terça-feira, 1 de abril de 2008
OSNIS NO SADO
Leio no "Diário de Notícias" de domingo passado (cada vez mais parecido com o "Correio da Manhã") uma notícia sobre "osnis" no rio Sado, perto da Arrábida. O que são "osnis"?
São objectos submarinos não identificados, hipoteticamente devidos a civilizações extraterrestres. Eu, que já participei num debate sobre ovnis com um general da Força Aérea, qualquer dia poderei ser convidado a discutir ovnis com um almirante. Sobre os ovnis citei na altura o físico Richard Feynman, que no seu livro "O Que é uma Lei Física" afirmou que sabia tudo sobre ovnis: não existem. Acrescentou: "É mais lógico atribuir os avistamentos de ovnis à conhecida irracionalidade dos terrestres do que às desconhecidas proezas dos extraterrestres." Sobre os "osnis", a adenda é óbvia: também não existem e pelas mesmas razões.
Para quem não leu a notícia deixo dois excertos relevantes. Os pescadores dantes gabavam-se de que o peixe deles era o maior, mas agora é o osni deles que é o maior!
"Há uma onda de mistério a envolver a serra da Arrábida e o rio Sado, em Setúbal. Ovnis e osnis são alguns dos fenómenos que têm sido avistados pelos habitantes sadinos e os seus relatos já despertaram a curiosidade de especialistas e até de cinéfilos.
Luzes que surgem entre a vegetação da serra, clarões vindos do fundo do rio, provocando turbilhões na água, brilhos avistados por escuteiros dentro de uma suposta passagem subterrânea que ligará Tróia a Sintra são apenas alguns dos fenómenos que em breve serão apresentados num filme.
(...) Histórias de pescadores que asseguram ter comunicado, através de um very light, com um círculo de luz no fundo do Sado, junto à fortaleza de Outão. Tudo se passou em 2002, quando Carlos e Pedro Coelho, pai e filho, foram pescar durante a madrugada e acabaram por ser surpreendidos por uma luz verde fluorescente vinda do fundo do mar.
O brilho, contaram aos autores do documentário, tinha uma forma circular e movimentava-se sem deixar rasto. Dizem os pescadores que o fenómeno provocou ainda um enorme turbilhão na água. Carlos e Pedro quiseram fugir, mas não conseguiram porque ficaram paralisados, sentindo um formigueiro em todo o corpo. Minutos mais tarde recuperam a mobilidade e subiram ao miradouro da fortaleza, onde apontaram um very light ao osni. Durante quase meia hora, Carlos e Pedro Coelho dizem ter interagido com o objecto não identificado. O círculo de luz acendia, apagava e mudava a cor, mas depois de um estrondo e de um clarão na serra da Arrábida, afastou-se até desaparecer no oceano."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"
Sem mais, reproduzo as fotografias e as palavras que compõem o último postal de Natal do Biólogo Jorge Paiva, Professor e Investigador na Un...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à in...
32 comentários:
Ser céptico é a posição científica. Ter certezas absolutas sobre algo que não se conhece/não se tem dados suficientes e não se consegue explicar, foi o que fez nascer a religião e nos leva a cometer erros... não é lá muito científico (ou o conhecimento científico não tivesse carácter revisionista, algo que não convida a certezas absolutas).
P.S.: Fica sempre bem uma declaração de "interesses", é prática comum quando se emite opiniões sobre algo em que estamos envolvidos (neste caso, Carlos Fiolhais escreve no Público).
É o que dá ir beber uns copos antes de ir pescar. Arranjam-se depois desculpas para a falta de jeito para sacar peixe...
