segunda-feira, 20 de julho de 2015

O CIRCO FUNAMBULESCO DAS PEDAGOGIAS ALTERNATIVAS


Hoje só me diverte o circo de Domingo de toda a semana da minha infância” 
(Fernando Pessoa). 

O post, publicado ontem no DRN, da académica em Ciências da Educação, Helena Damião, titulado “A legitimação académica e legal da ‘banha da cobra”, deu-me o arrojo na minha declarada condição de “diletante de coxia”, como diria Eça, de escrever este texto que tem a suportá-lo uma crónica de jornal que, ao contrário de certos filmes que avisam os espectadores que “qualquer semelhança com a realidade é pura ficção”, não justifica qualquer aviso prévio por nessa peça jornalística a realidade suplantar a própria ficção por mais imaginativo que, porventura, tivesse sido o respectivo guião.

É o caso relatado neste artigo intitulado “Brincar às escolas” (08/05/2005), da autoria do director-adjunto do “Público”, Nuno Pacheco, que poderia ser tido por ficção não se desse o caso de espelhar (e documentar) a tragédia de certos cursos sindicais de formação para professores, como se constatará pela respectiva transcrição verbo pro verbo. Escreveu Nuno Pacheco:
“Portugal espanta-nos sempre. Mesmo quando imaginamos que nada pior pode já acontecer, alguém se encarrega de vir desenganar-nos. Veja-se o seminário 'Dicas para ser melhor professor(a)' convocado para 11 e 12 de Maio [2005] em Lisboa e organizado por uma autodeterminada 'pró-Ordem dos Professores'. Vale a pena descrever, na íntegra, os objectivos de tal encontro, tal como vêm escritos no folheto no folheto, sem omitir um único:
'Como arranjar a sala de aula para facilitar a aprendizagem?
Qual a melhor postura a adoptar?
Como colocar a voz?
Como gesticular?
Que gestos devo evitar?
De que cor me devo vestir?
De que cor deve ser a sala de aula?
Como gerir conflitos?
Que legislação devo saber de cor?
Como relaxar os alunos antes da aula?
Como auto-relaxar?
É importante saber os signos dos alunos para transmitir melhor a matéria? Se um aluno sofrer um acidente que primeiros socorros devo saber? Como aplicar estas dicas na escola, em casa, aos alunos e a mim?'.
Lê-se e, por melhor boa vontade, não se acredita. Não há pasmo que consiga descrever a sensação de estar perante tamanho disparate. Ainda vamos descobrir que os males do nosso ensino se devem aos cortinados das escolas, ao mau design dos equipamentos ou ao perfume usado pelos professores. Talvez ajude um pouco de meditação transcendental, talvez exercícios tântricos, talvez 'feng shui'... Mas o pasmo aumenta à medida que se vai lendo a lista dos especialistas convidados para as palestras: um colaborador do programa da SIC “Querido mudei a casa” (imagina-se a variante 'pedagógica': 'queridinhos alunos, mudámos a escolinha!'), um actor de telenovela Morangos com Açucar, uma 'formadora em marketing e relações públicas, uma terapeuta de energias, uma astróloga 'licenciada em comunicação' um psicólogo, uma enfermeira, uma professora/advogada para explicar leis e alguém da Associação de Mediadores de Conflitos para, naturalmente, descodificar os artifícios da concórdia. No intervalo, sem desprimor para os ditos, haverá pastéis de Belém junto com o café. É espantoso como em pleno século XXI, se promove um encontro para os professores julgando colmatar com 'dicas' impensáveis a miséria do nosso ensino. É inacreditável como se fala de exercícios de relaxamento, de colocação de voz, de marketing, de cores, de energias e signos , e não se fale da única coisa que as escola devia fazer com a máxima competência e empenho: ensinar, com sabedoria e não com truques de feira; transmitir conhecimentos em condições como é apanágio das melhores escolas e colégios por esse mundo. É patético imaginar que em Harvard ou Oxford haja professores a discutir os benefícios de fazer 'exercícios de relaxamento' com os alunos. Porquê? Precisamente porque são professores e não diletantes do estilo e da forma, porque a sua missão na escola é a mesma de há séculos: formar cidadãos competentes e preparados para a vida e não patetas incapazes de articular um único pensamento aproveitável. Infelizmente o seminário da pró-Ordem é um sinal dos tempos: a mediocridade não se limita a corroer as mentes, já se arvora em ciência, uma 'ciência'que dá 'dicas’. Pobres de nós”. 
Porque, segundo Bergson, “não existe cómico fora do que é verdadeiramente humano", o país de lés-a-lés ficou a saber que houve cursos (e corre-se até o risco de poder haver reprises) para o professor “brincar às escolas” e rir a bom riso, até ficar com dores de barriga, sem qualquer motivo para tal, apenas contagiado por si próprio. Mas não será mais do que altura de parar com esta reinação, reflectindo sobre a responsabilidade de quem autoriza este tipo de cursos destinados à (de)formação de professores com a consciência aliviada de não ter de se retractar, ainda que só em lágrimas de remorso por se fazer conivente de um ensino, por vezes, degradado até fronteiras da indignidade?

