nos primeiros anos do ensino básico parece-me
mauzinho, há bastantes anos. E daí para cima também não respirará
saúde, enfim...
E qual é o motivo principal? Em minha opinião é a formação de
professores? E onde está a causa? Respondo: nas instituições que os
formam. Ressalvo, naturalmente, os muitos que são competentes, mas
há coisas que chocam...
Por exemplo: conheço meninos a quem é (foi) dito que as plantas têm
raízes com as quais extraem os seus alimentos da terra. O que
acompanha alguns deles até ao final do secundário, escrevendo
alguns que as plantas são autotróficas (autotrófico = que produz o
seu próprio alimento) porque... tiram o alimento do solo!
Outro caso: umas senhoras professoras muito disponíveis para
mostrar às criancinhas como as sementes de feijoeiro germinam
melhor à luz do que às escuras (é mentira, as sementes quando estão
enterradas no solo - às escuras - germinam até as plântulas
atingirem o exterior iluminado) colocaram feijões em algodão húmido
em copos no parapeito de janelas e dentro de um armário. Esperaram
alguns (poucos) dias e quando foram ver as sementes que estavam
dentro do armário, no escuro, também elas estavam germinadas (como
seria expectável...). Ora, foi uma correria a segurar os meninos e
a trocar as sementes germinadas que estavam dentro do armário por
outras acabadas de lá colocar, para lhes demonstrar que as sementes
de feijão, no escuro, não germinam. Só que as danadas das sementes,
mesmo no escuro germinam. Lá que as plântulas não resistem muito
tempo sem luz isso é verdade, mas a razão é apenas porque as
reservas alimentares da semente se esgotam e não havendo luz não há
fotossíntese para produzir mais matéria orgânica (alimento). Esta
situação ocorreu há escassos meses.
Ora, para fazer trabalhos destes mais valia insistirem nas
"pombinhas da catrina".
Agora, eu gostaria de admitir que os casos que conheci e conheço
são pontuais. Embora saiba que não são...
Caro Prof. Carlos Fiolhais,
começo por lhe agradecer este texto pertinente que nos presenteia, considerando-o de vital importância tanto para a sociedade científico-tecnológica em que vivemos como para a situação de crise que nos acarreta.
Na minha opinião, o que refere neste artigo também se aplica, em parte, ao 2º ciclo do Ensino Básico.
Ao Prof. José Batista de Ascenção,
gostaria de lhe dizer que já há algum tempo sigo seus comentários e acho-os lúcidos e oportunos, e que concordo plenamente com este, sendo que temo que a situação que refere também se repercuta no 2º ciclo do E.B., embora e felizmente com menor incidência.
Já agora, e pela oportunidade propiciada pelo artigo e pelos comentários, gostaria de lhe dar a conhecer o projeto que criei e coordeno, o Ciência com Todos (http://cienciapatodos.webnode.pt), que apresenta justamente como um dos objetivos principais melhorar a literacia científica dos alunos e também dos professores de Ciências do Ensino Básico (principalmente mas não só); encontrando-me eu neste "espetro" de professores, do Ensino Básico, que querem melhorar a sua componente científica e didática, no que à Ciência e seu ensino diz respeito.
Peço-lhe divulgação pelos seus colegas e alunos se achar por bem.
Obrigado!
Permitam-me os meus melhores cumprimentos,
João Pedro Calafate
Caro Colega João Pedro Calafate
Muito obrigado pelas suas palavras.
Já visitei o sítio que recomenda, e gostei. Fá-lo-ei mais vezes e, claro, recomendá-lo-ei a colegas e alunos.
Deixo-lhe um abraço.
Zé Batista
Caro colega José Batista,
muito obrigado pela sua resposta e pela futura divulgação, sendo que é mesmo disso que o projeto está a precisar!
Expresso o meu desejo de que o sítio possa ser útil, tanto para alunos como para colegas e também para outros interessados.
Um abraço do,
João C.
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