Um capelão militar nos Estados Unidos descobriu algo tão «revolucionário» que resolveu transmiti-lo ao vivo e a cores para 1000 soldados numa reunião obrigatória e partilhar a sua descoberta em powerpoint com mais 5000. O capelão Christian Biscotti propõe na sua apresentação uma receita eficaz para baixar as taxas de suicídio entre os soldados, que aparentemente considera não terem nada a ver com os horrores da guerra mas com os horrores da ciência, nomeadamente devem-se a um malfeitor chamado Charles Darwin.
Na sua apresentação, Biscotti diz que a solução para o suicídio nos militares é o criacionismo, isto é, basta convencer os soldados de que a evolução é falsa, uma mentira inventada por mentes preversas como o referido Darwin e ainda Karl Marx, e explicar-lhes que foram criados especialmente por Deus (quiçá de propósito para matar infiéis), para os militares deixarem de contemplar o suicídio.
Acho deveras curiosa a ignorância confrangedora de Biscotti sobre humanismo e evolucionismo embora não me espante a litania «o evolucionismo leva ao comunismo» que me parece sortir mais efeito no público alvo que aqueloutra que equipara o evolucionismo e nazismo. Mas fico espantada ao ver no slide em que compara a América e a União Soviética que o capelão afirma ter sido Darwin um lider na União Soviética, com supremacia (pelo menos na ordem com que os apresenta) sobre Marx, Lenine e Estaline.
Não estava a espera que o capelão reconhecesse que a biologia de Darwin foi um anátema durante o regime estalinista ou que os cientistas que rejeitavam o Lamarckismo em favor da reaccionária selecção natural de Darwin ou da genética - uma pseudo-ciência ao serviço do capitalismo - foram perseguidos ou enviados para gulags sortidos. Mas não é necessário um grande esforço intelectual para descobrir o nome Trofim Denisovich Lysenko ou as suas ideias anti-evolucionistas que apenas começaram a ser rejeitadas na União Soviética em 1964, depois de um discurso de Andrei Sakharov em que este tentava impedir que Nikolai Nuzhdin, um seguidor de Lysenko, fosse eleito membro da Academia Soviética de Ciências :
Together with Academician Lysenko, he is responsible for the shameful backwardness of Soviet biology and of genetics in particular, for the dissemination of pseudo-scientific views, for adventurism, for the degradation of learning , and for the defamation, firing, arrest, even death, of many genuine scientists.
I urge you to vote against Nuzhdin.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"
Sem mais, reproduzo as fotografias e as palavras que compõem o último postal de Natal do Biólogo Jorge Paiva, Professor e Investigador na Un...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à in...
20 comentários:
O problema do darwinismo é que pura e simplesmente não tem qualquer fundamento científico.
1. Por um lado, não existe qualquer evidência de evolução gradual no registo fóssil. O próprio Stephen Jay Gould escreveu que as árvores filogenéticas são meramente especulativas.
2. Por outro lado, a informação codificada contida no DNA mostra que a vida só pode ter tido uma origem inteligente. O raciocínio é simples:
a) sempre que existe informação codificada existe inteligência;
b) no DNA existe informação codificada (em quantidade, qualidade e densidade que a tecnologia humana não consegue igualar);
3) o DNA só pode ter sido o produto de alguém (super) inteligente.
4) Não admira que todas as tentativas de explicar a vida em termos naturalistas falhem. Elas só podem falhar.
A Palmira reconhece, certamente, que a bondade é melhor do que a maldade e que a justiça é melhor do que a injustiça.
Ou não?
Estes valores, tal como sucede com a matéria e a energia, não podem ser criados nem destruídos por qualquer iniciativa humana.
Eles existem, objectivamente.
Só Deus espiritual, eterno, omnisciente e omnipotente e é que pode ter estado na origem da matéria e da energia.
Só um Deus justo e bom é que pode ter estado na origem da bondade e da justiça.