Ou seja, não basta lamentar este status quo. Há que pôr cobro ao calvário de crianças e adolescentes das nossas escolas, vítimas inocentes de um circo verdadeiramente funambulesco com espectáculo diário de segunda a sexta-feira. Mas o pior disto é que tudo o que acontece neste país, seja no campo da educação, da saúde, da economia, da política e dos próprios costumes tem a cobertura estatal sendo explicado, à falta de melhor explicação, de forma esotérica.

Vá lá a gente saber porquê quando está em jogo a educação da juventude “sem a aquisição fundamental de uma compreensão e uma percepção nítida dos valores”, como escreveu Albert Einstein. O hedonismo, ainda que na simples arte de ensinar, ademais, hoje, emergindo do empirismo que lhe deu os primeiros fôlegos susceptíveis de estudo e de sistematização, tem limites que se não compadecem com pedagogias alternativas a bel-prazer de simples curiosos ou ilusionistas do saber!

12 comentários:

bea disse...

Meu caro

a formação de professores é um logro. Quase sempre. Tem formandos por haver necessidade de créditos. Os professores, mesmo que desgostem, fazem a que lhes fica mais próxima de casa, em horário que menos destoe, e asseguram-se de que dê boa qualificação com um mínimo de trabalho. Não é a que desejam? Pois não. Mas é a oferta que têm. Oh, sim, claro que existe formação paga, creditada e com mais interesse. Nos grandes centros urbanos como Lisboa. Mas só a escolhe quem pode. E nem todos podem. Cada vez menos podem ou querem. E todos sabemos porquê.

Quanto a aplicar as tais dicas da Pró Ordem: mas quem é que pensa em aplicar aquilo? Os professores não são tão lerdos. Uma coisa é fazer a formação, outra aplicá-la. Sabe aquela teoria parva da igreja católica acerca da proibição da pílula? Pois é igual, prevalece o bom senso.

E eu se fosse ao jornalista do Público não punha assim a inteligência dos professores no cepo. Pelo menos antes de falar com alguns.

O Ministério anda cego há muito e para demasiadas coisas que deviam interessar-lhe. Mas há muito formador - que tb é professor - a ganhar com as formações. E a vender nelas os programas de ensino pró governo. E não sei o que é pior, se a parvoíce das primeiras se o sem vergonhismo das segundas

As coisas que os professores aguentam!|

Rui Baptista disse...

Prezada "bea": Começo por agradecer o seu comentário que li com toda a atenção e que merece que (brevemente) lhe responda mais detalhadamente, mas dizendo-lhe, desde já, que todas as generalizações são perigosas. Isso mesmo transparece do seu comentário.

Nada disse...

