quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A AVALIAÇÃO DESASTROSA DA CIÊNCIA NACIONAL

Jorge Calado, professor do Instituto Superior Técnico, uma figura de referência da ciência nacional, numa notável entrevista publicada ontem no Jornal de Letras critica de um modo violento a avaliação que o estado português, através da FCT, contratou à European Science Foundation (ESF), uma entidade sem experiência relevante em avaliações de institutos e laboratórios.

Ele é apenas mais ma das vozes que se somam na comunidade científica nacional ao coro de indignação contra o desatino e a  arbitrariedade.

Neste momento os muitos erros graves estão comprovados a começar no colossal erro da quota escondida de 50% e a continuar nos atropelos graves à lei e aos regulamentos e a acabar na falta de capacidade científica de alguns avaliadores que resultou em pareceres difíceis de compreender. O processo está estranhamente a prosseguir, com "especialistas" (entre aspas que não o são sempre) a visitar os institutos, num número que por vezes está em claro desacordo com o estabelecido.

Como é sabido, a FCT e a  ESF recusaram-se até agora a emendar os erros, o que levou o Conselho de Reitores a escrever uma carta demolidora ao ministro Nuno Crato, que ainda não respondeu.

A ESF ameaçou com um processo legal uma investigadora espanhola que apontou publicamente os defeitos da avaliação, mas aparentemente o processo ainda não avançou. Muitos investigadores de vários sítios do mundo subscreveram as declarações da nossa colega espanhola, dispondo-se por isso a serem também processados.

É neste quadro que amanhã vou participar num debate com a Secretária de Estado da Ciência e Tecnologia e outros investigadores dentro do Congresso da SNESup à tarde no ISCTE, em Lisboa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como correu o tal debate?

O QUE É FEITO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS?

Passaram mil dias - mil dias! - sobre o início de uma das maiores guerras que conferem ao presente esta tonalidade sinistra de que é impossí...