sexta-feira, 3 de julho de 2015

Exercício profissional e publicidade

Vale muito a pena ler um artigo do Público de hoje cujo título é Ser discreto, ser ético, assinado por Rosalvo Almeida, médido neurologista aposentado. Começa assim:
Andamos na rua. Fora de portas. Vemos cartazes nas paragens dos transportes públicos e não queremos acreditar. Médicos em fotografias grandes que fazem propaganda a um hospital (...) alguém está a esquecer que o Código Deontológico da Ordem dos Médicos, que a todos obriga, estabelece (no artigo 11.º) que "na divulgação da sua atividade o médico deve abster-se de propaganda e de autopromoção" e proíbe (no artigo 12.º), por ser "particularmente grave [,] a divulgação de informação suscetível de ser considerada como garantia de resultados ou que possa ser considerada publicidade enganosa".
Quem diz médicos, diz professores. Tenho percebido, com surpresa, a tendência crescente de pessoas apresentadas como professores aparecerem em anúncios de escolas privadas ou de editoras de livros escolares. associadas a promessas maravilhosas de aprendizagem. O mesmo acontece com crianças ou adolescentes que são apresentadas como alunos.

Se este tipo de publicidade funciona em termos sociais - e, certamente, funciona -, isso significa que os princípios deontológicos básicos de certas profissões não são conhecidos ou reconhecidos.

Alguma coisa as Ordens profissionais deveriam fazer nesta matéria que está bem à vista de todos.

2 comentários:

Paula Gil disse...

https://twitter.com/apaulagils/status/618574072243441664

Paula Gil disse...

https://twitter.com/apaulagils/status/618577662479630336

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...