João Carlos
Ao sr Carlos Fiolhais e aos que são cépticos, a minha resposta já foi dada pelo SVicente. Ao que tudo indica, estes fenómenos existem de facto, e a ciência já o tem provado várias vezes. O físico Feynman nunca podia ter tido a certeza sobre esse facto porque nunca testou tal hipótese. Baseou-se apenas em conhecimentos físicos da sua época, em teoria. A ciência vai-se construindo e qualquer pormenor pode revolucionar inesperadamente uma ciência. Ele não apanhou as testemunhas ou os alegados objectos e mostrou a toda a gente que era ele que estava correcto. E se há físicos que negam os OVNIS, outros existem, conjuntamente com outros investigadores, que que têm tentado estudar o fenómeno e nada nem a favor nem contra têm conseguido defender. Mas os OVNIS ou OSNIS são sempre verdadeiros e é isso que têm concluído. Eles existem. Desde que os testes a imagens captadas não consiguam decifrar de que objecto se trata, quem diz ter visto diz a verdade, desde que possua essas provas. A designação de Objecto Voador Não Identificado ou um Objecto Submarino Não Identificado é verdadeira desde que cientificamente as imagens captadas não consiguam esclarecer o fenómeno. Quem se tenta assumir como detentor do conhecimento afirmando ou negando seja aquilo que for, nestas situações, está definitivamente a cometer fé e a fé é que cria os dogmas. Neste caso concreto dos pescadores, não interessa se o relato é verdadeiro ou falso. Não é isso que vai anular a existência de OVNIS ou de OSNIS e de possíveis criaturas de outros mundos. Estes fenómenos existem de facto. A ciência prova que eles existem. Só não prova o que são. Quem o tenta desmentir, não segue o conhecimento científico e portanto não tem qualquer validade. Penso que existe uma enorme confusão em torno destes fenómenos e os tabus ditam as sentenças. Sr Carlos Fiolhais é preferível escrever sobre coisas que de facto tem a certeza e não sobre coisas de que há a certeza mas cuja ingenuidade das pessoas tornam-nas incertas. Já agora aproveito para dizer que entre os pescadores profissionais, o que não parece ser este caso específico, alguns são mais credíveis do que muita gente julga, pois são pessoas com bastante respeito pelo mar, e que por isso, é bastante provável que não mintam sobre o que vêem...
Carlos Fiolhais escreve:
Sobre os ovnis citei na altura o físico Richard Feynman, que no seu livro "O Que é uma Lei Física" afirmou que sabia tudo sobre ovnis: não existem.
Acrescentou: "É mais lógico atribuir os avistamentos de ovnis à conhecida irracionalidade dos terrestres do que às desconhecidas proezas dos extraterrestres."
Tudo bem. Podiam era ter dito isso ao Francis Crick, que estava convencido que os extra-terrestres deixaram a semente da vida na Terra há cerca de 3 biliões de anos (hipótese recentemente admitida como possível por Richard Dawkins) e a Carl Sagan, que fez a NASA gastar milhões de dólares com o projecto SETI, de procura de inteligência extra-terrestre.
João Carlos
Caro perspectiva. Quando diz que Francis Crick, estava convencido que os extra-terrestres deixaram a semente da vida na Terra há cerca de 3 biliões de anos, nada tem haver com os extraterrestres que as pessoas hoje imaginam. É que esses extraterrestres eramos nós e toda a restante vida terrestre. Quanto ao Sagan, pois isso já não sei, mas pelos vistos deve ter procurado mal, olhou demasiado para o espaço e talvez pouco para os OVNIS...
Adoro Ovnis e extraterrestres
Aliás os ovnis e extraterrestres também adoram a Terra. Construíram uma complicada rede de ovniestradas que passam pela terra em especial pelos States.
Segundo cálculos de alguns investigadores a media de observações de ovnis pelos americanos justifica a construção da ovniestrada pois a frequência era tal que já havia grandes engarrafamentos.
Mas porque raio é que têm a mania de não se deixar ver por toda a gente e de não darem uma palavrinha a ninguém.
Vêm cá passear, às vezes fazem os raptozinhos e analisam-nos devolvendo-nos à procedência sem qualquer sinal. São muito simpáticos em nos levaram a passear à borla.
O pior (ou o melhor, sei lá) é quando um ou uma ET que já viaja há muito sente aquela comichão natural para aquilo que até os bichinhos gostam e lá tem violar um/uma terrestre. Gostaria de conhecer um descendente ET meio terrestre/meio ET. Ou será que são estéreis.
A fazer fé no número de americanos/as que dizem ter sido violados/as por ETs os coitadinhos Ets andam mesmo com muita comichão.
Pelos vistos ouviram falar do pretendido túnel sobre o Tejo e vieram mostrar aos portugueses que é bem mais fácil do que parece andar debaixo de água, pelo menos para os lados de Setúbal.
Talvez estejam a pensar exportar uns veiculozitos tipo água/ar/terra. Três em um. Era uma maravilha. Com umas luzinhas verdes e tudo, ou estão apenas a construir uma passagem marítima.
