quinta-feira, 28 de setembro de 2023

CLARIDADE

Quando te vi, eras discreta e posta
em sossego, tal e qual a Inês
do verso de Camões. “Ela não gosta”,
pensei, “de se ver exposta, talvez.”

Falavas pouco, mas sempre a propósito,
com suavidade e ironia fina,
deixando, com cuidado, em depósito,
teu toque suave de Indochina.

Prometias doçura e lealdade,
talvez amor, mas sendo delicado,
cheio de pudor e de claridade.

Minha vida por ti iluminada
foi tudo quanto não teria sido,
se me não tivesses acontecido.

Eugénio Lisboa

Sem comentários:

"COLONIALISMO DIGITAL". OS SERES HUMANOS COMO "PRODUTOS" APROPRIADOS POR EMPRESAS

Vale a pena também ver na RTP Play o documentário com o título Justiça Artificial: Justiça na Era do Colonialismo Digital , assinado por Sim...