Só um Deus justo e bom é que pode justificar porque é que a justiça é sempre considerada superior à injustiça e a bondade superior à maldade.
A existência de valores morais objectivos só é possível com Deus.
Sem Deus, toda a moralidade é subjectiva, arbitrária e desprovida de qualquer vinculatividade.
Se Deus não existe, tudo é permitido.
Se somos um acidente cósmico e se a moral é um acidente cósmico, que respeito e consideração é que um acidente cósmico deve ter por outro existir.
Não existe nenhuma razão objectiva pela qual um acidente cósmico deva respeito a outro acidente cósmico.
Um acidente cósmico não tem valor intrínseco.
Mesmo uma tal hipotética razão é, em si mesma, um acidente cósmico.
Se a moralidade evoluiu, ela não tem qualquer prioridade sobre a imoralidade, porque esta também existe, pelo que terá também evoluído.
Se ter respeito e consideração pelos outros é melhor do que não ter, é porque existe efectivamente um padrão de moralidade objectivo que nos ajuda a dizer que uns comportamentos são maus e bons, moralmente superiores ou moralmente inferiores.
A Bíblia diz que existe esse padrão objectivo.
Esse padrão é Deus. Ele não é um acidente cósmico.
Os seres humanos, criados à sua imagem e semelhança, têm valor intrínseco. São signos de respeito e consideração.
Eles não são um acidente cósmico.
Se a bondade é melhor do que a maldade, é porque Deus é bom.
Se a justiça é melhor do que a injustiça, é porque Deus é justo.
Deus dá-nos uma margem muito razoável de liberdade, mas também estabelece limites morais que não podemos ultrapassar.
A nossa liberdade é limitada por limites morais, estabelecidos por Deus.
Podemos cumpri-los de livre vontade ou por medo das sanções.
Uma coisa é certa: a sua violação implica a morte.
É Deus que estabelece o padrão e as consequências da sua violação.
Deus é um Deus de vida.
Na Bíblia, a morte é sempre vista ou como um crime em violação das leis de Deus, ou como o castigo merecido pela violação das leis de Deus.
A Bíblia diz: o salário do pecado é a morte.
No entanto, como Deus nos criou e nos ama, Ele morreu em nosso lugar e sofreu a sanção devida pelos nossos pecados.
Daí o significado profundo da morte e da ressurreição de Jesus Cristo.
Ao morrer pelos nossos pecados, Deus mostrou que é simultaneamente justo – punindo o pecado – e bom – morrendo pelo pecador.
Se não aceitarmos a sua salvação, seremos nós a sofrer essa sanção.
Se aceitarmos, poderemos viver eternamente com Ele.
A existência de um Deus justo e bom é a razão da prioridade da justiça e do bem.
Existe mais evidência empírica de que Jesus ressuscitou dos mortos, do que de que a vida surgiu por acaso há 3,8 mil milhões de anos ou de que uma espécie menos complexa se transformou noutra mais complexa.
A ressurreição de Cristo foi testemunhada e relatada de forma pormenorizada.
A origem acidental da vida nunca foi observada, como nunca foi o surgimento de uma espécie mais complexa a partir de outra menos complexa.
Errata:
Se somos um acidente cósmico e se a moral é um acidente cósmico, que respeito e consideração é que um acidente cósmico deve ter por outro acidente cósmico?
a responsabilidade de não dizer disparates antes de pensar.
Como o Vitor Guerreiro demonstra, do lado evolucionista não há nada a declarar. Tudo como previsto.
Caro Doutor perspectiva Jónatas:
Nem toda a gente tem o tempo que o senhor tem para andar a copiar e traduzir textos e regougá-los para aqui.
Gabo-lhe o gosto - os meus parabéns pela montanha paleio roto destilado que consegue verter para estes comentários e que eu há muito desisti de ler, porque já os li mais de 30 vezes.
"Por um lado, não existe qualquer evidência de evolução gradual no registo fóssil. O próprio Stephen Jay Gould escreveu que as árvores filogenéticas são meramente especulativas."