Mais a sério, ao contrário do que o Perspectiva diz o Seti teve o mérito de mostrar que não existem ETs na nossa galáxia, caso contrário seria quase impossível não detectar as suas radiações. Assim a vida inteligente fica jogada para mais de 2,500 milhões de anos-luz, a galáxia mais próxima da nossa. Têm de viver muito para cá chegar. Uma coisa é a probabilidade de existir vida inteligente fora da terra ser elevada, outra é andarem por cá Extraterrestres.
Caro perpectiva, naõ acredita na possibilidade de vida inteligente fora da Terra ?
O seus deus criacionista não chegava lá ?
Joaquim Coelho
PS. Erpero que isto não esteja a repetir pois não consigo inserir o post
Estimados Anónimos
Francis Crick descobriu a estrutura do DNA (juntamente com James Watson), tendo deparado com informação codificada diante dos seus olhos, cuja origem só poderia ser inteligente.
Mas como Francis Crick era um naturalista, não estava preparado para aceitar que Deus pudesse ser a origem da informação codificada no DNA.
Daí que tenha derivado para caminhos tortuosos e absurdos.
No seu livro Life Itself: Its Origin and Nature (1981), Francis Crick sustentou a teoria da panspermia, segundo a qual os extraterrestres vieram de nave espacial semear a vida no planeta Terra.
Para ele, a probabilidade de a vida surgir por acaso era zero.
Mas ele também não queria admitir que Deus fosse o Criador da vida.
Daí a sua fuga para o espaço exterior.
É assim que se compreende que ele tenha dito, e passamos a citar, ‘that life on earth may have begun when aliens from another planet sent a rocket ship containing spores to seed the earth.’
É evidente que ele via muitos filmes de ficção científica, a ponto de confundir a ficção com a realidade.
Também é claro que Francis Crick não explicou de onde vieram esses aliens.
Empurrou simplesmente o problema para os confins do espaço e do tempo.
No entanto, a sua teoria alienígena é considerada por muitos como científica, quanto mais não seja por ter sido proposta por um evolucionista (ainda que um evolucionista suficientemente realista para saber que a vida não surge por acaso).
Quanto a Carl Sagan, basta ler os seus livros Contact e The Cosmic Connection (entre outros) e tirar daí as devidas conclusões.
De resto, elas são inescapáveis.
No seu livro The Cosmic Connection Carl Sagan especula sobre mensagens enviadas por civilizações extraterrestres mais avançadas e poderosas do que a nossa, através de mecanismos incrivelmente sofisticados.
Também é outro que via muitos filmes de ficcção científica.
Eis as suas palavras:
'At this very moment the messages from another civilization may be wafting across space, driven by unimaginably advanced devices, there for us to detect them—if only we knew how. ... Or perhaps the messages are already here, present in some everyday experience that we have not made the right mental effort to recognize.
The power of such an advanced civilization is very great. Their messages may lie in quite familiar circumstances. ... The message from the stars may be here already. But where?'
A mensagem fundamental já está aqui connosco.
Ela foi deixada na Bíblia e inteiramente corroborada pelo DNA.
Um Deus omnipotente e omnisciente criou todos os seres vivos, juntamente com o sistema de armazenamento, transcrição, tradução, execução e cópia da informação necessária à respectiva reprodução de acordo com a sua espécie.
Uma coisa é virem até cá (devem viver uns milhares de anos), outra é a info electromagnética gerada por eles chegar até cá (300000km/s, Einstein e tal vai lá ler qq coisa). São situações incomparáveis.
E o SETI não ter "escutado" nada só prova que para onde "olhou" não captou sinais dessa info electromagnética. Biliões de estrelas por aí e muitas do outro lado da galáxia, fora de hipótese de serem "vistas" e o tempo... o tempo aqui não conta nada Perspectiva? Nós só usamos electromagnetismo faz 100 anos. Se alguém "lá fora" esteve a escutar este canto durante centenas de milhares de anos ainda não apanhou nadinha de nada! Se se mantiverem "apontados" à escuta talvez quando a luz lá chegar daqui a uns milhares de anos eles "ouçam" algo.
Que má fé (got it) o seu comentário.
E é assim que se fala do Carl Sagan?!
