Além dos aspectos destacados pelo Conselho Científico para a Avaliação dos Professores - de que deixei nota aqui e aqui - concernentes à aplicação do modelo de avaliação do desempenho docente, há um particularmente preocupante: o facto de mais de um quarto dos professores avaliados que foram objecto de estudo (28%) ter tido como avaliador um colega duma área curricular diferente da sua.
Tendo em conta as limitações das escolas em pessoal docente, temos de admitir que elas não se poderiam organizar de outro modo, sendo certo também que a sua organização está dentro da lei; porém, se considerarmos que o conhecimento e a especificidade pedagógico-didáctica do seu tratamento é central na tarefa de ensino, e que esse parâmetro consta explicita e destacadamente nas grelhas de avaliação, não podemos deixar de concluir que se está a proporcionar a interferência de juízos discricionários.
Esta situação não é só vista como negativa pelos avaliados, sendo vista do mesmo modo pelos avaliadores: aliando-a a outros aspectos, podemos verificar, no relatório do dito Conselho, que a maioria dos primeiros referiu não reconhecer legitimidade a muitos avaliadores para desempenhar a tarefa em causa e a maioria dos segundos referiu não se sentir preparada nem à vontade para a assumir.
sábado, 20 de junho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A ARTE DE INSISTIR
Quando se pensa nisso o tempo todo, alguma descoberta se consegue. Que uma ideia venha ao engodo e o espírito desassossegue, nela se co...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Por Eugénio Lisboa Texto antes publicado na Revista LER, Primavera de 2023 Dizia o grande dramaturgo irlandês, George Bernard Shaw, que ning...
-
Meu texto num dos últimos JL: Lembro-me bem do dia 8 de Março de 2018. Chegou-me logo de manhã a notícia do falecimento do físico Stephen ...
1 comentário:
É a "avaliação" socialista no seu melhor...!
Enviar um comentário