Professor,
antes de criticar a escola e suas possíveis alternativas deveremos perguntar-nos qual o Homem que queremos construir e com que objetivo supremo. Se não sabemos, então não há sabedoria. Há ciência, conhecimento, opinião, os quais não respondem que direção deveremos tomar. Por isso, a escola é confusa e assume-se como rotunda de um qualquer sítio a ir ter.
Se abrir os calhamaços históricos relativos à escola, há(-)de concordar comigo que se têm trilhado caminhos cada vez mais caóticos e inabrangíveis, os quais nos trouxeram até aqui, ao sobredimensionado reino da fantasia estatística, vazio de reflexão e de sentido. Agora, de que forma a escola, sendo um espaço coletivo, transpessoal e praticamente indefinível (porque definida sob o óculo de inúmeras teorias pedagógicas e políticas) pode cinzelar o ser individual no sentido dos valores e do auto-aperfeiçoamento?
Quando a igreja transferiu a direção das escolas aos leigos, assistiu-se à dissolução de uma determinada estrutura da alma até aí existente e passou-se a construir um outro Homem. Não estou a fazer apologias religiosas, apenas a tentar perceber o que se colocou no lugar da alma. Funcionalidade? Pragmatismo? Materialismo? De que forma cabemos nestes objetos? Pezinhos de chinesa... Compreende a base? O compromisso ético... Onde está o Eu Superior?
Quando olho para os psicopombos a debicar na praça do Rossio, invoco o quadro “Uma vida exemplar”(não me lembro de quem) onde se observam as várias etapas da vida de um empresário, desde o nascimento, passando pela sua brilhante educação escolar, pelo medalhado profissionalismo, um casamento feliz com filhos bem sucedidos, velhice de barriga proeminente e gordo charuto, morte e respetiva estátua e, finalmente, os pombos pousados na merecida estátua a defecar as necessidades mais básicas. Diga lá, Professor, que escola deveremos escolher ontologicamente que nos desvie da estrada larga do absurdo? Não pense que não acho interessante todo e qualquer processo de cerebralização e hominização de forma escolástica e dramática no sentido da excelência mas, depois, o meu espírito cómico-destrutivo faz-me questionar: “Para quê”?
Novamente a resposta do velho que não quer cair no caldeirão: alta fasquia intelectual, funcionalidade pessoal e social, felicidade económica e da outra a reboque. Também, por aquela máxima de lugar comum: “Fazer um mundo melhor para as gerações vindouras” – seja lá o que isso for. Talvez seja essa a razão por que, de vez em quando, apesar de não gostar da magia das perguntas do folheto que referiu, subo à cartola do mago pela escada mais alta, para puxar de lenços multicolores, histórias de todos os sonhos, pombos de todas as estátuas e, é nesse preciso momento de intensa transcendência, em que a realidade fica suspensa, que eu vejo espreitar nos olhos das crianças, as fadas, os príncipes, os duendes que fugiram da minha infância, enquanto a sala se vai transformando em lugares que só os segredos conhecem e eu regresso inteira à criança de que tenho tanta saudade.
A arte de ensinar, não a ciência de ensinar, é ter a mestria de criar e alimentar almas. Como diz Hannah Arendt, a banalidade do mal reside no facto de o ser humano cumprir ordens e funcionar burocraticamente, sem se preocupar em pensar. É preciso que a escola ensine a pensar e a pensar eticamente. Tudo o resto, ciência, conhecimento, é acrescentado por acessório e sempre atualizado em acréscimo à máquina humana como software de progresso tecnológico que facilita a funcionalidade no organismo social e nos proporciona o desenvolvimento de competências fundamentais ao bom desempenho individual e coletivo.
Foucault, no seu livro “As Palavras e as Coisas” na linha de Nietzsche afirma que há muito o Homem desapareceu e não cessa de desaparecer e que “o nosso humanismo dorme serenamente sobre a sua retumbante inexistência”. Afinal, Professor, quem ensina a pensar, o quê e a quem? E havendo o Homem desaparecido, quem o está a substituir e o que pensar de novo? Qual o papel da escola neste refazer do Homem? Tem alguma ideia?