Dobre a língua. Nem que viva mil vidas vai-lhe chegar aos calcanhares. Parece a miúda da escola com o "DÁ-ME o telemóvel".
Santa (deve saber melhor que eu) paciência!
Como foi dito acima, acreditar em vida inteligente extra-terrestre faz todo o sentido, mas não é bem a mesma coisa que acreditar em OVNI (cientificamente comprovados como OVNI e não aqueles objectos, que voam por cima de nós e não os conseguimos identificar porque está escuro).
E os danadinhos teimam em passar só pelos Estados Unidos! Fantástico! Devem ter andado na mesma escola que a N Sra de Fátima!
Manuela
Não foi no Público?
era um bom tema para 10 ou 15 páginas da Pública.
Olhem o que o JMF peredeu!
O João Carlos não deixa de ter razão: se não se consegue discernir o que são os objectos nos vídeos, então os OVNI's existem de facto. Claro que um simples pirilampo pode ser um OVNI, desde que o vídeo tenha uma qualidade baixa o suficiente (coisa que estes vídeos parecem sempre ter), mas isso não invalida que o termo OVNI seja perfeitamente correcto.
Também é um facto que se provou que a maior parte dos "avistamentos" não passam de frisbees, de balões metereológicos, aeronaves experimentais, reflexos de luzes nas nuvens, etc. Estes os que são filmados. Aqueles que surgem de relatos orais não merecem o menor crédito, normalmente. E uma nota simples sobre prova: o facto de nenhum cientista ser capaz de discernir seja o que for de um vídeo de má qualidade não implica que tenha provado seja lá o que for. Apenas que não sabe o que é aquilo que está a ver.
Quanto ao SETI, desde quando é que se provou que «não existem ETs na nossa galáxia»? Só se forem os do filme do Spielberg. As suas radiações não são detectadas? Pois, é que nós conseguimos mesmo detectar tudo e mais alguma coisa que acontece nesta galáxia, não é verdade? O SETI existe há apenas algumas décadas, tem pouco tempo de antena e pouca gente a trabalhar no projecto. Além disso tem montanhas de dados em meia dúzia de frequências, quando há milhares de outras que podem ser estudadas. Quem sabe se os ET's não desenvolveram a sua civilização com comunicações por cabo? Também temos que contabilizar que os ET's terão que ter tido a nossa tecnologia moderna (ou seja, dos últimos 50 anos) há já uns milhares de anos para que os possamos ouvir agora. E tudo isto sem a interferência de outros sinais na Terra e no espaço, ou sem perda de sinal...
Se há coisa ue o SETI provou até agora, é que é muito pouco provável que venha a servir para detectar vida inteligente fora do nosso planeta.
Chamo em meu apoio a semântica - ou seja: o significado das palavras:
Por definição, OVNIs são Objectos Voadores Não Identificados.
Assim, a coisa que há pouco, espreitando pela janela, vi a voar e não consegui identificar (parecia uma folha de um jornal gratuito, mas não posso garantir...) é, para mim e até ver, um OVNI.
João Carlos
Quero fazer apenas uma pequena rectificação em relação ao JSA: eu não disse que o objecto captado por imagens não tinha que ser necessariamente imperceptível. Por vezes é, mas muitas vezes o objecto em causa quando analisado com diversos tratamentos de imagens, é perfeitamente perceptível, isto é, os seus contornos ou mesmo o objecto em si, é perfeitamente nítido. Só que esse facto, embora seja a minoria dos casos, não significa que se saiba o que é. Ele pode ser, por exemplo- mas não necessariamente- uma nave completamente desconhecida do senso comum e dos próprios investigadores. E é nesses casos é que surgem as siglas OVNIS ou OSNIS. Desde que os investigadores não consigam atribuir uma origem conhecida, estas siglas, do ponto de vista científico, estão correctas. Agora quando os próprios investigadores munidos de ferramentas científicas não conseguem perceber de que nave se trata, é lógico que excluindo a hipótese humana, pode-se atribuir a origem extra-terrestre. O que é evidente é que faltam mais provas para lá chegar. Mas como hipótese, é perfeitamente válida. O que as pessoas confundem é hipótese com certeza. Isto não se trata de uma certeza, mas apenas de hipótese. Em países como os Estados Unidos e outros onde a tecnologia é avançada, muitas imagens têm sido analisadas em laboratórios e dessas uma minoria tem sido confirmada como naves, só que os próprios investigadores não sabem que naves são. Portanto, numa minoria de casos, as naves existem. Devo ainda dizer, que nos Estados Unidos e noutros países avançados, ouve investigadores e cientistas que se começaram a debruçar sobre o fenómeno primeiro por conta própria, mas que actualmente começam a trabalhar em conjunto, embora ainda não vejam a ovniologia completamente reconhecida porque, como disse, ela levanta ainda alguns obstáculos empíricos para poder chegar mais longe. Mas o facto é, é que as naves existem e tem sido provado, numa minoria de casos, e do ponto de vista científico é válido e daí as designações. Não me refiro ao JSA neste caso, mas as pessoas quando falam, simplesmente não sabem do que falam e fazem comentários disparatados.