Já lhe explicaram aqui que o SJG não disse isso, mas se calhar não percebeu tudo bem - quer que lhe expliquem a mentira que tem na citação anterior?
O que tem esta algaraviada toda a ver com o tema do post?
Há pessoas que aparentemente engoliram uma grafonola com um disco riscado dentro.
Alguém me faz o favor de apagar o lixo que o perspective jónatas machado aqui vomita? Já o refutaram tintim por tintim várias vezes (eu, pelo menos duas, outros, com mais paciência, ainda mais vezes) e já não há paciência para o ver repetira as mesmas mentiras e gritar "falta de argumentos" quando lhe dizem que se cale.
Digo eu: Porqué no te callas?
Aqui vemos como os evolucionistas são "liberais" e "tolerantes". Gostam muito que dialogar com aqueles que concordam com eles.
Mas não há nada como citar o Stephen Jay Gould:
"a raridade extrema das formas transicionais no registo fóssil persiste como o segredo profissional da paleontologia.
As árvores evolutivas que decoram
os nossos livros só têm dados nas pontas e nós dos seus galhos. O resto é suposição, por mais razoável que seja, não a evidência de fósseis".
SJGould, Evolution's Erratic Pace, NH, 1972
O Pedro Luna, o Vitor Gerreiro e o JSA portam-se como carpideiras histéricas sem argumentos. O seu único apelo é o da censura.
É realmente vergonhoso como se pode descer tão baixo. Bastaria mostrar um único argumento irrespondível sobre a verdade da evolução.
Deveria ser fácil, se esses argumentos são assim tanto e tão evidentes.
Mas não admira.
Se o melhor tiro da Palmira Silva é comparar cubos de gelo com DNA e o melhor tiro do Ludwig é dizer que gaivotas dão gaivotas, compreende-se muito bem a incapacidade total do Pedro Luna, do Vitor Guerreiro e do JSA.
Eles que tentem alguma coisa. Não ficarão sem resposta.
como dialogar com um desbobinador implacável?
Que a arenga que debitou acima nada tem a ver com o tema do post, continuaria a ser verdade mesmo na circunstância de o teísmo ser verdadeiro.
Mas isto são subtilezas... quem sou eu, "liberal" ditatorial, para o saber?
Ora venha mais uma desbobinagem de exortações a propósito de batatas.
Aforismo por aforismo: em nome do papá, do maleitas-filho e do santo termómetro rectal
amen
CatrapumCatrapimCatrapás
E que se lixe quem não acredita, CatrapumCatrapás.
amen
Qual a diferença?
Já sei... já sei... a grafonola riscada... yep. amen.
Balhamedeus!
Catecismo!
Perspectiva/Jónatas:
Você já repetiu esta ladainha dezenas (centenas?) de vezes. Nalgumas delas houve gente que lhe desmontou os argumentos, um a um. Repito, explicaram-lhe, com argumentos perfeitamente simples, lógicos e VERDADEIROS porque razão estava errado. E porque razão aquilo que argumentava era, frequentemente, MENTIRA. Sei disso porque fui uma das pessoas que o fez. E sempre que isso sucedeu, você enfiou a cabeça na areia, não comentou mais nada e foi novamente fazer copy-paste das mesmas tretas noutras caixas de comentários.
O que você faz é simples: tem uma lista de textos à disposição que vai copiando e colocando aqui. Depois repete os mesmos textos à exaustão. Vi já esses textos repetidos letra por letra, ponto por ponto, vírgula por vírgula. E com as mesmas interrogações e as mesmas afirmações.
Só que, pior do que deixar aqui os seus delírios criacionistas (você pode acreditar no lixo que queira, esteja à vontade) é usar MENTIRAS. Você, Perspectiva ou Jónatas Machado ou Arcanjo Gabriel, MENTE COM QUANTOS DENTES TEM. Fá-lo sobre autores científicos, sobre provas, sobre tudo o que lhe passar pela sua cabecinha, desde que defenda a sua tese.