FMC

Anónimo disse...

Um pouco mais de informação, um poucochinho mais, evitaria estas coisas.
Veja se descobre uma incongruenciazita no fragmento que cito (escrevi com maiúsculas para não ser demasiado exigente consigo).

"... a tragédia de certos cursos SINDICAIS de formação para professores, como se constatará pela respectiva transcrição verbo pro verbo. Escreveu Nuno Pacheco:

“Portugal espanta-nos sempre. Mesmo quando imaginamos que nada pior pode já acontecer, alguém se encarrega de vir desenganar-nos. Veja-se o seminário 'Dicas para ser melhor professor(a)' convocado para 11 e 12 de Maio [2005] em Lisboa e organizado por uma autodeterminada 'PRÓ-ORDEM dos Professores'. Vale a pena..."

Dica disse...

Obrigada pela paciência, compreensão, esclarecimento, avaliação de desempenho e respetiva sugestão de melhoria. Um poucochinho mais e teria a minha total admiração.

Rui Baptista disse...

Julgo não haver "incongruenciazita" (mesmo sem o diminutivo) na parte que cita. Se tivesse escrito "a tragédia dos cursos sindicais", isso sim, englobaria todos os cursos sindicais. Ergo, sem excepções.

Mas já que vem a "talhe de foice", hoje as acções de formacão de CERTOS sindicatos são muito mais exigentes, quer no cumprimento integral das horas que lhe são destinadas, quer no número de faltas permitidas a quem os frequenta, quer, ainda, na avaliação dos resultados obtidos. Ou seja, certas acções sindicais deixaram de ser um ponto de encontro de colegas que se não viam há muito, tinham dispensa das horas de trabalho, enfim, confraternizavam.

Parafraseando o Vate: Mudam-se os tempos, mudam-se as exigências. Não lhe dê, portanto, cuidados excessivos a palavra que escrevi, em letra minúscula e que lhe foi por si dado o realce de letras maiúsculas: "SINDICAIS".

Rui Baptista disse...

Agradeço o seu comentário que, pelo visto, esclareceu algumas dúvidas que o meu anterior comentário lhe possa, inicialmente, ter suscitado. Como dizem os franceses: "Tout va bien quand finit bien"!

Rui Baptista disse...

Prezada Bea: Em minha opinião, o jornalista do Público não pôs a inteligência dos professores no cepo. Pôs a cabeça no cepo dos responsáveis da Pró-Ordem que organizaram e impingiram a supracitada acção de formação. Como sabe, os professores eram obrigados a frequentar ações de formação para a obtenção de créditos para subirem nos respectivos escalões docentes. E como diz o povo, "tudo que vem à rede é peixe".

Rui Baptista disse...

Publiquei, há pouco, um post em resposta ao seu comentário. Titulei-o: "Uma tentativa de resposta ao comentário: "Nada!"

Paula Gil disse...

"ramalhete de portarias" e as chamadas ciências da educação

Temos também a Portaria nº. 344/2008, de 30 de Abril que vem legitimar as chamadas Ciências da Educação através do reconhecimento automático dos mestrados e doutoramentos efectuados em vários tipos de estabelecimentos de ensino superior.


E a mesma Portaria nº. 344/2008, de 30 de Abril vem desautorizar a Universidade de Lisboa e a Universidade do Porto e discriminar os diplomados com doutoramento (anterior a Bolonha) na área científica de docência, contribuindo para uma desconfiança na formação ministrada pelas universidades e uma desautorização crescente do ensino superior universitário.

Até já temos no ensino secundário uma educadora de infância com bacharelato em educação de infância que é avaliadora do desempenho docente dos professores de todas as áreas curriculares (dois dos quais com Doutoramento na área científica de docência, pela Universidade de Lisboa e pela Universidade do Porto).
E o Sr. Ministro da Educação já sabe.
E o Conselho Nacional da Educação já sabe.
E a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares já sabe.
E a Direcção-Geral de Administração Escolar já sabe.