João Carlos: Rectificação Houve e não ouve.
João Carlos, ainda uma achega: o facto de se distinguirem formas numa imagem não chega. Note-se o caso de um simples avião de passageiros. A forma que dele é identificada é a de uma linha recta com duas linhas na diagonal partindo da linha mas em direcções divergentes. Imaginemos agora que se captava a imagem de um avião em condições escuras e em que o avião estaria, na imagem, com a sua parte central e as suas asas no mesmo plano. As formas poderiam ser perfeitamente discerníveis mas não os seus detalhes (portas, cockpit, janelas, dísticos, etc). Isso poderia levar alguém, em teoria, a designá-lo de OVNI (na sua correcta interpretação).
O que sucede é que estas são formas que não seriam confundíveis, mas basta imaginarmos um novo tipo de aeronave para imaginar que o OVNI (correctamente designado) poderia ser um "disco voador" (uso este termo de forma genérica para designar eventuais naves de seres inteligentes não terrestres). Não é também por coincidência (segundo li em tempos) que a maior parte dos avistamentos ocorram em zonas relativamente próximas a bases aéreas americanas. Isso, juntamente com o facto de os EUA terem a melhor tecnologia aeronáutica do mundo, ajudaria a explicar o porquê de tantos avistamentos ocorrerem em território americano.
Claro que o meu cepticismo sobre a existência de "discos voadores" poderá ser infundado. É perfeitamente possível que seres extraterrestres, muito mais avançados que nós, consigam atravessar umas centenas ou milhares de anos-luz, cosigam não ser detectados pela vista ou pelos nossos instrumentos (de forma geral) e por descuido se deixem detectar por um qualquer redneck a passear pelo campo. Também é possível que gostem de fazer estas viagens imensas apenas para poderem raptar humanos, eventualmente ter sexo com eles, e ainda decidir fazer uns círculos nas colheitas. Tudo isto é possível afinal, tal como diz Bill Bryson no seu "A short history of nearly everything", eles também devem ter adolescentes. Mas, pespero que o João Carlos me perdoe o cepticismo, em vista da lógica, parece-me altamente improvável.
Ok JSA. De facto tudo isso que diz é possível. No entanto, não deve ter lido muito bem tudo o que eu disse. E o que disse, é que há tecnologia que permite excluir essas hipóteses que afirma no que diz respeito às imagens analisadas. É por serem excluídas essas hipóteses, e não se conhecer a origem do objecto voador que lhe são atribuídas as siglas. Tudo o que vai para além disso, são hipóteses perfeitamente válidas ou pura especulação. Mas deverá reconhecer, que desde devidamente analisadas, essas provas são autênticas. Se são construções humanas, alienígenas ou outras quaisquer, penso que nenhum investigador minimamente credível, afirmará sobre elas dando-as como certas. Os dados que dispõem apenas lhes permitem afirmar, e por isso é que são investigadores, que os objectos são desconhecidos, mas a sua existência é real. O que alimenta depois as hipóteses, mas não especulações, é porque dado não ser conhecida uma origem humana do objecto e saber-se que não há outra criatura na Terra que não a humana, que possa criar tais objectos, é credível avançar a hipótese de vir do exterior. Mas isso não é uma verdade dada como certa. É uma hipótese e não uma especulação. Depois a juntar às próprias imagens, é possível, por vezes, juntar dados matemáticos que calculam velocidades e trajectórias que os próprios investigadores e cientistas observam, e que conhecendo eles próprios os limites da tecnologia existente, estão para além desta, o que faz ganhar peso às hipóteses avançadas de seres vindos do exterior.
