Imagem artística de um sistema exoplanetário. Crédito ESO.
A contemplação do céu nocturno
incendeia a imaginação, fertiliza o pensamento. A miríade de estrelas faz
cintilar ideias na coreografia neuronal que sustenta a nossa mente.
A observação contínua desse céu profundo permitiu verificar uma regularidade cíclica que aproximou as estrelas distantes ao quotidiano humano. Desde os alvores das primeiras civilizações humanas, há seguramente mais de quatro mil anos, as estrelas e grupos delas foram baptizadas com nomes que relembravam os mitos da criação, deuses, animais, situações que espelhavam no céu as actividades humanas.
Com o advento da ciência moderna, principalmente pela introdução e progressiva utilização de telescópios, cada vez mais potentes, para a descoberta do Cosmos, novas estrelas foram sendo descobertas onde antes só havia breu. E todas elas receberam uma designação para as distinguir no catálogo estrelar.
Na última década do século XX, a observação e estudo detalhado das estrelas permitiu descobrir planetas (ou melhor, exoplanetas) que as orbitam. Desde então, já foram descobertos cerca de dois mil exoplanetas.
Relembro que a confirmação da descoberta do primeiro planeta extra-solar a orbitar uma estrela da chamada sequência principal, ou do tipo solar, foi anunciada a 6 de Outubro de 1995 por Michel Mayor e Didier Queloz, da Universidade de Genebra. Para celebrar o 20.º aniversário dessa confirmação, a União Astronómica Internacional lançou pela primeira vez um concurso internacional, o NameExoWorlds, que permite uma participação cidadã na tarefa de dar nomes a estrelas e aos seus planetas. Através de uma votação pública, que decorre até às 23h59 do dia 31 de Outubro de 2015 (Hora de Portugal Continental), é possível participar na atribuição de novos nomes para 20 sistemas planetários. O sítio na internet onde a votação está a decorrer é o seguinte: http://nameexoworlds.iau.org/
Entre os sistemas planetários a concurso encontra-se o sistema mu Arae, no qual um dos exoplanetas foi descoberto por uma equipa internacional liderada pelo investigador Nuno Cardoso Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
A observação contínua desse céu profundo permitiu verificar uma regularidade cíclica que aproximou as estrelas distantes ao quotidiano humano. Desde os alvores das primeiras civilizações humanas, há seguramente mais de quatro mil anos, as estrelas e grupos delas foram baptizadas com nomes que relembravam os mitos da criação, deuses, animais, situações que espelhavam no céu as actividades humanas.
Com o advento da ciência moderna, principalmente pela introdução e progressiva utilização de telescópios, cada vez mais potentes, para a descoberta do Cosmos, novas estrelas foram sendo descobertas onde antes só havia breu. E todas elas receberam uma designação para as distinguir no catálogo estrelar.
Na última década do século XX, a observação e estudo detalhado das estrelas permitiu descobrir planetas (ou melhor, exoplanetas) que as orbitam. Desde então, já foram descobertos cerca de dois mil exoplanetas.
Relembro que a confirmação da descoberta do primeiro planeta extra-solar a orbitar uma estrela da chamada sequência principal, ou do tipo solar, foi anunciada a 6 de Outubro de 1995 por Michel Mayor e Didier Queloz, da Universidade de Genebra. Para celebrar o 20.º aniversário dessa confirmação, a União Astronómica Internacional lançou pela primeira vez um concurso internacional, o NameExoWorlds, que permite uma participação cidadã na tarefa de dar nomes a estrelas e aos seus planetas. Através de uma votação pública, que decorre até às 23h59 do dia 31 de Outubro de 2015 (Hora de Portugal Continental), é possível participar na atribuição de novos nomes para 20 sistemas planetários. O sítio na internet onde a votação está a decorrer é o seguinte: http://nameexoworlds.iau.org/
Entre os sistemas planetários a concurso encontra-se o sistema mu Arae, no qual um dos exoplanetas foi descoberto por uma equipa internacional liderada pelo investigador Nuno Cardoso Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Como homenagem, o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva submeteu nomes da cultura portuguesa para este concurso. Se for a candidatura mais votada, a estrela Mu Arae passará a chamar-se Lusitânia, e os seus planetas, Adamastor, Esperança, Caravela e Saudade.
Para Nuno Cardoso Santos, citado num
comunicado do IA, “um sistema planetário com nomes lusitanos faria justiça ao
trabalho nesta área desenvolvido em Portugal, que é reconhecido
internacionalmente. Talvez mais importante, ajudaria a reforçar a perceção
positiva sobre a qualidade e o impacto da ciência que se faz no nosso país, em
particular na área das ciências do espaço."
José Afonso (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), outro astrónomo português, comenta no mesmo comunicado do IA: “esta é uma oportunidade única de afirmar a cultura portuguesa para além do nosso planeta, batizando pela primeira vez, ‘em português’, um dos novos sistemas planetários - uma homenagem a um povo e a uma cultura que é ainda mais adequada quando consideramos a contribuição portuguesa para a descoberta e caracterização deste Sistema. E, quem sabe, talvez num futuro não muito distante os nossos descendentes assistam ao desembarque de colonizadores humanos nas ‘costas’ do planeta Esperança e se recordem da origem do seu nome”.
Situado a cerca de 50 anos-luz da Terra, o sistema planetário mu Arae tem quatro exoplanetas conhecidos, em órbita da estrela, visível a olho nu na constelação do Altar.
Pela parte que me toca, digo-vos que já votei na proposta portuguesa e apelo-vos que façam o mesmo. Para tal, basta ir a http://nameexoworlds.iau.org/systems/106), volto a relembrar, até às 23h59 do dia 31 de Outubro de 2015 (Hora de Portugal Continental) e ajudar a consagrar um sistema planetário com nomes da nossa cultura.
José Afonso (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), outro astrónomo português, comenta no mesmo comunicado do IA: “esta é uma oportunidade única de afirmar a cultura portuguesa para além do nosso planeta, batizando pela primeira vez, ‘em português’, um dos novos sistemas planetários - uma homenagem a um povo e a uma cultura que é ainda mais adequada quando consideramos a contribuição portuguesa para a descoberta e caracterização deste Sistema. E, quem sabe, talvez num futuro não muito distante os nossos descendentes assistam ao desembarque de colonizadores humanos nas ‘costas’ do planeta Esperança e se recordem da origem do seu nome”.
Situado a cerca de 50 anos-luz da Terra, o sistema planetário mu Arae tem quatro exoplanetas conhecidos, em órbita da estrela, visível a olho nu na constelação do Altar.
Pela parte que me toca, digo-vos que já votei na proposta portuguesa e apelo-vos que façam o mesmo. Para tal, basta ir a http://nameexoworlds.iau.org/systems/106), volto a relembrar, até às 23h59 do dia 31 de Outubro de 2015 (Hora de Portugal Continental) e ajudar a consagrar um sistema planetário com nomes da nossa cultura.
António Piedade
2 comentários:
Eu acho que a estrela Mu Arae deveria chamar-se, em bom português, Pantomineira. Este é o meu voto.
Não havendo outra proposta, esta pode então considerar-se aprovada por unanimidade dos votantes. A Pantomineira. Soa bem.
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