Rui Baptista disse...

E agora o país inteiro (há que acreditar na enorme força difusora da Net) ficou a saber. Será que se cumprirá, finalmente, o provérbio popular: "Água mole em pedra dura tanto dá até que fura"?

E o que diz a Universidade a tudo isto? Tendo em linha de conta a confusão que se tem gerado entre democratização e mediocratização do ensino do ensino superior, os claustros universitários deviam ser os guardiães esforçados da Cultura Humanística, do Conhecimento Científico e da Investigação Pura e Aplicada. Num contexto de elevada qualidade e numa tradição multissecular. Deviam ser, mas nem sempre são!

Todavia, a realidade é bem outra. Quiçá, como diz o povo, “quem não tem cão caça com gato”, licenciados universitários foram verdadeiros cavalos de Tróia que, pela calada da noite, se apossaram dos destinos do ensino superior em benefício de um lugar na carreira docente do ensino politécnico. Talvez por isso, assiste-se a um certo desencanto pela sombra tutelar da universidade a ponto de há anos se ouvir que o Instituto Superior Técnico (IST) manifestava a vontade de se tornar numa escola independente da Universidade Técnica de Lisboa . Essa intenção percepcionava-se, até, nos avisos públicos publicados na imprensa, apresentando-se como IST, “tout court”. Em contrapartida, todos os outros institutos superiores ou faculdades desta universidade antecediam à respectiva designação o nome da instituição universitária a que pertenciam: Universidade Técnica de Lisboa.

Só concebo desvalorizar estes factos por acreditar haver o bom senso do governo (seja ele PS, PSD em coligação com o CDS, ou qualquer outro), a sair das próximas eleições legislativas, impedir que os interesses dos docentes e discentes do Politécnico possam continuar a atrasar um país inteiro na cauda da Europa.

Sem sombra de dúvida, este “statu quo” necessita de uma pujante contra-ofensiva do sector universitário público em prol de uma recuperação económica sustentada na força produtiva de uma juventude formada num exigente sistema educativo cuja planificação não descure a formação de elites por ir a reboque de manifestações deste jaez.

E porque de Educação estamos a falar, “só uma política inspirada pela preocupação de atrair e de promover os melhores, esses homens e mulheres de qualidade que todos os sistemas de educação sempre celebraram, poderá fazer do ofício de educar a juventude o que ele deveria ser: o primeiro de todos os ofícios”, como defendeu Pierre Bordieu.

Termino com outro ditado bem português (não deixaram para a posteridade os latinos: “Vox populi, vox Dei”?): “A esperança é a última a morrer”. Tenhamos esperança, portanto!

Paula Gil disse...

*************** a EDUCAÇÂO em PORTUGAL *********************


Não compreendo por que são perseguidos, discriminados e humilhados os docentes do ensino não superior público, os quais sem quaisquer equiparações a bolseiro ou dispensas de serviço e com grande componente lectiva com grande carga horária, dedicam-se ao estudo e à investigação, produzem trabalho científico original e que constitui um contributo inovador para o conhecimento, atingindo assim os objectivos estabelecidos no Decreto-Lei n.º 216/ 92 de 13 de Outubro (Artigo 17.º, número1 - “O grau de doutor comprova a realização de uma contribuição inovadora e original para o progresso do conhecimento, um alto nível cultural numa determinada área do conhecimento e a aptidão para realizar trabalho científico independente.”). Ao mesmo tempo, outros que são docentes no ensino superior politécnico e que não conseguiram fazer o doutoramento, apesar de usufruírem de horários lectivos com mais tempo disponível, têm uma consideração totalmente diferente http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=842476&tm=8&layout=123&visual=61

Até já temos uma educadora de infância (sem habilitações) no ensino secundário que é avaliadora do desempenho docente de dois professores com doutoramento e com mais de 25 anos de serviço!!!!!


https://twitter.com/apaulagils

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...