João Carlos
Devo ainda acrescentar, porque há pouco não o fiz, de que essa questão que afirma no fim, dos avistamentos serem só perto de bases americanas, não é totalmente verdadeira. Pelo que sei existem imagens de fotos e vídeos vindas de muitas partes do mundo, e não só dos EUA. Inclusivamente, acrescentadndo em relação ao meu comentário anterior, eu próprio já vi fotos nos Andes, que a olho nú, qualquer pessoa a identificaria como um OVNI sem qualquer tipo de dúvida tal era a clareza da foto. No entanto, após ter sido analisada em computador a imagem através de programas próprios para o efeito, os investigadores concluiram que se tratava de uma avioneta cujo ângulo das asas incidia com os raios do sol e parecia de facto um OVNI. No entanto, o computador mostrou claramente, após o tratamento da imagem tratar-se de uma avioneta. As imagens que os investigadores analisam quando descrevem um OVNI são de facto isso. Tudo o resto é excluído. É como se fosse uma despistagem e elas não vêem só dos EUA, embora sendo os EUA, onde existe muita tecnologia e investigadores para o fazerem, se ter propagado um bocado essa ideia. Também por aquilo que sei, existem relatos de fenómenos do género não só de agora, mas de há mais tempo, alguns até bastante antigos, mas é normal que com o avnçar da tecnologia, que seja agora mais provável registar esses avistamentos e analisá-los de uma forma, pelo menos até certo ponto, isenta de dúvidas.
Relativamente ao segundo comentário: nunca disse que vinham só dos EUA, apenas que seriam mais frequentes por essas paragens.
Em relação a definir certos objectos como OVNI's, de um ponto de vista técnico estamos de acordo. A única coisa que me parece errado é saltar para a possibilidade derem "discos voadores" quando há outras hipóteses mais prováveis pelo meio. O exemplo que deu da foto dos Andes é reveladora. Uma foto como essa, uns dez ou vinte anos antes, seria impossível de analisar. Algumas imagens, mesmo com tecnologias modernas, serão impossíveis de analisar, uma vez que a tecnologia usada para as fazer é excessivamente antiquada. É por isso que falo dos detalhes que poderão não ser visíveis, mesmo quando as imagens são analisadas por técnicas avançadas. O facto de o objecto não ser identificável ou explicável não o torna (como diz correctamente) um possível "disco voador". O que me custa, em face às possibilidades existentes, é saltar com facilidade para a possibilidade de o ser quando há tantas alternativas, a meu ver muito mais prováveis, de intermédio. O cepticismo deve sempre funcionar para todos os lados...
João Carlos
Mas JSA, eles são de facto Discos Voadores, ou pelo menos objectos que se incluem nessa categoria. O que refere em relação a certas imagens e aos detalhes e à tecnologia antiquada, penso que isso não é verdade. O tratamento de óptica está já muito avançada e penso que na maioria das vezes elas são perfeitam4ente possíveis de serem analisadas com rigor, a não ser que estejam danificadas, mas isso é outra história. O exemplo que eu dei, demonstra apenas como a tecnologia pode desmascarar qualquer embuste possível e é por isso, que ela tanto prova erros das pessoas, como confirma suspeitas. E isso é válido para imagens antigas, a não ser que estejam danificadas, como disse. Quando se fala em não identificável, do ponto de vista científico, não se fala aqui de não se conseguir visionar a imagem e sim, de não se conseguir por meios técnicos e científicos catalogar o objecto nos objectos conhecidos e penso que isso pode incluir, até um certo limite pelo menos, objectos humanos que o público desconhece. É por isso que são catalogados com estas siglas. Depois, não se esqueça que não são só os objectos, são também, como eu disse, os cálculos matemáticos de trajectórias e de velocidades. É que lembre-se de um facto: os cientistas e os investigadores podem não conhecer os aviões militares secretos, mas conhecem concerteza as leis físicas e as suas limitações. Portanto quando afirmam, através de cálculos, que os objectos violam as forças físicas conhecidas, é um bocadinho demais admitirmos que possam ter origem humana. Excluídas todas estas hipóteses, não lhes resta mais, por mais estranho e bizarro que pareça, perceber que uma tecnologia não humana está por detrás do fenómeno, já que, pelo menos que os investigadores e eu saibamos, os cães e os pássaros ainda não constroem aviões nem naves e muito menos que violem as leis da física conhecida. Sendo esses objectos verdadeiros e visto isto, por mais que custe, resta a hipótese de virem do exterior, mas é uma hipótese, tão simples quanto isso.
