Palavras retiradas do sítio online da Direcção Geral da Educação (os negritos são meus):
No seguimento da publicação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, e conforme definido no seu artigo 32.º, a DGE disponibiliza o Manual de Apoio à Prática cuja finalidade é a de apoiar os profissionais na implementação do novo regime jurídico da educação inclusiva, assim como apoiar os pais/encarregados de educação na sua colaboração com a escola. O compromisso com a construção de uma escola inclusiva é um desígnio nacional e um desafio para o qual estamos TODOS convocados.Detenho-me no Manual de Apoio à Prática. Na "Ficha técnica", no seu final (página 2), leio, incrédula, a nota que transcrevo (os negritos e os sublinhados são meus):
Esta publicação reflete a perspetiva dos autores e o ME/DGE não pode ser responsabilizado pela utilização que possa ser feita das informações nela contida. São permitidos apenas excertos desta publicação desde que devidamente referenciada a fonte da seguinte forma: DGE. 2018.Na verdade, não tenho comentários a fazer ao que é preocupantemente óbvio. Limito-me a destacar que se trata de um manual:
1. de apoio à implementação do novo regime de educação inclusiva, o mencionado decreto-lei;
2. no qual os profissionais, cuja responsabilidade é implementar esse novo regime, devem encontrar sustentação;
3. que foi construído, presume-se, por especialistas, e tem a chancela do Ministério da Educação/Direcção Geral da Educação.
1 comentário:
Salvas as devidas proporções, assim como a revolução socialista soviética não conseguiu transferir a felicidade eterna para todos, desde o céu para este vale de lágrimas cá de baixo, porque a realidade concreta tem muita força, também a escola inclusiva que, mais do que nos preparar para a vida, será, só por si, o lugar da felicidade suprema na Terra, não será certamente concretizável seguindo os preceitos, desfasados da realidade, dessa espécie de sucedâneo do livrinho vermelho de Mao que é o "Manual de Apoio à Prática" da Educação Inclusiva! Por outras palavras, as narrativas do aprender a aprender, escritas num eduquês parabólico, nunca serão a Bíblia escolar do século XXI!
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