Penso - ou quero pensar - que um certo bom-senso esclarecido está a sobressair nos sistemas de ensino, muito por via de algumas pessoas que neles têm responsabilidades e insistem em decidir, antes de mais, em prol dos alunos. Situadas em diversas instâncias, essas pessoas revelam-se mais sensíveis à informação do que à manipulação e, ao arrepio do forte apelo de "disrupção" e da urgência de "transformação", ponderam o que é mais certo que se faça.
Falo a propósito das recentes tomadas de posição, no nosso país, de vários directores escolares, de pelo um presidente da câmara e de muitos professores que não se conformam com aquilo que parece - ou parecia - ser uma inevitabilidade: o constante uso dos telemóveis em recinto escolar, com óbvio prejuízo para as crianças e os adolescentes. Independentemente dos argumentos - até (pseudo)pedagógicos - disciplinam, restringem ou proíbem o seu uso no recinto escolar.
Soube hoje que mais um Agrupamento de Escolas se juntou a esta demanda (ver aqui).
A medida não é consensual entre os encarregados de educação, mas também neste grupo se percebem ganhos progressivos. O mesmo se pode dizer da sociedade, a avaliar pela petição pública em favor da limitação do uso de telemóvel em contexto escolar, que recolheu quase vinte assinaturas.
Ao contrário de outros ministérios da educação, o nosso aguarda... Esperamos que se pronuncie com clareza quando lhe for entregue o parecer que solicitou a uma entidade que, entendo eu, não será propriamente a primeira a colocar na lista das mais abalizadas para tal. Não vejo o que possa acrescentar ao ainda recente relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) que trata o assunto de modo correcto e inequívoco.
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