Pessoalmente para mim um OVNI é o que as iniciais indicam: Objecto Voador Não Identificado. OSNI o mesmo.
Se são seres de outro mundo, deste ou fenómenos físicos, isso será outra discussão, na qual qualquer posição dogmática é anti-científica e baseia-se na mesma fé daqueles que acreditam que são seres extra-terrestres. Como disse, devemos ser cépticos, analisar o que podemos analisar, deduzir o que podemos deduzir e dar o salto quando acharmos que temos bases sólidas para o dar.
deixando de historias e estorietas de imagens que comprovam ou deixam de comprovar, viremo-nos para a fisica, uma civilização extra-terrestre teria que estar a milhoes anos luz da terra e ao embarcarem para cá não cegavam cá vivos, mesmo andando quase À velocidade da luz pois o tempo passaria e demoravam muitos e muitos anos, seculos e quem sabe mais para cá chegarem, depois para recolherem as hpoteticas amostras de nos ou do nosso mundo e terem que voltar ao seu mundo e quando lá chegavam já nada do que conheciam existia ou sequer existiria o seu mundo, essa historia dos ovnis é um completo absurdo e revela falta de cultura cientifica da mais basica que existe.
Quando aos osnis o lá que raio sejam, se forem doutro mundo a explicação acima é adequada, se for terrestre, então nada de mais, um submarino, alguns peixes, alguns fenomenos de reflectancia luminosa, ou por ultimo e mais provável, bebedeira dos pescadores e oportunismo jornalistico.
É o moscatel de Setúbal, senhores...
È o moscatel de Setúbal e os seus efeitos, mais os contrabandistas de tabaco que grassam nestas costas maravilhosas há décadas.
Mas a tese dos extraterrestres é mais “cientifico” é mais new age.
A.M.
O Armando Quintas e o anónimo que vem a seguir de facto são fantásticos, arrumam o caso duma só «traulitada». Um dispensa as imagens e o outro vai buscar bebedeiras e oportunismo jornalístico. Eles não leram de certeza tudo o que eu disse. Em relação ao primeiro, se o problema dele é a física, então leia bem porque o que eu disse é que a física que se conhece tem os seus limites. Que se conhece, e não a que nós não conhecemos e é por não conhecermos que quem estuda o fenómeno a sério coloca a hipótese de ela não ser humana. Mas como eu digo é uma hipótese, não é uma certeza, mas por ser uma hipótese fundamentada, também não deve ser negada. Depois, o Armando Quintas vem para aqui discutir o problema das distâncias e do tempo. De facto podia ter alguma razão. Mas desconhece vossa excelência que as experiências mais modernas em Física Quântica, demonstram que qualquer partícula quântica que esteja a anos-luz pode instantaneamente comunicar com outra com o qual tomou contacto antes, violando a velocidade da luz, para que saiba vossa excelência. E visto que vossa excelência sabe tanto de cultura científica perguntar-se-à como é que isto é possível se a velocidade da luz é o limite que qualquer corpo pode atingir. Simples. Eles não se contactam viajando pelo espaço através de qualquer meio, simplesmente já têm registados dentro de si o que irá ocorrer um ao outro em determinado momento. Como vê os peritos em Física Quântica já sabem um bocadinho mais que vossa excelência, porque é que estes horrorosos e hipotéticos seres não saberão?... Quanto ao anónimo, bom esse nem merece resposta. Parece que quem anda a beber muitos moscatéis é ele próprio.
O Armando Quintas devia antes consultar os peritos em física antes de dizer asneiras e julgar os outros...
João Carlos
Ah esqueci-me. O anónimo da resposta anterior sou eu.
Joao Carlos
então se violam a lei da fisica afinal quais são as leis que regem todo o universo.
Pensava eu que nada podia andar mais rapido que a velocidade da luz porque o universo está a crescer à velocidade da luz, então ilumine-me que tecnologia tem os ets para o fazer, e descreva-me melhor essas novas experiencias da fisica quantica..
