07 Out, 2015 - 23:43
A Renascença ouviu um ex-ministro e um antigo director da biblioteca da Universidade de Coimbra.
Enquanto se aguarda pela formação do novo Governo, a Renascença ouviu o ex-ministro da Educação David Justino e o antigo director da biblioteca da Universidade de Coimbra Carlos Fiolhais.
Isto numa altura em que o ministro Nuno Crato, em recentes afirmações, tem deixado a porta entreaberta a um novo mandato e é dado por vários comentadores como um dos ministros que deverá estar de saída.
David Justino avisa desde já que está fora da política, garante que se sente bem como presidente do Conselho Nacional de Educação e que, para além disso, só pensa na sua carreira académica.
“Estou fora disso. Gosto muito do trabalho que estou a fazer no Conselho Nacional de Educação e tenho uma carreira académica que quero prosseguir”, disse.
Feito o esclarecimento, David Justino sempre vai avisando que um novo titular da pasta deve apostar na estabilidade das políticas educativas.
“Conferir continuidade às políticas, estas políticas têm de ter continuidade no sentido de levar à aplicação de medidas de forma sistemática e não chegar a meio e desistir delas. Não podemos mudar medidas sempre que muda a equipa ministerial”, acrescenta.
Já para Carlos Fiolhais, físico e antigo director da biblioteca da Universidade de Coimbra, um novo ministro da Educação tem de reforçar o papel do professor.
“Nós precisamos de respeitar a autonomia dos professores. Os professores são profissionais preparados, não podem estar a ser alvo de suspeita ou dúvida. Se formos a um tribunal ou a um hospital temos de confiar. Tirando algumas excepções, são pessoas que gostam da sua profissão”, refere.
Estes desafios foram deixados na Renascença à margem de uma conferência sobre o desempenho dos alunos, no arranque do mês da Educação, organizada pela fundação Francisco Manuel dos Santos
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