Por isso mesmo os seus textos são LIXO. Se eu for a uma igreja e, durante o sermão, me puser a dizer que Jesus Cristo nem sequer existiu e que até o Papa o reconheceu, o mínimo que me acontece é ser posto na rua. Não tem a ver com Jesus Cristo ter existido ou não, tem somente a ver com o estar a mentir e a insultar. Se eu quiser dizer essas coisas, que arranje um poiso meu.
Assim sendo, uma vez que você não dá um argumento que seja utilizável e apenas o faz para que o insultem e censurem de forma a poder queixar-se disso e puxar do choradinho da falta de argumentos, não vale a pena lê-lo nem sequer argumentar consigo.
Você é falso, mentiroso e estúpido, além de ter um delírio qualquer na sua cabeça. Estou em crer que este insulto não incomodará os autores do DRN (o Desidério comprendê-lo-à, creio). Se quer argumentos, vá às caixas de comentários do passado. Estão lá todos. Nestas, deixe-nos em paz e se tem diarreia vá ao médico.
JSA:
o homem está fartinho de saber isso. É um político nato. Sabe-la toda. Já paraste algum tempo a observar aqueles pregadores alucinados (mas sob aquele manto de treta, que calmaria calculada). Estão-se nas tintas para ideias, o que se trata é de impressionar idiotas impressionáveis, contar armas, ganhar vozes para o rebanho. Fazer barulho é um dos meios de conseguir isso.
Razão pela qual me pergunto: por que raios ainda perco tempo a responder? Mas falar é fácil, caraças, quando a mostarda sobe ao nariz...
Só não concordo com termos cada um os nossos poisos. Nada tenho contra a discussão do teísmo, de argumentos teístas ou inteístas (sobrenaturalismos que não são teístas), etc. Nada tenho contra que se defenda a existência de deus. Simplesmente o que este gajo faz é exortação ad nauseam, cassete, ladainha... não há pachorra. Parece tiques de autista. Uma pessoa tecla "criacionismo" e zás, lá vem o boneco-de-mola, a debitar a lista pronto-verborreica na ponta dos dedos. Não há paciência.
E repara na cerejinha pá: estes sacanas estão sempre a queixar-se da "censura". Mas se eu despejasse agora aqui mesmo uma ladaínha teísta cristã, quanto apostas que já não choviam queixas de censura? Quanto apostas que se eu desatasse aqui a fustigar quem não é teísta que daí não surgiriam gritinhos ofendidos de "censura"?
Paciência
Obviamente Vítor. Quando eu falo em poisos é emsmo só pra repetição de cassetes. Que aqui despejem de tempos a tempos tretas novas ainda vá, mas repetir as mesmas é que eu acho demais e que deveria ser apenas nos poisos deles. De resto, 100% de acordo. A maior parte das vezes não respondo, mas noutras temq ue ser. Habitualmente é quando estou mal disposto. Nisto o tipo é bom: malhar nele é terapêutico :)
Temos de congratular o perspectiva, se há coisa que não conseguimos acusá-lo é de não persistência, demissão. Infelizmente, e tendo em conta que o "carácter" da selecção natural tende a preservar aquilo que contém em si a auto-preserverância, ponho-me por vezes a pensar se a ignorância forçada e disciplinada aliada à preserverância e "fé" não terão mais hipóteses de sobreviver à dúvida metódica, crítica e racional.
No fundo, provavelmente é este pressentimento que me irrita mais no Jónatas. Perceber que o tipo de gente que representa pode muito bem sobreviver à ciência, e até destruí-la. Um retorno à Idade das Trevas, e que esta gente tanto aspira, pois vê o medievalismo como algo inspirador e brilhante.
Como combater este inimigo filosófico, ideológico, da humanidade? A pergunta que deixo no ar.
Este blog precisa de um aviso a dizer: "NÃO ALIMENTEM O TROLL SE FAZ FAVOR".
:)
Enviar um comentário