Essa questão da particula que toma contacto com outra que está a anos luz violando a lei fisica é interessante mas como acontece isso? qual o veiculo em que ela se faz transportar sem ser a luz ou nesta caso refira-se à energia do universo que transporta as particulas.
"Eles não se contactam viajando pelo espaço através de qualquer meio, simplesmente já têm registados dentro de si o que irá ocorrer um ao outro em determinado momento"
Como assim, registado dentro de si?
quem registou, como aconteceu esse fenomeno, por nascimento, evolução da raça ou operação cirugica? Ah e como se sabe que eles tem registado dentro de si, se não sabemos quem são eles de onde vêm, como são e se existem..
Lembro-lhe que o pai da relatividade geral tinha muitas duvidas sobre a fisica quantica.
João Carlos
Em relação à primeira questão, leia lá bem o que eu disse antes- «A física que se conhece tem os seus limites»- A resposta está dada.
Em relação à segunda questão, o que tenho a dizer é que você é muito curioso. Mas a resposta já está toda no texto. Leia-a bem e verá que não é preciso andar mais depressa que a luz para fazer o transporte de matéria. É claro que aqui não me refiro só aos tais seres, mas às partículas quânticas e toda a possibilidade que elas oferecem de serem exploradas por eles de uma maneira mais sofisticada. E se conhece o Einstein tão bem, deveria saber que ele referia-se às partículas quânticas e ao facto que descrevi que elas podem produzir como «acção fantasmagórica à distância». Isto eram as próprias palavras do Einstein, quando não encontrava explicação para que as partículas quânticas conseguissem contactar instantaneamente e por isso mais rápido que a luz. Mais recentemente os cientistas explicam que não se trata de andar mais depressa que a luz. É óbvio que a velocidade da luz não pode ser violada. A explicação para isso, já está na resposta que dei. Mas o facto é que ocorre e o Einstein sabia disso. O que Einstein discordava, era das interpretações que se faziam da física quântica, e não da física quântica em si. Você pergunta qual o veículo que as faz transportar sem ser a luz ou que energia as transporta. Vê-se logo que o Armando Quintas não tem qualquer noção de física, neste caso Quântica, porque deveria saber que a própria luz é composta de partículas quânticas. Portanto nunca poderia ser a luz a transportar as partículas, porque a própria luz é composta dessas partículas. E a partícula não viola lei física nenhuma. Se conhecesse física quântica, não fazia perguntas dessas.
A única coisa que se pode dizer, é que há experiências de acordo com estes princípios que permitem que a matéria possa percorrer distâncias consideráveis. Agora transformar isso em naves ou outra coisa qualquer não é possível. Mas teoricamente já é.
Como vê qualquer civilização que hipoteticamente exista e esteja mais avançada, pode utilizar princípios destes e explorá-los eficazmente. Os humanos ainda não o sabem fazer, mas já conhecem estes princípios, pelo menos o cientistas.
E nada mais lhe direi senão já quer saber mais que os cientistas...
Não perca os episódios que a RTP 2 transmite agora aos Domingos por volta das 19H00 e veja com os próprios olhos depoimentos de investigadores de diversas áreas da ciência, testemunhas, fotografias e imagens examinadas sobre estes estranhos acontecimentos nestes últimos anos em Portugal e perceba que isto não é nada assim tão estranho...
"É mais lógico atribuir os avistamentos de ovnis à conhecida irracionalidade dos terrestres do que às desconhecidas proezas dos extraterrestres."
Caro Autor:
Esta dicotonia, esta separação entre uma Humanidade racional e outra irracional é uma forma extremamente perversa de raciocinar, pois que evita o delicado e precioso trabalho de questionar. Em suma, é uma forma fé, não de ciência.
Claro que é dicotomia. Perdoe-se-me o erro.
Nuno
O que muito me deicha curioso é que no dia de hoje, em que tudo se fotografa, nada mais passa sem ser fotografado ou filmado, mas quando se trata de discos voadores ninguem filma nada, é só coisa truncada, montagens, gente tentando enganar com as mais diversas montagens baratas. cade a tecnologia nesta hora?
Observar aquilo que é com a mente, reservatório passado, é uma armadilha intelectual
Enviar um comentário